Nem sempre a ineficiência na roteirização está ligada à falta de tecnologia. Fatores como planejamento inadequado, restrições operacionais e falhas na comunicação podem impactar diretamente suas entregas. Neste artigo, exploramos cinco desafios que afetam a roteirização e como superá-los para otimizar sua operação logística.
Em um mundo digitalizado e com dados integrados, a roteirização manual não é mais viável, especialmente para empresas com um volume elevado de fretes. Embora a força de trabalho humana possa planejar minuciosamente cada entrega, não é possível ser competitivo desta forma. Nesse contexto, o uso de softwares automáticos simplifica as operações, mas não elimina os problemas de roteirização.
Não é à toa, portanto, que o mercado voltado aos sistemas de roteirização deve ter uma expansão: são esperados 14,5% de crescimento anual até 2029.
Estas soluções otimizam o planejamento logístico, levando em consideração os critérios determinados pela própria corporação, que podem ser voltados ao aumento de velocidade, à redução de custos, entre outros.
Mas, apesar da eficiência, existem problemas de roteirização que precisam ser superados pelas empresas em relação aos seus próprios processos. Muitos deles não estão atrelados à tecnologia em si, mas, sim, aos critérios definidos pelos operadores.
Confira a seguir os principais tipos de problemas de roteirização que podem estar impactando a logística da sua empresa!
1. Olhar para além da velocidade
Aumentar a agilidade das entregas está entre os principais objetivos das empresas. Entretanto, isto deve ser buscado sem desconsiderar outros fatores que influenciam o resultado final. Estão sendo respeitadas as pausas necessárias do motorista? As condições de tráfego e das vias estão sendo avaliadas? A carga máxima e a disponibilidade dos veículos?
Fazer essas questões de forma constante assegura que as empresas não só sejam mais eficientes, mas como possam avaliar e compreender fatores que interferem tanto na gestão de entregas quanto nos custos associados, caso do consumo de combustível. Um dos outros problemas de roteirização frequentes é não se preocupar com os aspectos de conformidade, descumprindo as legislações.
Leia também: 5 fatores que impactam na roteirização de carga.
2. Definir adequadamente as janelas de entrega
O trânsito é um ambiente de difícil previsão – por melhor que seja a sua base de dados e o histórico das entregas. Por mais eficiente que seja uma operação, um dos problemas de roteirização é trabalhar com metas e prazos irreais. É comum, por exemplo, alargar as janelas de entrega em períodos de maior demanda, informando antecipadamente os consumidores a esse respeito.
Um dos principais critérios de satisfação logística é o cumprimento de prazos – seja no mercado B2B ou B2C. Por isso, os gestores devem trabalhar com prazos de entrega adequados, considerando desde a produção de itens, passando pela distribuição entre armazéns e centros de distribuição até chegar ao cliente final, estabelecendo cronogramas viáveis.
3. Não acompanhar os imprevistos
Se tudo o que você pode ver dos eventos do dia são os horários de partida e chegada, há um vazio significativo na compreensão de cada frete. Isto pode gerar problemas para as empresas, incluindo de ordem trabalhista. O monitoramento dos condutores assegura que os motoristas sigam as rotas programadas e, no caso de intercorrências, é preciso que eles sejam devidamente orientados.
Um dos problemas de roteirização comuns envolve coordenar adequadamente o andamento de cada frete, não se atentando a eventuais alertas ou problemas que surgem durante as entregas. Estes avisos auxiliam as equipes logísticas a encontrar soluções para garantir o cumprimento de prazos, mas analisam os fatores de gestão do tempo, leis de zoneamento urbano e o consumo de combustível.
Para isso, o sistema pode ser configurado de modo a emitir alertas caso algo saia do padrão. Isso é ainda mais fundamental quando os fretes entram nas áreas urbanas – em especial as capitais e grandes cidades –, onde há restrições de movimento para veículos de maior capacidade em determinados horários e maior possibilidade de condições como congestionamentos e atrasos.
4. Não fazer uma gestão de frota
Entregas mais rápidas não necessariamente são as mais eficientes, conforme mencionamos no tópico 1. Muitas empresas logísticas não fazem uma análise de suas frotas, um cuidado que impacta diretamente o resultado logístico. Além de solucionar problemas de roteirização, o dever dos gestores é otimizar o espaço disponível no transporte de modo a reduzir os custos por entrega.
É por isso que, dentro das regras de roteirização, é importante se atentar à capacidade de transporte dos veículos e as características de cada frete. Em um mundo ideal, os operadores logísticos vão evitar transportar cargas parciais. Nesse cenário, é comum que se aproveite esses fretes para carregar produtos com mais giro para centros de distribuição ou para locais mais estratégicos.
5. Ordem de abastecimento e desabastecimento
Qual é a ordem de abastecimento e desabastecimento de um veículo? Um dos problemas de roteirização resolvidos por sistemas especializados é esta definição. Pode parecer que não, mas a sequência de carregamento e descarregamento de um veículo é muito importante nas operações diárias.
Imagine que a roteirização definiu que um frete vai passar por 3 clientes. Qual é a lógica mais eficiente de carregamento? O ponto inicial de entrega deve ter seus itens inseridos por último no veículo, o que vai favorecer e agilizar a retirada no ponto de entrega. Caso não haja esse tipo de cuidado, as equipes envolvidas no frete levarão mais tempo para realizar este trabalho.
E, dentro de uma lógica de roteirização, é preciso estimar o tempo despendido nesta atividade para analisar se apenas um veículo será capaz de fazer aquelas entregas no prazo estipulado.
Descubra alguns KPIs importantes do gerenciamento de frota aqui.
O impacto da inteligência artificial
Os problemas de roteirização relacionados acima podem ser solucionados ao analisar adequadamente os critérios de entregas, entendendo a dinâmica do próprio negócio. Isso pode ser melhorado com a aplicação da inteligência artificial (IA) na logística, trazendo insights para os gestores.
Esta tecnologia é capaz de transformar até mesmo as entregas da última milha em grandes cidades, analisando simultaneamente fatores diversos, como janelas de entrega, capacidade dos veículos e condições de tráfego, com foco em gerar as rotas mais eficientes. Otimizar o nível de precisão e a flexibilidade é crucial para manter altos padrões de serviço no competitivo mercado logístico.
É por isso que um dos desafios e a busca por soluções de problemas de roteirização envolve não só o monitoramento em tempo real, mas a tentativa de antecipação de desafios futuros, associando os insights dos sistemas de gestão à expertise e inteligência dos tomadores de decisão. A IA auxilia em uma análise preditiva ainda mais efetiva, identificando pontos críticos comuns nas entregas.
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