Em tempos de escassez de mão de obra qualificada, investir em capacitação é a alternativa
Com uma posição de destaque dentro das empresas, os profissionais de Recursos Humanos têm desempenhado cada vez mais funções estratégicas. Além de atrair talentos, cabe a eles retê-los e administrá-los de modo a preservar sua motivação. Em um cenário onde a falta de mão de obra qualificada se faz presente, é preciso pensar em maneiras diversificadas de conquistar todos os públicos e, para isso, investir na capacitação é primordial.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Blumenau, Tetê Barbeta, no atual mercado de trabalho brasileiro, o principal objetivo da área de recrutamento e seleção é atrair o colaborador certo para a oportunidade correta. Para isso, ela explica que as empresas devem investir em profissionais jovens e, ao mesmo tempo, naqueles mais experientes. “Por um lado existe a vantagem de atrair alguém sem vícios e cheio de energia para desenvolver uma carreira. Ao contratar um profissional sênior, por outro lado, as empresas conquistam experiência e maturidade, também necessárias ao negócio”, percebe.
Independente do profissional, no entanto, Tetê conta que as empresas devem fomentar a capacitação. “É preciso que os recrutadores busquem o treinamento adequado para o negócio da organização e para a lacuna que os colaboradores devem preencher”. Assim, o primeiro passo é saber o que está faltando nos aspectos técnico e comportamental dos colaboradores, a fim de desenvolvê-los. “As competências devem ser trabalhadas paralelamente, pois só será possível colocar o conhecimento em prática se houver atitude”, destaca.
Tetê explica ainda que os treinamentos não devem ser aplicados de maneira aleatória. É preciso que eles estejam de acordo com a missão, a visão e os valores da empresa, além de atender às necessidade do negócio. Segundo ela, o ideal é encontrar profissionais que tenham habilidades comportamentais e, posteriormente, formá-los tecnicamente. “Isso vale para empresas de todos os portes. No caso das menores, que acabam não tendo muita verba disponível para treinamento, a dica é a formação de multiplicadores internos, na qual colaboradores mais experientes ficam aptos a capacitar novos profissionais”, diz.