Conarh 2012: Para diretor-geral do LinkedIn Brasil, as redes sociais vão além da função de banco de dados e servem para conectar talentos
O uso de redes sociais está na boca do povo. Ou melhor, na ponta dos dedos de todas as pessoas que utilizam smartphones, tablets, teclados e até carros para acessar suas redes e ficarem atualizados sobre tudo o que ocorre, do noivado de um amigo ao boletim financeiro com informações de mercado.
Mas, e o RH, como pode aproveitar o momento? O diretor-geral do LinkedIn Brasil, Osvaldo Barbosa de Oliveira, explica que o alcance da comunicação por meio da rede social mudou o conceito de valor entregue ao usuário. A proposta do modelo de relacionamento com base em redes e ambientado digitalmente está na formação de um novo diálogo entre candidato e recrutador por meio da mecanismos que os aproximem, como o próprio LinkedIn, considerado a maior rede profissional da internet, que reúne mais de 175 milhões de usuários no mundo, dos quais 9 milhões estão no Brasil. “As duas maiores tendências que as empresas precisam investir para sobreviver são: utilizar as redes sociais e investir na marca”, aponta o executivo.
O crescimento do uso de rede, segundo Oliveira, ocorre porque hoje os profissionais de RH necessitam de ferramentas para localizar as pessoas. E, mais do que isso, buscam conexão com outros profissionais, manutenção da identidade corporativa e a citada pesquisa de candidatos ou vagas. O executivo destaca que o usuário do LinkedIn, por exemplo, é o recrutador e também o candidato, ainda que ele já esteja empregado. “E essas pessoas estão em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso trabalhamos onde os nossos usuários trabalham”, explica. No Brasil, de acordo com dados do LinkedIn, existem 17% de candidatos ativos, ou seja, profissionais querendo mudar de emprego ou desempregados, e 60% de candidatos passivos, profissionais empregados, mas que aceitariam receber uma proposta.
"O LinkedIn está transformando o conceito de aquisição de talentos", destaca o diretor-geral do LinkedIn Brasil, Osvaldo Barbosa de Oliveira.
Com base em dados apresentados pela empresa no Conarh 2012, procurar emprego está somente em 8º lugar dentre as pesquisas de relacionamento com os usuários, o que mostra que o LinkedIn é uma rede de relacionamento profissional e não um banco de dados para procurar emprego. O Brasil já é a quarta maior base de curriculum vitae (CV) no mundo, atrás de Estados Unidos, Índia e Reino Unido.
Um exemplo do alcance do LinkedIn foi apresentado pelo diretor da rede em sua palestra no evento. O executivo pegou a base de inscritos para o Conarh e cruzou com o seu banco de dados, o que mostrou que 70% dos participantes possuíam CV na rede e a média de conexões de cada pesquisado era de 232 pessoas. Desse cenário, 8% dos profissionais trocaram de emprego no último ano e 15% possuem mais de mil conexões. “O LinkedIn está transformando o conceito de aquisição de talentos”, destaca Oliveira. Antigamente, segundo o profissional, o processo era “post and pray” (publicar e rezar): o recrutador colocava o anúncio e era reativo no contato. Hoje, este profissional procura.