A evolução para a Indústria 5.0 coloca a automação inteligente como pilar central de uma nova era de gestão fabril, mais eficiente, conectada e orientada por dados.
A revolução da indústria 4.0 é transformadora e silenciosa. Aos poucos, estamos caminhando também para uma nova fase, a indústria 5.0, que combina a busca por automação inteligente com o uso de dispositivos como inteligência artificial, drones e outros tipos de artefatos para assegurar uma nova perspectiva para a gestão do chão de fábrica e a maneira como as empresas realizam suas operações.
O desafio vai além da substituição de tarefas humanas: trata-se de integrar dados, sensores e inteligência para transformar a gestão industrial. Quando outras tecnologias são agregadas ao cotidiano das fábricas, como a Internet das Coisas (IoT) na indústria, elas representam a integração entre dados e inteligência para aprimorar a gestão de maneira estratégica e efetiva.
As expectativas são de que o Brasil dê um salto de 21% na indústria 4.0 até 2028, de acordo com o Monitor da Indústria 4.0, realizado pela consultoria International Market Analysis Research and Consulting (IMARC).
O que é automação inteligente?
A automação inteligente combina tecnologias como Internet das Coisas Industrial (IIoT), inteligência artificial e machine learning para permitir que máquinas, sensores e sistemas tomem decisões autônomas baseadas em dados em tempo real. Ao contrário da automatização tradicional, focada em tarefas repetitivas e pré-programadas, a automação inteligente é adaptável, preditiva e orientada por dados.
Dessa forma, as indústrias ganham mais flexibilidade para atingir uma das novas exigências de seus clientes: a personalização de produtos. Para isso, é preciso que as novas tecnologias incorporem a capacidade de aprendizado das tecnologias à integração e à comunicação entre sistemas.
Dessa forma, é possível otimizar a manutenção preditiva e até ajustar a produção conforme a demanda do mercado.
O relatório SpecialSurvey Industry 4.0 – Five Years Later, elaborado pela CNI, apontou que 46% das empresas brasileiras utilizam automação com sensores, alcançando ganhos de 10% a 30% na capacidade produtiva.
Um olhar sobre as tecnologias que impulsionam a automação inteligente
A automação inteligente depende da sinergia entre diversas tecnologias da Indústria 4.0. As principais são:
1. IIoT (Internet das Coisas Industrial)
Conecta sensores, máquinas e sistemas, capturando dados do chão de fábrica para análise e controle preditivo em tempo real.
2. IA e ML
Permitem que os sistemas “aprendam” com os dados, identifiquem padrões e façam previsões, da demanda de mercado às falhas técnicas.
3. ERP Integrado
Um ERP inteligente e robusto especializado para a indústria é o cérebro para orquestrar todas as áreas da empresa simultaneamente (produção, compras, estoque, manutenção). Quando conectado a sensores e a sistemas inteligentes, transforma relatórios em ações práticas com impacto direto nos resultados.
Em prol da automação inteligente na indústria, a solução amplia a visibilidade da operação, traz novos subsídios e perspectivas para a tomada de decisão, integra sistemas e soluções específicas do segmento e ainda pode ser parametrizado para emitir alertas em casos de falhas, interrupções e não conformidades.
4. Sistemas especializados
Automatizam compras e produção com base na demanda e nos estoques disponíveis, evitando excessos e rupturas. É o caso do MRP, do MRP II, PCP, CRP, entre outros. Cada um deles tem funcionalidades específicas na rotina industrial.
5. Gêmeos Digitais (Digital Twins)
A partir de IA e ML, os gêmeos digitais são ferramentas capazes de simular virtualmente o desempenho de máquinas e de processos, permitindo testes e ajustes sem interferir na operação real. Ou seja, tornam-se um grande apoio para a tomada de decisão estratégica, entendendo impactos até mesmo em médio e longo prazo.
Quais os benefícios da automação inteligente na indústria?
Adotar a automação inteligente na indústria traz benefícios diretos para a operação, a gestão e os resultados estratégicos:
- Aumento da produtividade: estudos mostram que empresas com automação inteligente aumentam a capacidade produtiva entre 10% e 30%;
- Redução de desperdícios: decisões baseadas em dados ajudam a otimizar recursos como gestão de energia, controle de insumos e tempo de uso de maquinário;
- Menos paradas não planejadas: uma gestão de manutenção industrial antecipa falhas e reduz perdas operacionais, evitando interrupções fora do controle;
- Qualidade superior: sistemas com IA realizam controle de qualidade em tempo real, com visão computacional e ajustes automáticos, o que não só melhora o desempenho como a forma como a indústria é vista no mercado;
- Decisões mais estratégicas: com dados analisados continuamente, os gestores tomam decisões mais rápidas e embasadas.
Com essa soma de vantagens financeiras e administrativas, não é à toa que 75% dos líderes digitais esperam aumentar os gastos com transformação neste ano.
Como a automação inteligente reduz desperdícios e aumenta a eficiência?
Uma das maiores promessas dessa revolução é a automação de processos com gestão integrada. Por meio da coleta e análise de dados em tempo real, é possível ajustar automaticamente os parâmetros de produção, reduzir falhas humanas com controle automatizado, monitorar o consumo de energia e de insumos para eliminar excessos, além de identificar gargalos produtivos com antecedência.
Para isso, o investimento em tecnologia deve ser realizado em softwares voltados à gestão, que visem a automatização de processos industriais, associados ao aporte em hardwares específicos.
Quando isso acontece, os gestores ganham visibilidade total da operação, a exemplo da nossa Fábrica ao Vivo, que acompanha as linhas de produção em tempo real.
Esse olhar e a busca contínua por melhoria gera redução de retrabalho, mitigação das perdas operacionais e torna a indústria mais efetiva com automação inteligente.
Desafios e oportunidades da automação inteligente no Brasil
Apenas 8% das indústrias do Brasil, porém, atingiram um patamar mais avançado, com sensores integrados e linhas flexíveis, de acordo com a CNI. Boa parte dessas indústrias opera com sistemas isolados, o que dificulta a automação inteligente em sua plenitude.
Para evoluir, a indústria precisa amadurecer digitalmente, aprimorar sua cultura para a gestão baseada em dados, além de vencer barreiras já notórias: o alto volume de investimentos e a escassez de profissionais capacitados para tirar o melhor proveito dessas tecnologias.
A pesquisa da CNI aponta, por exemplo, que as empresas que investiram em IA conseguiram reduzir em 75% o tempo para a resolução de problemas operacionais. Na prática, isso significa não só um melhor desempenho: trata-se de uma redução de custos e de ampliação da capacidade operacional.
Como implementar automação inteligente na indústria?
Cada negócio tem as suas particularidades, dependendo do porte, do segmento e da infraestrutura já existentes. No entanto, os 5 passos abaixo auxiliam a avançar neste processo:
- Faça um diagnóstico da maturidade digital atual;
- Defina metas claras e alinhadas ao negócio de curto, médio e longo prazo;
- Escolha parceiros e tecnologias reconhecidas pelo mercado e que deem o ROI esperado;
- Invista na integração entre softwares de gestão e dispositivos;
- Planeje a capacitação contínua das equipes envolvidas.
Nesse cenário, soluções como o Aponta e o e-Kanban devem ser integradas ao ERP, trazendo uma nova perspectiva sobre as operações e métricas importantes, como o OEE na indústria, um indicador-chave de desempenho.
O futuro que se desenha está cada vez mais inteligente, autônomo e orientado por dados. A automação inteligente na indústria se torna uma condição para assegurar a competitividade. Segundo a consultoria McKinsey, fábricas inteligentes podem reduzir em até 82% o tempo de produção, além de elevar a qualidade, reduzir desperdícios e promover uma operação mais sustentável.
Assim como em outros momentos, empresas que investem cedo nessa transformação têm vantagem clara: aprendem mais rápido, inovam com segurança e respondem melhor às demandas do mercado.
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