Sistema de transporte automatizado: o que é, tipos e níveis de automação

Entenda o que é um sistema de transporte automatizado, conheça os principais tipos e veja os 6 níveis de automação que impulsionam a logística inteligente.

O mercado global de sistemas de transporte automatizado e inteligente deve crescer a uma taxa anual de 10,22% entre 2025 e 2035. No total, os investimentos da área, que afetam diretamente o setor logístico, devem alcançar US$ 124,8 bilhões, de acordo com o relatório da Transparency Market Research.

Este crescimento será impulsionado pelos avanços em inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e foco em mobilidade inteligente. Essas tecnologias ajudam a melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos, especialmente em ambientes cada vez mais complexos e de operação global ou continental.

O que é um sistema de transporte automatizado?

Um sistema de transporte automatizado é uma solução tecnológica projetada para otimizar e automatizar o fluxo de mercadorias, pessoas ou informações dentro de uma cadeia logística.

O principal objetivo deste tipo de sistema é resolver desafios complexos e garantir operações mais ágeis e integradas, melhorando a coordenação entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas – além de outros agentes envolvidos na cadeia de suprimentos.

Principais tipos de sistemas de transporte automatizado

Do monitoramento de veículos em tempo real por meio de um TMS para a gestão e acompanhamento de transporte à otimização de armazéns e centros de distribuição a partir de um WMS, a tecnologia permite o monitoramento integral de pedidos, independentemente do modal logístico selecionado. Rotas inteligentes para diminuir custos e melhorar a satisfação dos clientes também estão no radar.

E, além de um olhar para os armazéns, um sistema de transporte automatizado mira a logística internacional, especialmente via portos.

É preciso integrar a capacidade do negócio às tecnologias e maquinários específicos desses ambientes, como guindastes para mover contêineres e todo o andamento da cadeia relacionada ao agronegócio – e gerenciando a documentação alfandegária.

Dentro de um sistema de transporte automatizado, quais são os níveis possíveis de evolução?

A evolução da automação na logística

É comum que se pense em um sistema de transporte automatizado como uma ferramenta unicamente voltada ao transporte rodoviário. Isso é ainda mais esperado em um país no qual a maior parte dos deslocamentos de carga ocorrem via rodovias – cerca de 60% do total do Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte.

Um olhar integral sobre a logística deve ir além das frotas de caminhões e automóveis. É preciso pensar de forma global e estruturada na cadeia como um todo: das melhorias internas relacionadas aos armazéns e centros de distribuição até chegar ao cliente. E a entrega final pode exigir a passagem por rodovias, ferrovias, portos e terminais alfandegários, entre outros.

Níveis de automação na logística

Considerando todas as peculiaridades e demandas deste setor, é possível planejar níveis de automação conforme a busca por uma logística 4.0. É viável separá-los em seis níveis:

Nível 0 ou sem automação

No contexto de um sistema de transporte automatizado, esta fase representa operações que ainda são completamente manuais. Veículos, equipamentos e armazéns são controlados diretamente por operadores. Ainda que possam contar com recursos simples, como controle de velocidade e sistemas de gestão, eles não têm capacidade de adaptação às mudanças ambientais sem intervenção humana.

Nível 1 ou automação básica

Neste momento, o sistema de transporte automatizado inclui formas iniciais de assistência adaptativa e informações digitais. Em terminais e centros de distribuição, um exemplo seria o uso de guindastes que realizam movimentos automáticos entre pontos pré-definidos, enquanto o operador ainda supervisiona e realiza as operações de carga e descarga.

Nível 2 ou automação parcial

Nos sistemas de transporte automatizado aplicados a terminais e centros de distribuição, sistemas de gestão de pátio e armazenamento utilizam inteligência para atribuir automaticamente cargas a espaços específicos e designar equipamentos para movimentação. Já começa a haver mais inteligência envolvida, registrando uma melhora no picking, por exemplo, mas ainda com forte presença de recursos humanos.

Nível 3 ou automação condicional

O sistema de gestão automatizado se aproxima de uma autonomia real – com operadores preparados para intervir apenas em situações excepcionais. Tecnologias como portões e controles de acesso também são comuns nesse estágio, tornando processos mais eficientes e seguros.

Veículos conseguem operar quase totalmente de forma automatizada em pátios e armazéns, enquanto operadores assumem o controle em cenários mais complexos. Terminais e centros de distribuição frequentemente utilizam este nível, com equipamentos como guindastes e sistemas de transporte horizontal operando de maneira autônoma em ambientes estáveis.

Nível 4 ou automação elevada

Já estamos entrando em um patamar no qual a maioria das empresas ainda está trabalhando para atingir atualmente. É possível imaginar um cenário com veículos totalmente autônomos, navegando sem intervenção humana – é o caso de terminais que não exigem a força de trabalho humana e estão totalmente controlados por sistemas e dispositivos IoT especializados.

Diferentes sistemas de armazenamento, recuperação e movimentação funcionam em total integração, realizando tarefas como carregar e descarregar materiais de forma independente, mas mantendo a possibilidade de intervenção manual se necessário. Nesse nível, os recursos humanos estão quase totalmente direcionados às atividades de monitoramento e de perfil mais estratégico.

Nível 5 ou automação total

O sistema de transporte automatizado atinge seu ápice neste nível. Estamos falando de equipamentos totalmente autônomos, que podem operar em qualquer ambiente e responder a qualquer situação sem necessidade de intervenção humana – seria o caso dos fretes com veículos autônomos, por exemplo.

Terminais completamente automatizados complementam essa capacidade, respondendo dinamicamente à demanda de usuários e de planejamento para carga e descarga de mercadorias de navios, trens e caminhões. Todo o planejamento é feito de forma prévia, de modo a proporcionar máxima eficiência, com acompanhamento de cada etapa.

Controle total com a tecnologia

Em ambientes mais preparados, que contam com um sistema de transporte automatizado, é possível fazer o monitoramento em tempo real do desempenho das operações.

São esses dados que abrem a possibilidade de uma análise inteligente sobre a performance e o que pode ser otimizado e automatizado, especialmente com o acompanhamento de KPIs de transporte de carga.

E uma das principais métricas nesse contexto se trata do OTIF. Originário do termo em inglês On-Time In-Full, ele representa as entregas realizadas no prazo e de forma eficiente, sem erros ou danos à mercadoria.

Trata-se, portanto, de um indicador que engloba todo o processo de planejamento e capacidade de distribuição, incluindo também a satisfação do consumidor.

Como está o nível tecnológico de seus armazéns, centros de distribuição e de fretes? Nós podemos te ajudar.

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