O que é um operador logístico e como ele impacta na logística

Entenda as diferenças entre operador logístico e transportadora e descubra como a tecnologia torna os processos logísticos mais eficientes e inteligentes.

Mais de 1,3 mil empresas de operação logística movimentaram R$ 192 bilhões e respondem por mais de 2% dos empregos diretos no Brasil, segundo o último levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

O termo operador logístico ganhou relevância à medida que as cadeias de suprimentos se tornaram mais complexas e tecnológicas. Saiba tudo sobre o assunto neste conteúdo!

O que é um operador logístico?

Um operador logístico é uma empresa especializada na gestão integrada de diferentes etapas do segmento logístico, indo além apenas da etapa de transporte ou distribuição. Sua função é atuar como um parceiro estratégico do embarcador (a empresa dona da mercadoria).

Estamos falando do gerenciamento de processos como armazenagem logística, controle de estoque, separação, embalagem, transporte e distribuição, além de toda a gestão fiscal e tributária associada à movimentação de produtos e pedidos.

Funções de um operador logístico

Enquanto a transportadora é responsável pelo deslocamento físico das mercadorias – seja entre centros de distribuição, armazéns ou até o cliente final –, o operador logístico cuida da operação integral.

Essa visão mais ampla faz dele um ator essencial na eficiência da cadeia de suprimentos moderna. Mas quais funções estão englobadas neste escopo de trabalho?

– Gestão de armazenagem e de pedidos: controle de estoques, organização de centros de distribuição e manutenção das condições ideais para cada tipo de produto. Nesta área, sobressaem-se atividades como armazenagem geral (84%), picking e packing (66%), gestão de estoques (63%) e operações in house (59%), refletindo a busca por eficiência e integração.

– Planejamento de transporte: sistemas de roteirização de entregas, modais e prazos, buscando otimizar custos e tempo de entrega. Dados da Abol mostram que, no campo do transporte, as atividades mais comuns são rodoviário fechado — realizados por mais de 90% dos operadores — e fracionado, além da distribuição urbana e do transporte aéreo nacional, que ganham espaço com o avanço do e-commerce.

– Controle fiscal e documental: emissão de documentos obrigatórios, como o DT-e e cumprimento de exigências legais.

– Monitoramento e rastreamento: acompanhamento de rotas em tempo real, garantindo visibilidade e previsibilidade das entregas e da frota.

Além dessas atividades, os dados da Abol mostram outras presentes na rotina de um operador logístico: crossdocking (83%), logística reversa (59%) e consultoria (57%) aparecem em destaque.

Diferenças entre operador logístico e transportadora

Embora muitas vezes sejam confundidos, o operador logístico e a transportadora têm papéis distintos dentro da cadeia de suprimentos.

A transportadora tem como principal função realizar o deslocamento físico das mercadorias, ou seja, levar produtos do ponto de origem ao destino. O foco está na operação de transporte em si, que, via de regra, conta com coleta, movimentação e entrega. Normalmente, essa empresa é contratada para atender demandas específicas de frete e cumprir prazos de entrega.

Já o operador logístico é uma figura estratégica. Ele responde não apenas pelo transporte, mas também por etapas complementares e integradas da operação. Para isso, aplica tecnologias avançadas, como sistemas de gestão especializados (TMS e WMS), inteligência artificial, IoT e automação, para otimizar processos e oferecer visibilidade e monitoramento total da operação.

Ou seja, o operador logístico é capaz de orquestrar toda a cadeia logística, enquanto a transportadora executa uma parte essencial dela.

Vantagens de contratar um operador logístico

Empresas de diversos setores têm optado por terceirizar suas operações para operadores logísticos ou contar com a sua atuação em alguma etapa logística. Entre as principais vantagens, destaque para:

Redução de custos logísticos: embora o investimento em um operador logístico pareça alto em um primeiro momento, o custo-benefício costuma ser positivo. Isso porque evita a necessidade de investir em veículos, armazéns e tecnologia especializada, reduzindo gastos e tempo voltado à gestão de frota, manutenção, combustível, equipe, entre outros;

– Eficiência e agilidade: processos otimizados reduzem prazos e aumentam a precisão nas entregas, algo essencial com base nas exigências de clientes por agilidade;

– Conformidade fiscal e legal: cumprimento das exigências documentais do setor;

– Escalabilidade: estrutura ajustável conforme sazonalidade ou expansão da empresa;

– Foco no core business: o embarcador concentra seus esforços em produção, vendas ou gestão, enquanto o operador logístico cuida da sua área, oferecendo relatórios de desempenho, rastreabilidade e indicadores de transporte (KPIs) específicos.

Essas vantagens tornam os operadores logísticos aliados estratégicos para negócios de todos os portes, mas com destaque especial para o varejo e a indústria.

O papel dos operadores logísticos no e-commerce e no varejo

O crescimento do e-commerce nos últimos anos tornou a logística um dos diferenciais competitivos mais importantes. A responsabilidade do operador logístico é assegurar que o produto certo chegue ao cliente no menor tempo possível — e preferencialmente sem falhas. Em alguns casos, até mesmo com entregas no mesmo dia, atuando diretamente na satisfação do cliente final.

No varejo omnichannel, no qual o consumidor pode comprar online e retirar na loja, o operador logístico gerencia o fluxo integrado entre centros de distribuição, estoques de loja e pontos de coleta, usando tecnologias de rastreamento e de análise de dados.

Para isso, há um forte investimento em tecnologia além do WMS e TMS: IA para previsão de demanda, otimização de rotas e análise preditiva de falhas. IoT aplicada a sensores em veículos, controlando temperatura, localização e integridade das cargas. Além de armazéns automatizados, com esteiras automatizadas, sistemas de picking robotizado e veículos autônomos.

O objetivo? Reduzir erros humanos, melhorar a eficiência operacional e oferecer visibilidade total da cadeia de suprimentos.

Como escolher um operador logístico?

Listamos, abaixo, 5 critérios a serem levados em consideração no momento de escolher um operador logístico.

  1. Experiência em seu setor de atuação, de preferência com um histórico robusto.
  2. Infraestrutura e cobertura geográfica: afinal de contas, o Brasil é um país de dimensões continentais e nem sempre se oferece a mesma entrega em todos os locais.
  3. Aplicação de tecnologia e capacidade de integração: há a necessidade de coletar dados de diferentes ferramentas.
  4. Transparência e qualidade: entregar relatórios periódicos deve ser uma premissa, a partir de indicadores de performance.
  5. Compliance: assegurando o cumprimento de exigências fiscais e regulatórias e protegendo a reputação do seu negócio.

Portanto, um bom operador logístico deve atuar como parceiro estratégico, não apenas como prestador de serviços.

Muito além da nomenclatura

A diferença entre operador logístico e transportadora se trata de uma mudança de paradigma dentro da logística moderna. Enquanto a transportadora executa o transporte, o operador logístico planeja, coordena e otimiza toda a cadeia logística, preferencialmente com tecnologia e dados para obter vantagem competitiva.

Se o futuro da logística é conectado, inteligente e orientado por dados, é preciso monitorar, controlar e otimizar sua operação em tempo real com a nossa tecnologia especializada para o segmento logístico. Acesse e saiba mais!

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