Armazém automatizado: o que é, quais os níveis e tecnologias

Descubra neste artigo o que é um armazém automatizado e conheça os diferentes níveis de automação que ajudam a aumentar a eficiência e reduzir custos nas operações logísticas.

Em tempos de transformação digital, nós vivemos a era da logística 4.0, impulsionada por sistemas especializados de gestão até se chegar ao patamar de um armazém automatizado. A soma de soluções especializadas voltadas à administração com tecnologias e processos autônomos visa revolucionar a forma como o segmento de distribuição opera.

Quando as empresas conseguem vencer as principais barreiras – investimentos em tecnologia e softwares, treinamento e falta de mão de obra –, um armazém automatizado elimina – ou reduz consideravelmente – o trabalho manual, minimizando erros e diminuindo os custos. É possível também contar com máquinas para fazer um picking na logística mais seguro e efetivo.

Não há uma receita de bolo para assegurar um armazém automatizado, visto que cada negócio conta com suas particularidades em relação ao segmento de atuação, tecnologia e infraestrutura já disponíveis e demandas de clientes. O foco está em encontrar soluções e caminhos para ser mais produtivo e eficiente, de acordo com a sua própria realidade.

O que é um armazém automatizado?

Um armazém automatizado é um centro de distribuição que utiliza tecnologias para executar tarefas logísticas com pouca ou nenhuma intervenção humana. Isso inclui desde a movimentação e armazenagem de produtos até processos como separação de pedidos (picking), inventário e expedição.

A automação pode envolver uma combinação de equipamentos físicos — como esteiras, transelevadores, empilhadeiras autônomas e robôs móveis — com sistemas inteligentes de controle e gestão, como WMS (Warehouse Management System) e WCS (Warehouse Control System). Juntos, esses recursos criam um fluxo contínuo, preciso e altamente eficiente, capaz de lidar com grandes volumes de mercadorias com agilidade e segurança.

Mais do que um conjunto de máquinas, um armazém automatizado representa uma mudança cultural e operacional. Ele permite que empresas aumentem sua capacidade de resposta ao mercado, reduzam falhas e se adaptem melhor às oscilações de demanda, tudo isso com maior previsibilidade, rastreabilidade e controle dos processos logísticos.

Quais os níveis de armazéns automatizados? 

A jornada rumo à automação total de um armazém não acontece de forma imediata — ela é construída em etapas. Cada empresa percorre esse caminho de acordo com seu porte, maturidade tecnológica, volume de operações e disponibilidade de investimento.

Por isso, é possível classificar os armazéns em três níveis distintos de automação, que representam diferentes estágios de evolução operacional e tecnológica.

O primeiro deles se refere aqueles que ainda dependem de muitos processos manuais, em função dos baixos níveis de automatização. Esses espaços costumam lidar com ordens impressas e a função primordial dos recursos humanos é operacional. Com isso, falta tempo para se focar em questões mais estratégicas.

Um segundo momento envolve a implantação de um WMS (sistema de gestão de armazéns), que é uma necessidade no competitivo mundo atual. Com o WMS, os processos internos são mapeados, aprimorando a tomada de decisão. Dessa forma, as tarefas evoluem e a força de trabalho humana ganha tempo e condição para avaliar aspectos estratégicos para tomar decisões baseadas em dados.

E o terceiro ponto é um armazém automatizado de forma integral. Seu objetivo aqui é eliminar ou diminuir ao máximo a participação humana na operação dos armazéns. A maioria adota o modelo picking good-to-person: ou seja, implanta esteiras, elevadores e outros dispositivos para evitar o deslocamento dos colaboradores nessa atividade. É uma das tendências do setor que deve cada vez mais ganhar corpo.

Mas quais costumam ser as vantagens de atingir o patamar de um armazém automatizado?

1. Produtividade escalável e eficiência contínua

A adoção de sistemas automatizados de armazenagem potencializa a produtividade ao eliminar gargalos operacionais e permitir a execução ininterrupta de tarefas, independentemente da disponibilidade de mão de obra. A sistematização de atividades repetitivas e críticas reduz o tempo de ciclo e aumenta a confiabilidade dos processos, especialmente em operações 24/7.

Além disso, a automação permite operar em ambientes extremos, como câmaras frias, sem comprometer a eficiência e a segurança (ao colocar colaboradores em risco). Empresas do setor alimentício costumam operar em três turnos consecutivos, administrando câmaras frias de modo estratégico. Isso não apenas otimiza o desempenho de equipes como garante resiliência operacional.

2. Otimização de espaço físico e racionalização da força de trabalho 

Sistemas automatizados utilizam soluções verticais de alta densidade que maximizam o aproveitamento volumétrico do armazém. Ao explorar alturas elevadas e eliminar corredores desnecessários, é possível aumentar a capacidade de estocagem sem ampliar a área construída. Ou seja, ganha-se espaço físico sem impactar os custos.

Com a automação dos fluxos de entrada, armazenagem e expedição com o suporte de um WMS na logística, há também uma redução significativa na dependência de operadores, o que viabiliza uma operação mais enxuta, previsível e menos suscetível à escassez de mão de obra — um desafio cada vez mais presente no setor logístico.

3. Padronização de processos e controle de qualidade contínuo 

A sistematização proporcionada por armazéns automatizados elimina a variabilidade dos processos manuais, assegurando a consistência da execução e na qualidade nos resultados. Isso é especialmente relevante em momentos de pico de demanda, quando a pressão operacional pode elevar o risco de falhas humanas.

Um dos exemplos de melhorias é o picking, que deixa de ser manual e pode ocorrer via voz (voice picking) ou pela luz (picking by light), e, em alguns casos, ser totalmente automatizado. Esses resultados são potencializados em ambientes automatizados, que oferecem condições ideais e estáveis de armazenamento,  como controle de temperatura, umidade e contaminação.

Eles são essenciais para setores sensíveis como o alimentício, farmacêutico e cosmético, contribuindo para a conformidade com normas sanitárias e aumentando a confiança do cliente final.

4. Redução do esforço físico e mitigação de riscos operacionais 

Em armazéns que conseguem evoluir, o sistema goods-to-person reduz a necessidade de deslocamentos por parte dos operadores, diminuindo a exposição a atividades ergonômicas críticas e, consequentemente, o índice de afastamentos por acidentes ou lesões.

Com essa automação em níveis mais elevados, ganha-se também a vantagem de eliminar tarefas de alto risco, como movimentação de cargas pesadas e trabalhos em altura, transferindo essas funções para equipamentos robotizados. Com isso, cria-se um ambiente mais seguro, produtivo e com maior retenção de talentos.

5. Gestão integrada e visibilidade em tempo real 

Os armazéns automatizados modernos contam com sistemas avançados de WMS e Warehouse Control System (WCS), permitindo visibilidade total do inventário, rastreabilidade de produtos e monitoramento em tempo real do status dos equipamentos. O WCS costuma se focar, especificamente, no controle dos equipamentos específicos e na movimentação interna dos itens.

Essas duas plataformas podem ser incluídas aos sistemas ERPTMS, adicionando diversos dados ao setor logístico. Compras, vendas e produção se integram aos processos logísticos que envolvem o recebimento, a armazenagem, a separação e a expedição. Ou seja, toda a equipe trabalha com as mesmas informações, facilitando o planejamento e a tomada de decisão orientada por dados.

Tecnologias para um armazém automatizado 

Atingir o status de um armazém automatizado é mais do que adotar tecnologia: trata-se de uma mudança estratégica na forma de pensar a operação logística. Em tempos de alta competitividade e exigência por prazos cada vez mais curtos – até com entrega no mesmo dia –, as empresas que conseguem investir em automação ganham um diferencial importante em produtividade, eficiência e qualidade.

Do recebimento à expedição, cada etapa se torna mais ágil, segura e eficiente, reduzindo custos e elevando o nível de serviço prestado. Com o suporte de sistemas como WMS e WCS, além de parceiros especializados, como a Senior Sistemas, é possível obter uma visão integrada e em tempo real da operação, assegurando decisões mais rápidas e assertivas.

O caminho até a automação exige planejamento, investimento e adaptação, mas os benefícios a longo prazo compensam os desafios iniciais. Está precisando de um parceiro que possa trazer tranquilidade ao longo dessa jornada? Venha falar conosco!

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