Inovação: decifra-me ou devoro-te!
A provocação de convencer as organizações de que o futuro não é o presente permeia a discussão sobre inovação. Para Carlos Arruda, diretor executivo do Conselho Internacional e professor da Fundação Dom Cabral, falta integração na cadeia de valor da inovação brasileira. “Inovação é risco, é lidar com novas áreas de conhecimento e, consequentemente, confronta a estrutura e os processos dominantes”, afirma.
Embora a inovação seja apontada como prioridade pela maioria das companhias, apenas 17% a têm integrada aos objetivos do negócio. De acordo com Arruda, isso acontece porque as empresas têm sido pressionadas para gerar resultados em curto prazo. “Como inovação pressupõe investir no presente para gerar resultados no futuro, há sempre a disputa pelos recursos escassos e a percepção de que o futuro tem que ser no presente”, percebe.
Para o professor, inovação é uma atividade estratégica e, por isso, se não for incluída como um propósito sob a batuta da alta direção, pode até acontecer aqui e ali, mas não se mantém ao longo dos anos. “Para a empresa ser capaz de competir em seu setor ela precisa manter um pipeline de novos conceitos, produtos e formas de relacionamento com o mercado”, sugere.
Tentar não ter medo de errar e estabelecer metas para novas ideias é a principal dica de Arruda para que executivos possam identificar oportunidades de inovação. “Identificar uma nova ideia é, na minha opinião, menos importante do que promover a geração e a captura de novas ideias. Pode sobrar ideias, só não pode faltar”, acredita. Outra dica de Arruda diz respeito a abrir o processo de inovação para fora da empresa. Segundo o professor, fornecedores, clientes, parceiros, amigos e até familiares podem oferecer boas ideias. “Um bom gestor é aquele que abre os olhos para o mundo e traz para a empresa novas oportunidades de futuro”.
Com informações do portal HSM.