A pesquisa salarial é uma importante ferramenta para o RH de uma empresa. Na prática, ela norteia a tomada de decisões relacionadas à remuneração e ao plano de cargos e salários.
Sendo assim, a partir de uma pesquisa salarial consistente, os executivos e profissionais de RH podem avaliar os salários e benefícios, buscando melhorias e atualizações, para aumentar a percepção de valor, a satisfação e a retenção dos colaboradores.
Sabendo disso, neste artigo, apresentamos o conceito, a importância e como elaborar uma pesquisa salarial completa, abrangente e eficaz.
O que é uma pesquisa salarial?
A pesquisa salarial é o processo de coleta e análise de informações sobre remunerações praticadas em diferentes cargos e setores do mercado. Ela ajuda as empresas a compreender tendências salariais, comparar seus salários com os da concorrência e definir políticas salariais mais justas e competitivas. Com base nesses dados, o RH pode negociar melhores condições de trabalho, equilibrar benefícios e fortalecer as estratégias de atração e retenção.
Por que realizar uma pesquisa salarial na empresa?
Segundo dados da pesquisa Zippia, um dos motivos de pedido de demissão mais comuns é a remuneração abaixo do esperado. Isso mostra que, mais do que benefícios ou cultura, o salário continua sendo um dos principais fatores de permanência dos talentos nas empresas. Por isso, oferecer salários condizentes com o mercado é uma forma clara de demonstrar valorização e confiança.
Em um cenário de transformações rápidas e alta concorrência por profissionais qualificados, a pesquisa salarial se tornou uma das ferramentas mais estratégicas para o RH. Ela permite tomar decisões baseadas em dados, equilibrando justiça interna e competitividade externa. Com essas informações, as empresas conseguem:
- Definir estruturas salariais transparentes;
- Revisar planos de cargos e salários;
- Atrair e reter talentos estratégicos;
- Fortalecer o clima organizacional;
- Planejar financeiramente o crescimento da equipe;
- Garantir conformidade com a legislação trabalhista;
- Fortalecer a reputação da marca empregadora;
- Sustentar a vantagem competitiva do negócio.
Como fazer a coleta de dados para uma pesquisa salarial?
Fazer uma pesquisa salarial de maneira correta exige método, fontes confiáveis e análise estratégica. O processo deve começar com a definição clara do escopo, para que os dados coletados sejam realmente comparáveis e úteis à tomada de decisão. Em seguida, é essencial utilizar fontes seguras e atualizadas, que garantem precisão e agilidade na coleta das informações. Por fim, os dados precisam ser organizados, analisados e comparados com as práticas do mercado, permitindo identificar se a empresa está alinhada, defasada ou acima da média salarial.
A seguir, veja o passo a passo de como conduzir uma pesquisa salarial de forma estruturada e eficaz:
1 – Defina o escopo
O primeiro passo é determinar o foco da pesquisa. Isso envolve decidir quais cargos, setores ou regiões serão analisados. Quanto mais específico o escopo, mais precisos serão os resultados. Por exemplo, se o objetivo é entender a remuneração de analistas de sistemas em empresas de tecnologia, vale restringir a pesquisa a esse segmento e à localização desejada. Além do salário base, lembre-se de coletar variáveis complementares, como:
- Faixas salariais;
- Salário de entrada;
- Bonificações e benefícios corporativos;
- Qualificações exigidas;
- Jornada de trabalho.
2 – Escolha de fontes confiáveis
A qualidade dos dados é o que define a credibilidade da pesquisa. Por isso, busque informações em fontes seguras e verificadas, como:
- Plataformas de empregos com dados reais;
- Relatórios de consultorias de RH;
- Estudos com tendências salariais por setor;
- Softwares de Remuneração com bancos de dados salariais.
A credibilidade da pesquisa depende diretamente da consistência e da origem dos dados coletados. Utilizar fontes pouco confiáveis pode gerar distorções e comprometer toda a análise, levando o RH a decisões equivocadas sobre remuneração. Por isso, garantir a qualidade das informações é indispensável para que os resultados reflitam, de fato, a realidade do mercado e sirvam como base sólida.
3 – Colete dados relevantes
Colete dados amplos e atualizados, não apenas de salários, mas também de fatores que influenciam o valor de um cargo. Inclua informações sobre:
- Benefícios corporativos;
- Bônus, comissões e remuneração variável;
- Carga horária e responsabilidades
- Formação e experiência dos profissionais
Esses dados ampliam a precisão da análise e ajudam a construir uma estrutura salarial coerente e sustentável.
4 – Analise os dados
Após a coleta, organize as informações em tabelas e gráficos comparativos. Visualizar os dados facilita a identificação de distorções, oportunidades e padrões salariais. Essa etapa é fundamental para transformar dados brutos em insights estratégicos para o RH e para a liderança.
5 – Comparações e benchmarking
O benchmarking salarial é o processo de comparação entre as práticas de remuneração da sua empresa e as do mercado, com o objetivo de identificar padrões, oportunidades e possíveis defasagens salariais. As áreas de RH e remuneração podem usar dessa prática para comparar as informações da sua empresa com os dados coletados e analise se os salários oferecidos estão abaixo, dentro ou acima da média.
6 – Utilize os resultados na prática
Os dados obtidos na pesquisa salarial ganham valor quando são aplicados de forma estratégica. Com base nas informações coletadas, o RH pode ajustar salários, estruturar políticas de remuneração mais justas, negociar com colaboradores de forma transparente e planejar trilhas de carreira alinhadas às expectativas do mercado e ao desenvolvimento interno. Esse uso prático transforma a pesquisa em uma ferramenta viva.
Pesquisa salarial: erros comuns e como evitá-los
Ao realizar uma pesquisa salarial, alguns deslizes podem comprometer a precisão dos resultados e levar o RH a decisões equivocadas. É importante estar atento e evitar:
- Dados limitados ou desatualizados;
- Ignorar benefícios e incentivos salariais;
- Desconsiderar diferenças regionais;
- Não considerar experiência e formação dos profissionais;
- Basear-se apenas em informações internas;
- Negligenciar a atualização periódica da base de dados;
- Desalinhar a pesquisa com a estratégia organizacional.
Como a tecnologia pode facilitar a realização de pesquisas salariais
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