Planejamento Agrícola: o que é e como fazer em 5 passos

Quem trabalha com produção rural sabe: plantar não é só jogar a semente na terra e esperar crescer. Por trás de uma safra produtiva, tem muita análise, decisão e organização. É nesse momento que o planejamento entra como peça-chave para o sucesso no campo.

O planejamento agrícola é o que ajuda o produtor a fazer escolhas mais estratégicas, desde o que plantar até quando colher, aproveitando melhor os recursos disponíveis, reduzindo riscos e aumentando as chances de uma colheita saudável e lucrativa.

Neste conteúdo, você vai descobrir como montar um plano agrícola preciso e eficiente em 5 passos simples, acompanhe!

O que é Planejamento Agrícola?

Você já parou pra pensar como os produtores rurais decidem o que, quando e onde plantar? Isso não é feito no improviso.

Em resumo, o planejamento agrícola é o processo de organizar e definir as atividades da produção no campo, de forma estratégica. Isso envolve desde a escolha das culturas que serão plantadas, o calendário de plantio e colheita, até o uso eficiente de recursos como terra, água, sementes, insumos e mão de obra.

Mas não é só isso. Esse tipo de planejamento também leva em conta fatores como:

  • Condições do solo e clima da região;

  • Previsões de mercado e preços;

  • Riscos como pragas, doenças ou variações climáticas;

  • Custos e retorno financeiro esperado.

Ou seja, é um passo essencial para garantir produtividade, redução de desperdícios e bons resultados no final da safra.

Quer um exemplo prático? Imagine um produtor que decide plantar milho fora da época ideal ou sem analisar o solo. As chances de perda são grandes. Com um bom planejamento, ele consegue evitar esse tipo de erro — e ainda aumenta sua margem de lucro.

Saiba também: Controle agrícola: tudo o que você precisa saber

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Passo a passo para fazer um Planejamento Agrícola

Agora que você já entendeu o que é, vamos pra parte prática: como fazer um bom planejamento agrícola na sua propriedade?

Não importa se a produção é pequena ou grande, seguir um passo a passo ajuda a organizar melhor as decisões, evitar erros e garantir mais produtividade no campo.

A seguir, veja os principais pontos que você precisa considerar para montar um planejamento eficiente e realista:

1. Planeje o orçamento para o ano safra de uma cultura

Essencialmente, orçamento é resultado de uma pesquisa prévia de todos os fluxos financeiros envolvidos no projeto – receitas, despesas e investimentos – e sua finalidade é dar solidez e confiabilidade ao planejamento estratégico e operacional da empresa rural. Uma vez realizado o levantamento do potencial de recursos físicos, humanos, benfeitorias e máquinas da propriedade conforme o cultivo, é possível elaborar o orçamento.

Ainda que seja possível oferecer recomendações gerais para as diferentes culturas agrícolas, o orçamento é elaborado caso a caso. Isso porque, além das particularidades de uma determinada cultura, existem as características ambientais e socioeconômicas da propriedade em questão.

Desta forma, se forem plantadas culturas diferentes, ainda que em uma mesma área, o orçamento irá variar, pois os insumos para implantação, por exemplo, de um modelo de cafeicultura, serão diferentes dos que necessários para alface. A mesma lógica pode ser aplicada a outros tipos de culturas.

A metodologia do orçamento é bastante eficaz e eficiente no contexto do planejamento estratégico de uma propriedade rural. A conjuntura econômica atual do agronegócio tem indicado cada vez mais a necessidade de adoção de tecnologias de apoio e otimização da produção. Ou seja, as propriedades estão cada vez mais competitivas e eficientes e, por isso, a adoção de ferramentas de controle financeiro tem ganhado destaque e importância no que diz respeito à melhoria do planejamento, organização e controle da fazenda.

Quando bem planejado e utilizado, o orçamento garante informações de qualidade que permitem aos administradores da fazenda a tomada de decisão mais racional e lucrativa para o negócio. Ele é indispensável no processo de controle de qualidade e desempenho da produção e gestão, orientando as atividades rotineiras da unidade, permitindo melhoria contínua e aumentando os lucros.

2. Crie um calendário de atividades para o ano agrícola

Em um planejamento estratégico – algo que toda empresa deve ter, inclusive a rural – é fundamental todas as etapas do processo sejam descritas com o máximo de detalhamento possível. Nesta fase, os planejadores devem descrever as ideias de negócio, quantificando detalhadamente as entradas (receitas) e saídas (custos e investimentos).

Recomenda-se que esse planejamento seja realizado com um prazo mínimo de 12 meses, mas para atividades rurais, o prazo acaba sendo ainda maior, sendo adequado um planejamento para 60 ou mais meses, a dependendo da cultura e do projeto.

3. Gerencie da evolução da lavoura (planejado x executado) em tempo real

A metodologia do orçamento possibilita o controle do fluxo de entradas e saídas porque é constituído de duas etapas que devem ser comparadas:

  • Etapa 1: orçamento planejado > elaborado a partir da coletânea de dados econômicos e zootécnicos de mercado e de pesquisas para elaboração do projeto.
  • Etapa 2: orçamento realizado > construído com os dados econômicos e zootécnicos obtidos no dia a dia da fazenda.

A maneira de apresentar essas informações dependerá do gestor e da empresa em questão. Pode-se, por exemplo, gerar planilhas que, uma vez interpretadas pelo analista responsável, dão origem a relatórios comparativos que permitem o esclarecimento a respeito da eficiência e eficácia do modelo de gestão adotado. 

A comparação entre os orçamentos planejados e os realizados permite aproximar o planejamento da realidade local da empresa, “calibrando” o gestor rural para uma tomada de decisões cada vez mais coerente, efetiva e lucrativa.

A informação principal a ser avaliada no orçamento é o fluxo de receita, despesas e investimentos da empresa em certo período, o que permite precaver-se quanto a algum imprevisto que torne o fluxo de caixa negativo. 

É possível também comparar a capacidade de pagamento da sua fazenda, além de evidenciar outros índices econômicos como a taxa interna de retorno (TIR) e o valor presente líquido (VPL) do projeto.

4. Automatize de processos (administrativos, operacionais, estoques e armazéns) e análises de performances

Durante o planejamento agrícola é importante lembrar que o empreendimento rural terá em cada etapa diferentes processos que constituirão sua atividade produtiva, tais como: administrativo, operacional, estoque e armazenamento. Dependendo da complexidade, algumas empresas optam por criar departamentos específicos para tratar de cada processo. 

Independentemente de sua fazenda ter setores claramente definidos ou não, é fundamental que sejam realizadas avaliações da performance dos processos envolvidos. É muito comum que essas atividades sejam rotinas, isto é, repetidas diariamente com certo padrão de referência ou de qualidade.

Assim, é possível automatizar muitos desses processos, desincumbindo a mão-de-obra local dessas atividades e liberando-a para outras de maior complexidade ou importância. Um exemplo disso é, novamente, o orçamento. Antes do advento de softwares, que permitem a automatização de muitos processos, a velocidade da coleta de informações era muito menor. Por essa razão, as decisões também demoravam a ser tomadas, já que os resultados não se faziam visíveis imediatamente.

Portanto, automatizar processos repetitivos permite a redução de gastos com mão-de-obra, que habitualmente é um centro de custos na empresa, bem como a realocação dessas pessoas para funções mais importantes.

5. Transforme do banco de dados em indicadores para tomadas de decisões

A qualidade da informação é de fundamental importância dentro do processo administrativo. Somente com informações pertinentes e de qualidade é possível a tomada de decisões seguras no âmbito da empresa rural. Uma vez criado um banco de dados confiável, é possível a formação de indicadores coerentes com a realidade local.

Esses indicadores permitirão a avaliação dos impactos da implementação de alguma inovação, por exemplo, levando-se em conta o aumento ou diminuição das receitas e despesas ou do maior ou menor uso de insumos para uma mesma atividade ao longo do tempo.

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