A infraestrutura em cloud é hoje fundamental para empresas que precisam crescer com agilidade, operar com segurança e se adaptar rapidamente a novas demandas.
No Brasil, 52% do processamento de dados das empresas já ocorre na nuvem, segundo a FGVcia, um aumento em relação aos 45% de 2023. Entre grandes organizações, mais de 90% já migraram pelo menos uma carga de trabalho para ambientes de cloud.
Para líderes e profissionais de TI, é essencial compreender como a infraestrutura em cloud funciona, os diferentes modelos disponíveis e os principais fatores que impactam desempenho, segurança e custos.
Nesse contexto, entender o que compõe uma infraestrutura em cloud, quais modelos existem, quais são as vantagens — e como fazer uma migração realmente bem-sucedida — passou a ser essencial para qualquer empresa que não queira ficar pra trás.
O que compõe uma infraestrutura em cloud?
Uma infraestrutura em cloud é formada por componentes físicos e virtuais que trabalham de forma integrada para entregar desempenho, segurança e escalabilidade. Entre os elementos essenciais estão:
- Servidores, responsáveis pelo processamento de dados
- Armazenamento, que garante que informações e aplicações fiquem acessíveis de forma confiável
- Rede, que conecta sistemas e usuários com alta disponibilidade
- Virtualização permite dividir recursos físicos em múltiplas instâncias, otimizando custos e aumentando a flexibilidade.
Além do hardware, existem camadas de software que tornam a operação eficiente e automatizada. Sistemas de gestão, APIs e ferramentas de automação controlam processos e permitem monitoramento em tempo real, garantindo que aplicações funcionem sem interrupções e que recursos sejam escalados conforme a demanda.
Diferença entre Infraestrutura local (on-premise) X Infraestrutura cloud.
A diferença em relação à infraestrutura local é clara:
Enquanto a infraestrutura própria exige manutenção, investimentos contínuos e limitações de escala, a cloud oferece flexibilidade, atualização contínua e acesso remoto a partir de qualquer lugar.
Na prática, todos esses elementos se conectam em um ambiente unificado, permitindo que uma empresa execute aplicações críticas, armazene grandes volumes de dados e integre sistemas de forma ágil.
Essa integração transforma a cloud em um ativo estratégico, permitindo decisões de negócio mais ágeis, seguras e uma gestão orientadas por dados.
Leia também: Qual a diferença entre ERP na nuvem e ERP local?
Modelos de infraestrutura em nuvem e quando usar cada um?
Existem diferentes modelos de infraestrutura em cloud, e a escolha certa depende das necessidades de negócio, volume de dados, requisitos de segurança e orçamento.
Nuvem pública
É oferecida por provedores como AWS, Google Cloud e Azure. Nesse modelo, os recursos de servidores, armazenamento e rede são compartilhados entre múltiplos clientes, o que reduz custos e permite escalabilidade rápida.
É ideal para empresas que precisam de agilidade operacional, inovação rápida e não têm restrições regulatórias rigorosas. O ponto de atenção é que o controle sobre a infraestrutura física é limitado, e a segurança depende das políticas do provedor.
Nuvem privada
Oferece recursos exclusivos a uma única empresa, podendo ser hospedada internamente ou por um provedor dedicado. Ela proporciona maior controle, personalização e compliance, sendo indicada para empresas que lidam com dados sensíveis ou regulamentações específicas, como financeiro, saúde ou governo. O investimento inicial é mais alto, mas o nível de segurança e governança é maior.
Nuvem híbrida
Combina ambientes locais (on-premise) com nuvem pública ou privada, permitindo que cargas de trabalho mais críticas permaneçam dentro da infraestrutura interna, enquanto aplicações menos sensíveis utilizam a cloud para escalabilidade.
É a escolha ideal para empresas que buscam gradualmente migrar para a nuvem sem interromper operações existentes.
Multicloud
É a estratégia de utilizar diferentes provedores de nuvem simultaneamente, aproveitando o melhor de cada plataforma. Essa abordagem reduz riscos de dependência de um único fornecedor e otimiza performance, mas exige gestão sofisticada e integração entre ambientes distintos.
Na prática, empresas de diferentes portes e setores adotam modelos variados: startups geralmente optam por nuvem pública pela agilidade e baixo custo; grandes corporações reguladas preferem híbrida ou privada; e empresas globais com múltiplas aplicações podem investir em multicloud para otimizar desempenho e resiliência.
O que considerar antes de adotar uma infraestrutura cloud?
Ao adotar cloud, custos, desempenho e segurança são fatores interligados que impactam diretamente a eficiência da infraestrutura e o resultado do negócio. Entender cada um deles ajuda a tomar decisões mais estratégicas.
- Custos: CAPEX x OPEX – Infraestrutura local exige investimentos altos em hardware e manutenção (CAPEX), enquanto a nuvem funciona no modelo pay-as-you-go (OPEX), permitindo pagar apenas pelos recursos que realmente utiliza.
- Otimização financeira (FinOps) – Práticas de FinOps ajudam a monitorar gastos, ajustar recursos e manter previsibilidade, garantindo que a nuvem seja eficiente sem comprometer o orçamento.
- Desempenho e latência – A escolha de regiões de data centers, dimensionamento adequado de servidores e balanceamento de cargas impacta diretamente a velocidade e a disponibilidade das aplicações.
- Escalabilidade dinâmica – Arquiteturas em cloud permitem aumentar ou reduzir recursos conforme a demanda, evitando interrupções e garantindo que picos de uso não comprometam a operação.
- Segurança e conformidade – É essencial cumprir LGPD, aplicar criptografia de dados, controlar acessos e garantir a soberania das informações, principalmente em setores regulados como financeiro e saúde.
- Equilíbrio entre custo, performance e segurança – Reduzir gastos não pode comprometer desempenho nem proteção de dados; automação, monitoramento e governança permitem manter a infraestrutura otimizada e confiável.
O passo a passo da migração para a nuvem
Migrar para a nuvem vai muito além de mover dados e aplicações — envolve planejamento, estratégia e execução cuidadosa para garantir segurança, performance e continuidade operacional.
A seguir, os principais estágios dessa jornada.
Avaliação do ambiente atual e planejamento da jornada
Toda migração bem-sucedida começa com um diagnóstico detalhado do ambiente de TI. É o momento de mapear servidores, aplicações, dependências, integrações e volumes de dados.
Esse inventário ajuda a entender o que deve ser migrado, o que pode ser otimizado e o que permanece on-premise.
Com essas informações em mãos, a empresa define uma estratégia de migração alinhada aos objetivos do negócio — seja redução de custos, aumento de performance ou maior resiliência. Planejar com antecedência garante previsibilidade, evita interrupções e reduz custos durante o processo.
Identificação de workloads e análise de riscos
Após o diagnóstico, o foco é classificar workloads (aplicações, bancos de dados e serviços) conforme sua criticidade, dependências e requisitos de compliance.
Essa priorização ajuda a determinar quais sistemas devem migrar primeiro, preservando a continuidade operacional. Também é essencial realizar uma avaliação de riscos — técnicos, como indisponibilidade e perda de dados, e organizacionais, como resistência das equipes.
Essa análise permite antecipar desafios e criar planos de contingência eficazes, garantindo uma transição segura e sem surpresas.
Escolha da estratégia de migração
Nem todas as cargas de trabalho exigem o mesmo tipo de abordagem. Três estratégias principais se destacam:
- Lift and shift – mover aplicações para a nuvem sem grandes modificações, indicado para projetos que exigem velocidade de migração.
- Replatforming – adaptar partes do sistema para aproveitar melhor recursos nativos da cloud, como escalabilidade e balanceamento.
- Refactoring – reestruturar a aplicação, transformando arquitetura e código para obter máxima eficiência, segurança e performance.
A definição da estratégia ideal depende do nível de maturidade digital da empresa, da complexidade dos sistemas e do impacto esperado no negócio.
Testes, monitoramento e otimização pós-migração
Concluir a migração não é o fim da jornada, e sim o começo de uma nova fase.
É fundamental validar desempenho, disponibilidade e integridade dos dados, garantindo que tudo funcione corretamente no novo ambiente.
O monitoramento contínuo permite detectar gargalos, acompanhar métricas de uso e ajustar recursos em tempo real. Essa rotina de otimização garante custos sob controle, alta performance e estabilidade operacional.
Contar com um parceiro especializado faz a diferença
A Senior oferece mais do que uma solução de gestão na nuvem — entrega uma jornada completa de transformação digital, com tecnologia, consultoria e suporte técnico especializado em cada etapa.
A Senior Cloud foi desenvolvido para integrar todos os processos da empresa, do financeiro ao RH, conectando dados e equipes em um ecossistema inteligente e totalmente automatizado.
Com arquitetura moderna, flexível e segura, a Senior Cloud acompanha o crescimento do negócio, garantindo escalabilidade, alta performance e conformidade com normas de segurança e legislação, como a LGPD e a Reforma Tributária.
Além disso, a plataforma é constantemente atualizada, mantendo as empresas sempre alinhadas às mudanças do mercado. Ao unir inovação, personalização e suporte dedicado, a Senior Cloud torna a digitalização corporativa mais prática e estratégica.
O cenário da infraestrutura em cloud no Brasil
O mercado brasileiro de computação em nuvem está em franca expansão. Em 2024, o país registrou investimentos de US$ 58,6 bilhões em TI, com destaque para a nuvem e inteligência artificial, superando a média global de crescimento.
Projeções indicam que, até 2032, o mercado de cloud computing no Brasil deve alcançar US$ 77,54 bilhões, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 18,3%, segundo dados da Fortune Business Insights.
Diversos provedores globais estão fortalecendo sua presença no Brasil. Empresas como Amazon Web Services (AWS), Google Cloud, Microsoft Azure e Oracle Cloud operam data centers em locais estratégicos, como São Paulo, Vinhedo e Rio de Janeiro. Além disso, a Microsoft anunciou investimentos de R$ 14,7 bilhões para expandir sua infraestrutura de nuvem e IA no país até 2027.
A questão da soberania de dados é cada vez mais relevante. A legislação brasileira, incluindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), exige que dados pessoais sejam armazenados e processados em conformidade com as normas locais.
Isso tem levado empresas a buscar soluções de cloud soberana, que garantem que os dados permaneçam dentro do território nacional, oferecendo maior controle e segurança
Tendências e futuro da infraestrutura em nuvem
O cenário da infraestrutura em nuvem está em constante evolução, impulsionado por inovações tecnológicas que moldam o futuro da TI.
Edge computing e nuvem soberana
A computação na borda (edge computing) está ganhando destaque, permitindo o processamento de dados mais próximo da origem, reduzindo a latência e melhorando a eficiência.
Projeções indicam que 50% da nova infraestrutura de TI empresarial será instalada na borda até 2025, em comparação com 10% em 2020, de acordo com a previsão da IDC.
No Brasil, a crescente demanda por soluções de cloud soberana reflete a necessidade de conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras regulamentações locais.
Serverless, containers e infraestrutura como código (IaC)
Arquiteturas serverless e o uso de containers estão revolucionando a forma como as aplicações são desenvolvidas e implantadas. Essas tecnologias permitem escalabilidade automática e maior eficiência operacional.
Além disso, a Infraestrutura como Código (IaC) facilita o gerenciamento e provisionamento de recursos de forma automatizada, promovendo consistência e agilidade.
Integração entre cloud e IA generativa
A integração entre infraestrutura em nuvem e inteligência artificial generativa está transformando diversos setores. Empresas estão adotando soluções baseadas em IA para otimizar processos, melhorar a experiência do cliente e impulsionar a inovação.
No Brasil, iniciativas como a da Microsoft, que anunciou investimentos de R$ 14,7 bilhões para expandir sua infraestrutura de nuvem e IA no país até 2027, exemplificam esse movimento.
O papel dos provedores locais
Provedores locais desempenham um papel essencial na adaptação das empresas brasileiras às novas tendências tecnológicas. Eles oferecem soluções personalizadas que atendem às necessidades específicas do mercado nacional, garantindo conformidade regulatória e suporte técnico especializado.
Migre para a nuvem com a Senior Cloud
Levar sua infraestrutura para a nuvem é mais do que uma decisão tecnológica — é um passo estratégico para ganhar escalabilidade, segurança e flexibilidade nos processos do seu negócio.
Com a Senior Cloud, empresas de todos os portes podem transformar operações, integrando áreas como financeiro, vendas e RH em uma plataforma única, automatizada e altamente escalável.
A solução oferece arquitetura moderna, atualizações contínuas e camadas avançadas de segurança, garantindo performance estável, compliance com normas como a LGPD e proteção de dados críticos.
Além disso, o suporte técnico dedicado e a consultoria especializada ajudam a maximizar os benefícios da nuvem, desde o planejamento até a operação diária.
Migre para a Senior Cloud e transforme a nuvem em um motor de eficiência e crescimento para sua empresa.