Uso de cartões de crédito, débito, Pix ou carteiras digitais para a quitação de contas simplifica a gestão por parte das empresas e oferece diversas comodidades aos clientes finais.
Depois de selecionar os produtos em uma loja ou supermercado, você, como cliente, optou por usar o seu cartão de crédito para pagar a conta. Atualmente, o uso deste expediente – a depender do valor – nem sequer exige o uso de senhas. No entanto, por trás desse ato, existe uma grande infraestrutura para permitir o pagamento eletrônico como já nos acostumamos em nosso dia a dia.
Os meios eletrônicos de pagamento estão relacionados com a infraestrutura necessária para garantir a confirmação da transferência desses valores, independentemente de eles acontecerem no ambiente físico ou virtual. Pela comodidade e tranquilidade, muitas pessoas têm optado por reduzir o uso do dinheiro físico em prol de outras modalidades digitais.
Um estudo realizado pela Mastercard afirma que 115 milhões de pessoas foram incluídas no setor financeiro desde a pandemia na América Latina. O número de pessoas que só usavam dinheiro em espécie no continente caiu de 45% para 21%. Outras 35% alegam estar “dispostas a tentar” se familiarizar com o pagamento eletrônico – índice que atingia apenas 10% no período pré-pandemia.
Acompanhe o restante deste artigo para entender mais sobre o pagamento eletrônico e as suas consequências.
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O que está envolvido por trás desse tipo de transação?
Seja em uma loja, no mercado, no restaurante ou pela internet, a maior parte dos consumidores finais desconhece a infraestrutura existente para garantir que o cartão de crédito, débito, as transferências tradicionais ou via Pix sejam, de fato, realizadas. Normalmente, essas transações envolvem algumas figuras com papéis importantes.
Adquirentes
São as empresas que credenciam os estabelecimentos para estarem aptos a vender com cartões, Pix e outros meios. Também fazem a liquidação desses negócios.
Subadquirentes
Essas empresas também são conhecidas como intermediadoras, pois simplificam o processo de compra e, muitas vezes, não estão vinculadas às instituições bancárias. Seu trabalho é aprovar os pagamentos e dar segurança ao processo.
Gateway de pagamento ou provedor de serviços de pagamento
Esta é a parte técnica que conecta uma empresa ao adquirente/subadquirente, fazendo o processamento das informações. No entanto, eles não estão recebendo ou participando do fluxo financeiro desta transação.
Apesar de desconhecida para o cliente final, estes processos devem ser conhecidos pelas empresas. Nesse contexto, a segurança das transações depende de seguir as normatizações estabelecidas pelos órgãos responsáveis e de escolher parceiros confiáveis, com histórico de operação no mercado.
Entre outros cuidados, essas companhias especializadas devem oferecer hospedagem segura em sistemas confiáveis, que contenham criptografia de ponta a ponta. Além disso, é preciso fazer atualizações regulares e garantir a conformidade das operações em relação às legislações específicas.
Quais os principais tipos de pagamentos eletrônicos?
Cartões de crédito e débito
O Brasil tem basicamente um cartão de crédito ativo por habitante. De acordo com o Banco Central, ao fim de 2023, o país contava com 206 milhões de cartões ativos, enquanto os exclusivos de débitos somam 162,5 milhões.
No caso do crédito, ele permite o pagamento à vista (com recebimentos normalmente agrupados em uma ou mais datas ao longo do mês para o lojista e uma fatura mensal ao titular) ou parcelado, quando o pagamento será feito em mais de uma prestação. Já o débito, por outro lado, transfere imediatamente os recursos de uma conta para a outra.
O cartão de crédito também costuma ser uma opção no pagamento de produtos ou serviços recorrentes, que exigem assinaturas ou mensalidades.
Pagamento instantâneo: Pix
Conforme explicamos no artigo sobre Open Finance, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, o Pix, se tornou um sucesso, afetando até mesmo o volume da adoção dos cartões de débito.
Atualmente, são quase 800 milhões de chaves registradas no sistema do Banco Central, tornando-se um dos meios mais usados para o pagamento eletrônico.
Não é à toa que muitos comércios adaptaram as suas máquinas de cartão para fazer o pagamento nessa modalidade, geralmente usando os QR Codes. Em junho de 2023, o Pix movimentou quase R$ 2,2 trilhões em transações.
Boleto bancário
Está entre os meios de pagamento considerados mais acessíveis em todo o país. O motivo? Qualquer pessoa pode fazer um pagamento via boleto bancário, incluindo as que estão fora do sistema bancário.
Esse pagamento pode ser executado tanto diretamente pela pessoa em sua instituição financeira quanto em locais especializados, como as agências lotéricas. No entanto, como no caso de uma compra em loja física, o boleto bancário ainda é um pagamento eletrônico.
Uma de suas dificuldades, porém, é a demora para o recebimento, que pode levar até três dias úteis. Esse é o motivo pelo qual muitas empresas incentivam a quitação do débito via Pix, cujo recebimento é praticamente imediato.
Transferências bancárias
A Transferência Eletrônica Disponível, o popular TED, e o Documento de Ordem de Crédito, o DOC, ainda existem e podem ser realizados para as movimentações financeiras. No entanto, assim como o cartão de débito, é mais um meio de pagamento eletrônico que está sendo absorvido pela demanda do Pix.
TED e DOC costumavam ter regras próprias em cada instituição financeira, além de taxas consideradas elevadas. Para Pessoas Físicas, o Pix é gratuito e se tornou opção mais barata e eficiente.
Carteiras digitais
Diversos usuários passaram a usar esse tipo de serviço. Nele, é possível concentrar cartões de crédito e até mesmo vouchers online (vale-refeição, vale-alimentação, entre outros), dando conforto para a pessoa escolher qual vai usar para fazer a transação eletrônica.
Como pode se perceber, existem vários meios de pagamento disponíveis para os consumidores finais. A escolha do mais adequado depende da preferência do cliente, da oferta de vantagens e benefícios por parte das instituições financeiras, entre outros critérios que são levados em consideração.
Para as empresas, o desafio está em investir em uma infraestrutura segura e que dê a liberdade de escolha que reflita na satisfação do consumidor, seja em ambiente virtual ou físico.