Vai decidir algo? Então preste atenção
Diariamente, tanto você quanto seu chefe cometem erros na hora de tomar decisões. Mas, de acordo com a psicanalista Vera Rita de Mello, doutora em Psicologia Econômica, há maneira de evitá-los. “São falhas da nossa percepção e memória na avaliação de dados, e que aparecem na hora de fazer escolhas”, explica.
Para não ter problemas na momento de tomar decisões, a dica é o autoconhecimento. “Precisamos conhecer a nossa mente e admitir que cometemos falhas”, afirma a psicanalista. Outro ponto importante é o diálogo: conversar com quem tem posição equivalente à nossa ou mesmo com a equipe é bom para entender as situações.
Para facilitar a vida de quem se vê às voltas com decisões, Rita elaborou uma lista com erros básicos que não devem ser cometidos:
Ancoragem: Ocorre quando alguém se prende a um ponto de referência para avaliar dados e valores. O problema está no fato de que, às vezes, as “âncoras” escolhidas são irrelevantes.
Otimismo exagerado: É quando a crença de que tudo vai dar certo toma conta das pessoas, levando-as a ignorar riscos óbvios.
Autoconfiança excessiva: É o mesmo que o otimismo, mas em vez de atingir um grupo, toma conta do indivíduo.
Aversão à perda e não ao risco: As pessoas não têm aversão ao risco, e sim à perda. Porém, é a aversão à perda que leva as pessoas a correrem riscos. Imagine que alguém perdeu dinheiro em uma aplicação financeira. Inconformado, o sujeito faz de tudo para recuperar o prejuízo, mas para isso aplica o dinheiro em ações de alto risco. É o caso típico dos apostadores que afundam no ciclo do perde-perde.
Falácia dos custos incorridos: É o famoso “já que…”. Um exemplo é uma obra que é resultado de um grande equívoco, só percebido quando já foi dado o pontapé inicial. Aí entra em cena o raciocínio “já que começamos, vamos terminar”. E a pessoa segue investindo recursos apenas para finalizar algo que nem deveria ter sido iniciado.
Viés de ação: É o momento em que a pessoa está aflita, sentindo a necessidade de decidir. Nessa hora, é grande o risco de fazer qualquer coisa sem planejamento e uma pré-avaliação — apenas para contemplar a ideia de que é necessário tomar alguma atitude urgente.
Viés de inação: É quando alguém empurra suas decisões com a barriga — o que pode trazer sérias implicações.
Regras de decisão em cascata: É quando alguém não se dá conta de que certas coisas têm prazo de validade e acaba imitando certas práticas e atitudes que já deixaram de ter relevância ou valor.
Com informações do portal da revista Amanhã.