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Economia circular e a genialidade da Natureza

18/07/2016 Categorias: Artigos
Assuntos: Artigos, Mercado, Inovação

*Por Luiz Ricardo Berezowski

Há algumas semanas, engatei em uma conversa muito interessante com um sobrinho. “Imagine um futuro sem limites de tecnologia… Como você acha que serão os robôs?”. A resposta me surpreendeu: “Tio, o robô do futuro fará tudo sozinho, será capaz de se desenvolver por conta própria: alimentar-se, reproduzir-se, pensar, conversar, aprender e se adaptar sozinho”. “Mas, cara, esse seu robô é praticamente um ser vivo”, brinquei. “É isso mesmo”, respondeu ele, “se a Natureza faz, nós também podemos fazer!”.

A inocente conversa me fez refletir sobre a genialidade da Natureza. Incrível constatar como a Natureza realiza proezas fora da compreensão do ser humano, verdadeiros “milagres tecnológicos”. Vejamos: com elementos químicos básicos, a Natureza projetou um sistema altamente complexo, que chamamos de “vida”; os seres vivos são autônomos, nascem, reproduzem-se e desaparecem; mais do que isso, as comunidades dependem mutuamente entre si; e por fim – o que é mais incrível –, a Natureza produziu esta “máquina” sem recorrer a desperdícios ou excessos, pois tudo nela é regenerativo e tem uma utilidade.

Ao homem, cabe replicar essa genialidade. Já somos capazes de criar alguns “seres” que se movimentam de forma autônoma e, às vezes, parecem dotados de inteligência. Mas, quase sempre, nos limitamos a produzir coisas com grau evolutivo equivalente ao de uma rocha. Nesse processo, enfrentamos imensa dificuldade para evitar excessos e desperdícios.

Especialmente após a Revolução Industrial, o homem lastreou o desenvolvimento da sociedade moderna com base em um paradigma linear (tirar-usar-rejeitar). Nossas necessidades são atendidas pela extração de recursos naturais finitos. Ao fim da vida útil, descartamos e acumulamos tudo nas “esquinas” do planeta, com efeitos colaterais nocivos e conhecidos: poluição, exaustão dos recursos naturais, redução da biodiversidade, acúmulo de lixo e resíduos etc.

Uma nova forma de pensar as dinâmicas econômicas está surgindo, chamada de Economia Circular. Inspirada na Natureza, onde nada se cria e tudo se transforma, busca desenvolver sistemas econômicos regenerativos, nos quais o conceito de resíduo é eliminado, e aquilo que é descartado por um processo é sempre reaproveitado por outro. Com isso, a extração de recursos naturais é reduzida, ao passo que os recursos já extraídos são perpetuados.

O modelo de Economia Circular é promissor. Algumas empresas tomam a dianteira da inovação, como a Embraco, que lançou em 2014 o Nat.Genius, unidade de negócios voltada à Manufatura Reversa e Economia Circular em produtos de linha branca e eletroeletrônicos. O Brasil, por características históricas, detém condições favoráveis ao desenvolvimento de modelos circulares. Temos, ao mesmo tempo, um mercado consumidor, uma indústria de manufatura e uma legislação ambiental fortes. Os produtos consumidos podem facilmente fechar o ciclo e voltar ao ecossistema de manufatura.

A Economia Circular também é positiva porque estimula a inovação tecnológica em campos ainda pouco explorados, assim como desenvolve bases para o surgimento de novos mercados consumidores.


*Luiz Ricardo Berezowski é gestor da unidade Nat.Genius da Embraco – empresa cliente da solução Gestão de Acesso e Segurança da Senior.

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