A saúde laboral é fundamental para um ambiente de trabalho mais saudável, seguro e produtivo. E a nova NR-1 traz ainda mais exigências para garantir o bem-estar dos colaboradores.
Por isso, a saúde laboral é um tema que está cada vez mais em evidência nas organizações. Em 2024, dados do Ministério da Previdência Social registraram mais de 3,5 milhões de afastamentos. As doenças relacionadas à coluna foram o principal vilão, com 205 mil solicitações.
Na sequência, aparecem as hérnias de disco (172 mil casos) e fraturas da perna e tornozelo (147 mil). Fechando o top 5, estão dois aspectos de saúde mental: transtornos ansiosos (141 mil) e episódios depressivos (113 mil).
Nesse contexto, não é à toa que um olhar cuidadoso aos colaboradores se reflete em mais engajamento, o que impacta positivamente o desempenho das equipes e a retenção de talentos. Mais do que apenas prevenir acidentes, investir na saúde laboral reduz os afastamentos, melhora a satisfação, aumenta a produtividade e cria um diferencial competitivo. Além disso, fortalece a cultura organizacional e reduz passivos trabalhistas.
Confira neste artigo os principais conceitos relacionados à saúde laboral, as diferenças em relação à segurança do trabalho, os fatores que impactam o bem-estar dos colaboradores e as melhores estratégias para a gestão eficaz da saúde no ambiente corporativo.
O que é a saúde laboral?
Saúde laboral diz respeito ao cuidado com as condições físicas, mentais e emocionais dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Vai além da prevenção de doenças e acidentes, englobando ações voltadas ao bem-estar e à qualidade de vida dos colaboradores.
Uma boa gestão de saúde laboral inclui desde a promoção de ambientes seguros e ergonomicamente adequados até programas de apoio psicológico, incentivo a hábitos saudáveis e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Também envolve a participação ativa de gestores e equipes na construção de uma cultura organizacional mais humana e saudável.
Ao investir nessas práticas, a empresa não apenas cumpre obrigações legais, mas fortalece sua imagem como marca empregadora (employer branding), mostrando compromisso genuíno com o bem-estar de quem faz o negócio acontecer.
Os principais fatores que impactam a saúde laboral
Cada organização conta com suas particularidades em relação à saúde laboral, que pode ser impactada pelo segmento de atuação, exigências de categorias, entre outros pontos. Há, porém, alguns fatores globais que impactam as empresas:
- Ergonomia inadequada: posturas incorretas e mobiliário inadequado podem gerar problemas musculoesqueléticos, resultando em afastamentos e quedas na produtividade – como demonstram os dados do INSS;
- Carga excessiva de trabalho: o excesso de tarefas e a pressão por resultados podem causar estresse, fadiga mental e burnout, afetando diretamente a saúde dos trabalhadores;
- Ambiente físico desfavorável: iluminação ruim, ruídos excessivos, temperatura inadequada e ventilação precária podem impactar negativamente o bem-estar e o desempenho;
- Falta de incentivos à saúde mental: a ausência de programas de apoio psicológico e medidas para reduzir o estresse pode agravar problemas emocionais, prejudicando a saúde e o desempenho dos colaboradores. Iniciativas como o janeiro branco auxiliam a conscientizar sobre a importância desses cuidados;
- Condições inadequadas de segurança: falta de EPIs e falhas em treinamentos e protocolos de segurança podem expor os trabalhadores a riscos, aumentando o número de acidentes e afastamentos.
Empresas que identificam e atuam sobre esses fatores conseguem proporcionar um ambiente mais seguro e saudável, reduzindo custos com afastamentos e melhorando o desempenho organizacional de maneira ampla.
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Qual a importância da ergonomia no ambiente de trabalho?
A ergonomia é um dos pilares da saúde laboral, pois adapta o ambiente de trabalho às necessidades do colaborador, garantindo o seu conforto. Um espaço ergonomicamente adequado reduz a incidência de dores crônicas, de fadiga e de doenças ocupacionais, além de melhorar a produtividade.
Para implementar boas práticas ergonômicas, é fundamental investir em mobiliário adequado, como cadeiras ajustáveis e mesas na altura correta, além de incentivar pausas regulares e promover ginástica laboral. Treinamentos e orientações sobre posturas corretas e boas práticas no uso de equipamentos eletrônicos podem prevenir lesões e aumentar o bem-estar dos funcionários.
Doenças ocupacionais e medidas preventivas
Doenças ocupacionais podem comprometer a qualidade de vida do trabalhador e gerar altos custos para as empresas com afastamentos. As principais enfermidades incluem:
- LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são comuns em profissionais que realizam movimentos repetitivos por longos períodos ou passam muito tempo sentados.
- Estresse e transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, são agravados por ambientes de trabalho considerados inadequados e falta de suporte emocional.
- Problemas respiratórios causados por exposição a agentes nocivos, como poeiras, produtos químicos e má qualidade do ar nos locais de trabalho.
A prevenção destas enfermidades requer o investimento em programas de ginástica laboral, e suporte psicológico, além de promover ambientes saudáveis e incentivar as pausas regulares. A realização periódica de exames ocupacionais também auxilia na detecção precoce de problemas.
Legislação trabalhista e normas regulamentadoras de saúde laboral
No Brasil, diversas normas regulamentam a saúde laboral, algumas delas como:
- NR-17: trata da ergonomia no ambiente de trabalho, estabelecendo diretrizes para a adaptação do espaço físico às necessidades dos trabalhadores;
- NR-7: estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que exige a realização de exames médicos periódicos.
- NR-9: exige a elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), voltado à identificação e ao controle de riscos no ambiente de trabalho.
- NR-1: O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO/PGR) se tornou um pauta de ordem no ambiente corporativo. A norma Regulamentadora 1 (NR-1) foi atualizada e inclui a abrangência obrigatória sobre Fatores de Riscos Psicossociais para segurança e saúde ocupacional.
Cumprir essas normas é essencial para evitar passivos trabalhistas e garantir condições adequadas aos colaboradores, reduzindo a incidência de problemas de saúde e afastamentos.
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Quais os benefícios de investir em saúde laboral para empresas e colaboradores?
Há diversas vantagens de promover programas de saúde laboral. Entre eles, destacam-se:
- Redução do absenteísmo e afastamentos por doenças ocupacionais;
- Maior satisfação e engajamento dos colaboradores, criando um ambiente de trabalho mais produtivo;
- Aumento da produtividade;
- Cumprimento das normas legais, evitando processos trabalhistas e outras penalidades;
- Redução de custos com tratamentos médicos e indenizações trabalhistas.
A tecnologia é uma aliada na implementação de saúde laboral nas empresas. Por isso, a Senior oferece soluções amplas em saúde e segurança do trabalho, como o Sistema de SST, que permitem o monitoramento da saúde dos colaboradores, controle de atestados, gestão de riscos ocupacionais e indicadores. Com ferramentas automatizadas, as empresas analisam dados em tempo real, identificam padrões de afastamento e implementam ações preventivas eficazes.
Conclusão: saúde laboral é essencial para um clima organizacional mais saudável
Essencial para o bem-estar dos colaboradores e para o sucesso das organizações, a atenção à saúde laboral reduz riscos e fortalece a reputação da empresa. Seus reflexos? Um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, que ajuda a reter talentos e cria um clima organizacional mais positivo.
Essa gestão estratégica se torna mais simples com o uso de soluções amplas em SST, que além de garantir um ambiente de trabalho mais produtivo, alinhado às melhores práticas de saúde laboral, viabiliza estratégias e ações sobre saúde laboral no trabalho. Conheça agora mesmo os diferenciais do Sistema SST da Senior.