Pequenas e médias empresas cada vez mais conectadas à responsabilidade social
A complexidade do mercado exige das empresas inovação em suas relações com colaboradores e comunidade externa. Neste cenário, o conceito de responsabilidade social é fortalecido diariamente. Nota-se, porém, que grandes corporações são capazes de se adaptar e adotar mais facilmente atitudes socialmente responsáveis, enquanto as menores apresentam atitude mais tímidas.
O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SC) Florianópolis, Luiz Cláudio Stähelin, observa que poucas empresas de pequeno e médio porte têm buscado parcerias e consultorias a fim de diminuir o impacto socioambiental que possam gerar. De acordo com ele, a área de Recursos Humanos pode incentivar e desenvolver essa mudança de comportamento com pequenas ações que mostrem que a empresa, seus colaboradores, fornecedores, consumidores e sociedade, quando envolvidos, contribuem com a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente. “Basta, por exemplo, o cuidado com a destinação do lixo que cada um produz”, comenta.
Stähelin explica que, inicialmente, os profissionais de RH devem rever alguns aspectos corporativos para que sejam capazes de diagnosticar e estabelecer rotinas de responsabilidade social que melhorem a relação dos negócios com a comunidade, os consumidores e o meio ambiente. “Podemos citar ações como redução de resíduos, energia renovável, desperdício zero, insumos renováveis, ciclo de produto, transparência e muitos outros”, diz. Como consequência, o presidente da ABRH Florianópolis percebe também que a responsabilidade social potencializa o capital social. “Isso acontece quando mudanças podem ser vistas no desempenho, na satisfação, no desenvolvimento pessoal e coletivo, além da motivação e dos resultados colhidos”, conta.
A ABRH SC e a responsabilidade social
A ABRH SC também busca fomentar a responsabilidade social nas empresas. Um exemplo é a criação da diretoria de projetos sociais, criada na gestão 2013/2015 da ABRH Florianópolis, que visa a inserção no mercado de trabalho dos profissionais com necessidades especiais. “Isso se aplica a todas as empresas, não somente àquelas que, por força da lei, diante do número de empregados, tenham que cumprir a cota de inclusão”, destaca Stähelin.
A associação promove ainda o Prêmio Ser Humano, que reconhece organizações e profissionais que desenvolvem projetos para agregar valor às práticas de recursos humanos. “Essa é, sem dúvidas, uma forma de incentivar às empresas a investirem neste caminho de propósitos e, assim, mostrarem à sociedade que também estão fazendo a sua parte”.