Um ERP na nuvem é um sistema de gestão hospedado em um servidor remoto, enquanto o local requer a instalação e execução nos servidores da empresa. O que isso muda?
Entre 2024 e 2032, o mercado global de ERP na nuvem deve ter um crescimento anual médio de 10%, segundo a consultoria Zion Market Research. Também conhecidos pela sigla Software as a Service (SaaS), este segmento era estimado em US$ 72,15 bilhões em 2023 e deve chegar a US$ 170 bilhões em 2032. Mas qual é a diferença entre ERP na nuvem e ERP local?
Os serviços hospedados na nuvem se tornaram uma constante em diversas áreas – e não seria diferente dentro dos sistemas de gestão em presariais, como os ERPs. Isso é ainda mais importante no pós-pandemia, quando as empresas passaram a adotar o trabalho híbrido e o home office em tempo integral, tendo a necessidade de oferecer os serviços nessas condições.
Acompanhe o restante do artigo para entender um pouco mais sobre ERP na nuvem e ERP local.
O que pode mudar com a adoção do ERP composable? Saiba mais!
Diferença entre ERP na nuvem e ERP local
Sistema ERP na nuvem é quando o sistema está hospedado em um servidor remoto – externo à empresa. Dessa forma, qualquer pessoa pode acessá-lo, estando ou não nos escritórios corporativos. O sistema ERP local (on-premise) requer a instalação e execução nos servidores da própria empresa. Na maioria dos casos, ele só pode ser acessado por dispositivos que estejam dentro deste servidor.
Mas quais os principais impactos dessas mudanças?
Custos
Um ERP local exige que a empresa se torne a responsável pela manutenção dessa operação. No caso do ERP na nuvem, todo este gerenciamento é feito por empresas especializadas a um custo mensal. Além disso, de maneira geral, esses custos de manutenção local costumam ser mais elevados do que os de um parceiro externo.
Escala
Os servidores na nuvem podem ser reajustados rapidamente para novas demandas empresariais. Com isso, eles costumam ser mais adotados por startups ou empresas que estão em processo de expansão. No caso do ERP local, sua escala depende do investimento feito pela empresa para garantir a operação dos recursos necessários em uma proporção maior.
Disponibilidade de acesso
O ERP na nuvem pode ser acessado de qualquer local via internet – independentemente do dispositivo. No caso do ERP local, costuma-se haver a necessidade de restringir o acesso para usuários de fora do servidor local.
Manutenção e atualizações
É comum que o ERP na nuvem opere dentro da lógica de microsserviços. Ou seja, são como diferentes módulos operando, conforme explicamos no artigo sobre ERP composable. Com isso, as atualizações e manutenções não costumam gerar interrupções significativas no trabalho das equipes.
No caso do ERP on-premise, é a empresa que gere essas atualizações. É comum que o sistema precise ficar fora do ar para que aconteçam.
Olhar estratégico
Um outro fator que precisa ser levado em conta: ao manter o servidor próprio, a empresa se foca em uma atividade que não é considerada estratégica para o negócio. No médio e longo prazo, isso tende a custar o esforço de colaboradores e de recursos para que o ERP local opere de maneira segura.
Segurança
Ao contrário do que se imagina, um ERP na nuvem é tão – ou até mais seguro – do que um ERP local. Isso porque a maioria das empresas que fornecem esse serviço faz investimentos contínuos para diminuir os riscos e as ameaças recorrentes. No caso da instalação local, a empresa terá que ter este cuidado.
Na prática, um ERP na nuvem consiste em uma espécie de serviço por assinatura. A empresa paga pelo seu uso, conforme diferentes critérios: explicamos mais sobre isso neste artigo.
Como escolher o modelo de ERP para o seu negócio?
De certa forma, a escolha do modelo de ERP ideal para o seu negócio depende de uma série de questões. Entre elas, é preciso considerar:
- O porte empresarial;
- O orçamento disponível;
- As demandas por personalização e parametrização;
- Os requisitos de segurança e a capacidade da empresa de proteger os dados;
- A disponibilidade e o foco das equipes de TI.
Nos últimos anos, os ERPs na nuvem têm se destacado e se tornado mais comuns para a maioria dos negócios, sobretudo as grandes empresas, que precisam de mais agilidade em processos como atualizações de softwares e menos custos com infraestrutura – que o on-premise exige. Por mais que tenham suas equipes de TI, grandes corporações optam, cada vez mais, que seus times foquem em outras atividades, do que na manutenção de uma estrutura para o funcionamento dos ERPs.
ERP na nuvem x ERP local: a preocupação com a segurança
Os dados empresariais são, hoje, um dos principais ativos de um negócio. No caso de um sistema ERP, estamos falando de um local que concentra muitas informações de uma empresa. Se estes dados forem acessados por pessoas externas, há o risco pelo fato de informações confidenciais terem saído de controle.
O vazamento desses dados pode colocar o negócio em risco, pois margens de lucro, dados de clientes, informações sobre o próprio desempenho corporativo podem ser abertos aos concorrentes.
Esta preocupação fez com que, em um primeiro momento, muitas empresas evitassem fazer uma transição para os ERPs na nuvem. Com o tempo, porém, foi ficando claro que esses data centers têm feito grandes investimentos em segurança, especialmente com a disseminação de tecnologias como análise de grandes volumes de dados, inteligência artificial e machine learning.
Nesse contexto, a decisão entre ERP na nuvem e local deve ser baseada em uma análise cuidadosa das necessidades empresariais. Mas o que precisa ficar claro é que o ERP na nuvem oferece vantagens significativas em termos de custo inicial, escalabilidade e manutenção.
Avaliar os requisitos de segurança, orçamento e capacidade da equipe de TI é fundamental para identificar a solução mais atrativa para o seu negócio.
Entendeu a diferença entre ERP na nuvem e ERP local? Conte com uma solução moderna e capaz de se adaptar aos detalhes do seu negócio.
