A importância dos KPIs para a gestão de produção industrial

Cada indústria tem particularidades na produção, conforme o segmento de operação e exigências legais; as equipes de gestão de produção precisam de dados para identificar oportunidades de melhoria

A gestão de produção na indústria envolve o planejamento, a coordenação e o controle de fluxos produtivos. Seu propósito é o de entender e controlar os processos envolvidos na produção de materiais, visando torná-los mais assertivo, organizado e rentável, garantindo também a sua qualidade.

Um caminho comum adotado por muitas fábricas é o da padronização do fluxo produtivo. Definir os procedimentos de forma clara busca reduzir os custos, eliminar os desperdícios, otimizar o uso dos ativos e, na entrega final, satisfazer as exigências dos consumidores e as obrigações legais.

Ao uniformizar os procedimentos, a gestão de produção faz com que diversos setores estruturem suas atividades específicas, que envolvem desde a negociação e aquisição de matérias-primas, passando pela administração e operação fabril até a entrega aos clientes, gerenciada pelos times de armazém e logística.

Este cuidado facilita também a automação das operações, especialmente se houver o investimento em tecnologias para auxiliar a gestão de produção. No entanto, os sistemas especializados isoladamente não são garantia de sucesso: é preciso pensar também na influência das pessoas na gestão de produção e na necessidade de capacitações constantes dos times envolvidos.

Fique conosco no restante deste artigo para entender mais sobre a gestão de produção e os seus desafios.

Como tornar uma indústria mais inteligente? Respondemos a esta pergunta no blog!

Como otimizar a gestão de produção nas empresas?

Esta é uma pergunta recorrente e que, para ser respondida, envolve uma série de alicerces:

Tecnologia

Sistemas de gestão especializados e que estejam integrados ao maquinário usado no parque fabril trazem uma visão completa sobre os processos produtivos. É a centralização destes dados e relatórios personalizados que permitem obter insights em prol do aumento da eficiência, da redução de custos e da busca pela automação de fluxos produtivos.

Pessoas

Embora a tecnologia tenha um papel fundamental, são as pessoas que vão operar esses sistemas, programar e monitorar as máquinas. É por isso que os recursos humanos precisam passar por treinamentos contínuos para tirar o melhor da tecnologia assim como receber capacitações e lembretes sobre a importância de seguir processos claros.

Métodos

Muitas vezes, o sequenciamento de produção segue metodologias já definidas dentro da lógica operacional. É o caso por exemplo do PCP (Planejamento e Controle de Produção), um método que auxilia indústrias a identificar o momento de produzir, a quantidade, em que ordem e verificar se tudo está andando de acordo com essa agenda, conforme este artigo sobre controle de produção

Monitoramento

Com tecnologia, pessoas treinadas e métodos definidos, a base para otimizar e automatizar a gestão de produção está pronta. Mas como saber se esta estrutura está surtindo o efeito esperado? Isso só será possível por meio de um acompanhamento constante da produção, a partir de métricas muito claras sobre a operação.

Os quatro pontos mencionados acima fazem com que a gestão de produção e a automação industrial sejam ampliadas de modo seguro e efetivo, pensada também sob uma perspectiva de qualidade.

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Quais são os principais KPIs para medir a eficiência na gestão de produção?

Cada indústria apresenta particularidades em relação à produção, conforme o segmento de operação e as exigências legais, a quantidade e o tipo de máquinas disponíveis e até mesmo o desempenho do mercado de maneira geral. De qualquer forma, as equipes envolvidas na gestão de produção precisam ter dados claros para identificar desempenhos adequados e oportunidades de melhoria.

Dentro desse contexto, há alguns KPIs que se destacam:

OEE

O OEE ou Eficiência Geral do Equipamento, em português, mede o rendimento total dos equipamentos em termos de disponibilidade, desempenho e qualidade. Um índice baixo aponta falhas operacionais, como paradas não planejadas ou baixa produtividade, indicando caminhos para melhorias.

Taxa de rejeição

Calcula o percentual de produtos que não atendem aos padrões de qualidade, o que gera desperdícios e problemas na reputação da organização. Taxas elevadas sinalizam problemas em processos produtivos, matérias-primas ou equipamentos. Há indústrias que medem também o Índice de Retrabalho, que indica o número de itens que precisaram ser corrigidos antes de voltarem ao mercado.

Lead time de produção

Representa o tempo total desde o início até a conclusão da produção de um item. É um indicador importante para o PCP e a gestão de produção integral.

Utilização de capacidade

Mede o quanto da capacidade produtiva está sendo usada em relação ao total disponível. Este indicador ajuda a identificar a subutilização ou a sobrecarga de recursos. Outros parâmetros monitorados dentro desta lógica são o Tempo Médio de Parada (MTTR) e a Disponibilidade de Equipamentos (MTBF), que indicam, respectivamente, o tempo para reparo e de falhas de equipamentos.

Custo por unidade

Determina o custo de produção de cada unidade fabricada, considerando desde as matérias-primas às despesas indiretas. É fundamental para otimizar a precificação e medir a rentabilidade produtiva de uma indústria.

Taxa de eficiência da mão de obra

Acompanha o desempenho da equipe produtiva comparando o tempo estimado e o tempo real para realizar tarefas. É por meio dessa análise que se pode identificar gargalos, necessidades de treinamento e até mesmo de investimento na equipe ou em tecnologias.

Este acompanhamento contínuo traz insights para os times envolvidos na gestão de produção, abrindo a oportunidade para detectar desperdícios, aprimorar o fluxo de trabalho e implementar metodologias novas em prol de mais eficiência operacional e menores custos.

Quais os desafios enfrentados na gestão de produção?

Ter acesso aos KPIs listados acima garante uma visão completa do processo produtivo para os gestores. Mas quais são as barreiras para se chegar a este ponto?

  • Falta de visibilidade da produção em tempo real: decorrente tanto da limitação de investimento em equipamentos adequados quanto de falhas na integração do maquinário aos sistemas.
  • Dificuldade para obter informações sobre o desempenho de cada equipamento: o que limita a atuação dos times de gestão de produção e controle de qualidade. Isso também impacta diretamente na rastreabilidade dos processos, restringindo a capacidade de identificar a origem dos problemas e as suas possíveis soluções.
  • Atrasos para resolver problemas de qualidade: este fator amplia o lead time de produção e as taxas de retrabalho, interferindo na eficiência de processos. Além disso, pode-se gerar problemas reputacionais, caso produtos fora do padrão cheguem às mãos dos clientes finais.
  • Dificuldades com fornecedores: é preciso ter sucesso na gestão de cadeia de suprimentos, garantindo o abastecimento contínuo de insumos para a operação eficiente do processo industrial. Por isso, os dados da gestão de produção – e de planejamento – devem ser repassados aos times de compras, para que planejem os negócios com os fornecedores de forma estratégica, incluindo as sazonalidades.

Ao superar essas dificuldades recorrentes e implantar KPIs ajustados ao processo produtivo, as indústrias padronizam seu fluxo operacional, repercutindo positivamente na qualidade dos produtos e na capacidade de obter melhorias contínuas dos processos e a automação de atividade a partir de indicadores claros.

Tenha uma visão integral do processo produtivo, controlando a qualidade da produção e o cumprimento da lei com um sistema de gestão especializado para a indústria. Saiba mais!

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