Conarh 2011: Qualificação de mão de obra é instrumento para desafiar o apagão de talentos

O apagão de talentos, sem dúvida, é um dos assuntos mais comentados no meio de RH. No Conarh 2011 foi tema da última palestra do dia. Luciano Siani, da Vale, Ricardo Salomão, da Universidade Petrobras, e Luiz Edmundo Rosa, diretor de Educação da ABRH Nacional, apresentaram o cenário e alternativas para suprir a falta de mão de obra.

“Cada um de nós é responsável pela redução na formação de pessoas”, disse o diretor de Educação da ABRH. Segundo ele, esta é uma questão nacional e prioritária. O executivo da Vale apontou a realidade da empresa, que também condiz com as organizações em geral. Podem existir duas situações: locais onde a comunidade tem preferência para trabalhar na empresa – onde é necessário, porém, qualificar a mão de obra; e locais onde existem outras opções de empregabilidade, onde é necessário mostrar que é melhor que a concorrência.

Salomão, da Universidade Petrobras, explicou como é o processo de admissão, onde se inicia com o concurso público, passando pela formação de dois a 12 meses, em tempo integral, com prova semanal e média estabelecida. “Neste processo, a cultura e os valores são passados de forma que, ao final, os formados falem como petroleiros de 20 anos [de experiência]”, descreve. Ele destaca que a geração Y já é diferente, a empresa às vezes precisa “se vender”.

A Senior está inserida nesse cenário do mercado e encontra dificuldades na contratação de mão de obra de TI. “Na área de desenvolvimento, sempre estamos em busca de programadores de software”, destaca a gerente de Sistemas da Senior, Marta Regina Deichmann Beduschi.

Para Siani, é necessário investir o máximo que puder no treinamento dos coordenadores, que estão na linha de frente. Já o executivo da ABRH enfatiza que é preciso ser estimulador da educação na empresa. “As pessoas precisam saber o valor do seu trabalho”, diz Ricardo Salomão.