O big data no supply chain tem se tornado uma ferramenta essencial para a transformação da logística, oferecendo soluções inovadoras para a otimização de processos. Neste artigo, exploramos como o big data revoluciona a forma como as operações logísticas são conduzidas com maior controle e agilidade.
A gestão da cadeia de suprimentos deixou de ser um processo intuitivo para receber análises quantitativas e qualitativas em prol de seu monitoramento integral. Com isso, todas as operações que envolvem o segmento logístico – planejamento, produção, entrega e devoluções – podem ser aprimoradas com a adoção do big data no supply chain.
A aplicação da análise e monitoramento de grandes volumes de dados no supply chain assegura uma visão mais precisa sobre cada etapa do processo logístico – do armazenamento à distribuição –, otimizando a gestão de demandas até a entrega ao consumidor final. Com big data no supply chain, organizações podem otimizar os custos operacionais, ampliar a eficiência e a satisfação dos consumidores.
Esta tecnologia é vista como a base de uma verdadeira revolução para as organizações que operam no segmento logístico. No entanto, há a necessidade de uma estruturação adequada de todos os processos relacionados para se colher os seus benefícios.
O que é big data no supply chain?
Big Data no supply chain refere-se à coleta, à análise e à interpretação de grandes volumes de dados gerados ao longo da cadeia de suprimentos. Essas informações podem ser obtidas de diversas fontes, como sistemas ERP, histórico de dados, sensores de Internet das Coisas (IoT), transações com fornecedores e outros dados coletados.
Para se ter sucesso nesta estratégia, é preciso encarar este processo como uma jornada de longo prazo, que requer o investimento em sistemas operacionais especializados, como TMS, WMS e Torre de Controle Logístico, associado a uma arquitetura adequada para ter mais inteligência.
São essas técnicas de coleta de dados em cada etapa do processo logístico que criam oportunidades de aplicação de tecnologias ainda mais avançadas na rotina dos negócios, caso do machine learning e da inteligência artificial, que transformam dados em inteligência.
Mas a tecnologia isoladamente não é garantia de sucesso. Uma pesquisa do Instituto Gartner mostrou que 76% dos executivos de cadeia de suprimentos indicaram que, em comparação com três anos atrás, suas empresas estão enfrentando interrupções mais frequentes em suas cadeias de suprimentos.
Com uma grande maioria de empresas com volatilidade significativa, entender e comparar as práticas que se alinham à melhoria orientada por dados e otimizar os processos internos é essencial para encarar o futuro.
O impacto da análise de dados na logística
Com o big data no supply chain – associado às outras tecnologias –, os gestores transformam dados em inteligência, aumentando a sua capacidade de antecipar demandas, ajustar estoques, negociar condições e prazos com fornecedores e decidir rotas de entregas de transporte com mais eficiência. Com sensores em todos os processos, é possível também minimizar interrupções logísticas.
Na prática, a tecnologia se reverte em:
- Precisão nas previsões de demanda, o que ajuda a evitar excesso ou falta de produtos;
- Mais eficiência operacional por entender cada processo que é realizado e a sua importância para o supply chain;
- Redução dos custos de armazenamento, diminuindo os gastos com a manutenção de grandes volumes de produtos;
- Aumento da satisfação do consumidor, já que a empresa é capaz de cumprir prazos e melhorar as condições de entrega;
- Melhor gerenciamento de riscos na relação com fornecedores, aprimorando as condições de contrato e das entregas.
Como o big data otimiza diferentes áreas do supply chain?
Perceptível em diversas etapas, o big data no supply chain se reverte em inúmeras vantagens para as empresas, mas algumas áreas se destacam seguindo dos impactos que comentamos anteriormente.
Vendas e inventário
Na gestão de vendas e inventário, a análise de dados permite projeções mais precisas sobre a demanda, evitando rupturas de estoque e garantindo que os produtos estejam disponíveis no momento certo – mesmo com o impacto da sazonalidade.
A identificação de tendências de consumo com base em dados históricos permite ajustes estratégicos na produção e na distribuição, assim como pode traçar insights para que o departamento de vendas atue de maneira proativa na relação com os clientes.
Relação com fornecedores e recebimento de matérias-primas
A relação com fornecedores é aprimorada significativamente com o uso do big data no supply chain.
Empresas podem monitorar seu histórico de vendas e o volume de estoques, otimizando o relacionamento na compra, nos prazos de entrega e na gestão de pagamentos. Além disso, é possível definir métricas para acompanhar o desempenho dos fornecedores, avaliando fatores como prazos, qualidade dos materiais e cumprimento de contratos.
Gestão de armazéns
No processo de armazenagem, o big data contribui para a alocação eficiente dos estoques, evitando que grandes volumes de recursos fiquem ociosos em armazéns ou centros de distribuição. Na outra ponta, diminui a chance de que produtos muito visados estejam fora de estoque.
Tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) fazem com que seja possível monitorar dados em tempo real, simplificando a disposição dos produtos, otimizando o espaço e reduzindo deslocamentos e o tempo gasto na coleta e reposição de inventário. Os algoritmos auxiliam a determinar a melhor forma de distribuir produtos dentro dos armazéns, levando em consideração o volume de saídas.
Sistemas como voice picking e picking by light tornam estes processos ainda mais seguros e efetivos, minimizando erros e ampliando a eficiência operacional.
Transporte e distribuição
No transporte, o big data no supply chain possibilita a otimização das entregas com sistemas de roteirização, capazes de reduzir custos e prazos.
Essas ferramentas se baseiam em dados de tráfego, condições climáticas e histórico de entregas para definir trajetos mais eficientes, evitando congestionamentos e reduzindo emissões de carbono. Isso tudo com monitoramento da rota em tempo real a partir de sensores e GPS, que permitem ajustes simples na rotina das transportadoras ao monitorar os indicadores certos.
Uma melhora da cadeia integral
Há muitas indústrias que optam por internalizar os processos voltados à distribuição.
Nesses casos, o big data no supply chain traz outros subsídios para assegurar que a entrega de materiais de fornecedores chegue no tempo certo, evitando paradas forçadas da produção. Um dos fatores mais buscados pelas empresas é a previsibilidade, considerando as demandas internas, mas também a transparência e a comunicação aos clientes.
Mais do que uma tendência: uma necessidade
A implementação do big data no supply chain não é mais uma tendência, mas uma necessidade para empresas que desejam se manter competitivas, manter os custos acessíveis aos seus clientes e competir em um mercado globalizado.
A análise de grandes volumes de dados possibilita decisões mais estratégicas, reduz custos operacionais e melhora a experiência do consumidor. Mas não basta apenas investir em tecnologia, há a necessidade de se manter atento às mudanças e adequar os processos internos.
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