Você sabe como foi a evolução do ERP para a versão que conhecemos hoje? Saiba mais sobre como surgiu o sistema e qual é o seu papel na gestão empresarial.
Como surgiu o ERP e por que esse sistema é tão importante hoje?
Existe uma estreita relação entre o início dos ERPs como conhecemos hoje e as transformações que a indústria sofreu ao longo do tempo, no início da segunda década do século XX um cara chamado Ford Whitman Harris criou o EOQ (Economic Order Quantity – Quantidade de ordem econômica) que seria o avô do ERP como conhecemos hoje, esse sistema utilizado em papel foi por muito tempo o que delineou as grandes operações industriais da época.
O modelo foi evoluindo e sua necessidade se provou mais importante principalmente após a segunda guerra quando o mundo estava se reestruturando, o nível de demanda por bens de consumo aumentava e a terceira revolução industrial estava se desenhando.
Os controles tecnológicos e corporativos galgaram alguns degraus e estavam se especializando mesmo com a tecnologia disponível na época (computadores/mainframes do tamanho de apartamentos de hoje).
Já era possível fazer uma gestão e controle de estoques, muito mais rápida e assertiva que a manual e visual. Podemos dizer que aí está o embrião dos softwares de gestão, automatizar o que mais interessava para as empresas na época (lembre-se, ainda hoje estoque é dinheiro).
Década de 60 e 70: auge da automação e aceleração da computação
Pouco tempo depois, já nas décadas de 60 e 70, no auge da automação e aceleração da computação, a indústria ganhava velocidade de forma exponencial e demandava uma capacidade maior de controle e
feedbacks. Neste cenário nasceu o Material Requirement Planning em forma de sistemas, mais precisamente dentro da fabricante Black and Decker, basicamente uma especialização muito inteligente do EOQ.
MRP
O MRP II fazia além do planejamento de materiais também a avaliação de carga, mão de obra e impactos do lead time operacional (compras, recebimento e produção), além é claro de iniciar um novo modelo de arquitetura de software. Essa amplitude deu ao MRP II, informalmente, o primeiro título de um software de gestão empresarial pela capacidade de gestão e controle que ele alcançava na operação.
Então as cabeças pensantes da época, ao ver o poder do MRP II resolveram começar a resolver problemas de outras áreas e foram ligando estas pontas e assim transformando tudo isso em uma ferramenta única que operacionalizava uma indústria.
Na década de 90 com o salto nas redes de computadores, arquitetura computacional (principalmente a estrutura de client/server) e a queda vertiginosa nos investimentos em hardware, os softwares de gestão já se tornavam um diferencial nas grandes corporações, uma ferramenta de controle e gestão indispensável.
ERP
O Gartner Group é responsável pelo termo ERP que conhecemos hoje. Eles entenderam que a evolução e transformação do Manufacturing Execution System (MRP II) conversando com sistemas de outras áreas (RH, Financeiro, Vendas, Logística, etc.) permitia controlar transversalmente uma empresa inteira de forma assertiva.
E assim esse conceito foi crescendo, evoluindo e se aperfeiçoando ao longo do tempo para chegar no patamar que temos hoje. ERPs com um nível gerencial apurado, customizáveis, especialistas por segmento, operações em Cloud, ERP free e opensource, plataformas que aglutinam muito mais que o ERP em si e ERPs para outras verticais de mercado que não somente a indústria (Serviços, Educação, Hospitalar, etc.).
Leia também: ERP para indústria: tudo o que você precisa saber
Quais são as vantagens de usar o ERP na sua empresa hoje?
Atualmente é difícil ver uma empresa, por menor e mais simples que seja, que não faça uso de um sistema de gestão para organizar sua vida. Existem N vantagens no uso de um ERP, mas podemos destacar algumas para contextualizar:
· Compliance – centralização e garantia de conformidade de informações;
· Velocidade e assertividade na tomada de decisão;
· Otimização e eficiência de processos;
· Uso de melhores práticas e conceitos de mercado;
· Redução dos estoques e custos;
· Visibilidade gerencial.
Mas quanto custa isso tudo?
Existe um ROI (Retorno sobre o investimento)? Bom, percentualmente é possível montar um racional para o ROI, mas aquela complexidade dita lá em cima impacta aqui também. Sobre o custo, a média de mercado diz que:
· Software = 15%
· Implantação = 50%
· Capacitação = 15%
· Hardware = 20% (on premise, ou seja, instalado no cliente)
Dado todo este contexto podemos dizer que um ERP tem a finalidade de operacionalizar, organizar e gerenciar as informações de uma organização de forma concisa e flexível, além de promover a integração entre as áreas e sistemas externos (famosa integração vertical e horizontal que é um dos pilares da Indústria 4.0).
Saiba mais sobre como funciona um Sistema de Gestão Empresarial.
Você também pode se interessar por:
· Gestão fiscal e tributária: o que é e como fazer na sua empresa
· Como inovar na gestão empresarial
· Gestão de processos: diferença entre ERP e ERP para PME