Os serviços bancários estão passando por transformações constantes, e o Brasil está na vanguarda dessas mudanças. Uma das consequências é o aumento da chamada “bancarização”.
De acordo com o Banco Central, 82% da população brasileira possui conta corrente em bancos, um número divulgado em 20 de julho de 2023. Esse índice representa um crescimento significativo em relação a 2017, quando apenas 57% dos brasileiros tinham conta, indicando uma forte expansão da bancarização no país, impulsionada especialmente pelo Pix e outras tendências digitais.
Estamos falando do “Open Finance” – ou sistema financeiro aberto. Na definição do Banco Central: “é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente”.
O objetivo do “Open Finance” é gerar mais competição entre as instituições financeiras a partir da liberdade do consumidor em fazer suas escolhas. Além, é claro, de obter uma melhor experiência no uso de produtos e serviços financeiros, facilitando a vida dos usuários. Na esteira dessas mudanças, surge o movimento conhecido como “Invisible Banking”.
É sobre ele que vamos abordar no restante deste conteúdo.
O que é o Invisible Banking?
O Invisible Banking conecta produtos bancários com outros serviços que não são necessariamente financeiros. Um exemplo prático é a presença de soluções bancárias embarcadas dentro de um ERP.
Apesar de existir uma complexa estrutura de segurança por trás dessas operações, na perspectiva do cliente o banco praticamente desaparece do processo: ele faz compras, transfere dinheiro ou planeja viagens sem perceber que está usando um serviço bancário.
No Brasil, um mercado tradicionalmente dominado por grandes instituições financeiras, esse conceito ganha força com a digitalização dos serviços. Dentro dessa lógica, as instituições passam a operar predominantemente — ou até totalmente — de forma digital.
O principal desafio está em integrar os dados bancários às plataformas do dia a dia, como ERPs, aplicativos de mensagens, assistentes de voz e dispositivos conectados.
Um exemplo claro dessa integração inteligente é a Senior Capital, solução financeira da Senior que atua com base no conceito de Embedded Finance. Ao unir tecnologia de ponta com serviços financeiros diretamente dentro do ERP, a Senior Capital torna o acesso a crédito, antecipações e movimentações financeiras algo natural, fluido e invisível para o usuário. Tudo isso com a segurança e a inteligência que o Invisible Banking exige.
Quais os principais benefícios do Invisible Banking?
A principal vantagem do Invisible Banking é a disponibilidade de serviços financeiros em qualquer lugar, de forma integrada ao cotidiano digital dos usuários. Mas os benefícios vão além:
Conveniência
Permite o acesso a serviços bancários a qualquer hora e de qualquer lugar, sem precisar visitar uma agência. Basta ter conexão com a internet.
Eficiência
Os processos são automatizados, o que reduz o tempo de espera e melhora a experiência do usuário. O acesso ao banco acontece de forma natural e discreta — por isso o nome Invisible Banking.
Custo-benefício
Para clientes e instituições, os custos operacionais tendem a ser menores. Isso gera economia e torna os serviços mais acessíveis e vantajosos.
Personalização
Com base na lógica do Open Finance, os dados dos usuários são utilizados para oferecer serviços personalizados e mais alinhados às necessidades individuais.
Inovação
A proposta do Invisible Banking permite integrar novas tecnologias aos serviços financeiros, garantindo agilidade, praticidade e segurança, sem abrir mão da conformidade com as normas regulatórias.
Como funciona?
Para o cliente em suas rotinas do dia a dia, o banco se torna realmente invisível. Mas, no entanto, há uma gama de tecnologias e de atividades por trás para que sua operação não seja apenas fluída, mas também segura. Afinal de contas, estamos falando de movimentação de recursos.
Por esse motivo, um Invisible Banking opera por meio de uma combinação de tecnologias digitais, como inteligência artificial, machine learning e big data. Há também uma gama de demandas de segurança, como criptografia, blockchain e outros mecanismos para confirmação de identidade, checagem de recursos disponíveis em conta, entre outras possibilidades.
O grande desafio do Invisible Banking é garantir que os clientes possam acessar as suas contas por meio de outros aplicativos além do financeiro, caso de assistentes virtuais e outras plataformas integradas. Assim como ocorre em aplicativos de streaming, sua aplicação deve ser escalável e na nuvem, garantindo flexibilidade na entrega de serviços.
Para isso, o setor costuma separar estas áreas nos chamados “3Ps”.
- Plataforma – É a plataforma que permite a conexão segura e rápida entre a instituição financeira e o cliente. No caso do Invisible Banking, essa conexão pode ocorrer por intermédio de outros serviços, caso dos ERPs .
- Produtos – Neste momento, entra a personalização e adaptação dos sistemas bancários aos interesses dos clientes. Esse nível de serviço precisa ser pensado para englobar todos os perfis de clientes, exigindo diferentes requisições de segurança, conforme a anuência do cliente.
- Processo – Este é o momento em que os produtos e plataformas interagem entre si de forma rápida e ágil, permitindo que as pessoas possam usufruir dos serviços desejados.
Ou seja, embora para o cliente pareça algo simples e que acontece em segundos, existe uma grande infraestrutura, dispositivos e pessoas trabalhando para garantir esta execução de forma fluída.
Você sabia que o setor bancário também vem se beneficiando do uso de soluções de ERP Banking, especialmente por conta das integrações inteligentes com outras plataformas e sistemas de gestão.
Quais os principais desafios na implementação de um Invisible Banking?
- Segurança – O Banco Central do Brasil é muito rigoroso em relação às normas de segurança que precisam ser seguidas. É preciso que todas elas sejam respeitadas, garantindo a proteção de dados de clientes e evitando ciberataques e fraudes.
- Regulamentação – Cumprir as normas e regulamentações financeiras, por vezes, é um dos fatores que “atrasa” o desenvolvimento deste tipo de tecnologia. No caso dos bancos, é comum que cada país tenha uma instituição responsável e normas de operação distintas.
- Confiança – Os processos digitais precisam ser seguros, mas, ao mesmo tempo, fluídos. Esta infraestrutura deve sustentar os serviços e dar tranquilidade e conforto ao seu cliente.
- Tecnologia – É preciso realizar investimentos constantes em infraestrutura tecnológica, tomando todas as precauções referentes às integrações. O objetivo é que a tecnologia e os processos estabelecidos forneçam uma boa experiência ao cliente.
Qual é o papel do ERP na integração com o Invisible Banking?
Assim como em outras áreas, a tecnologia tende a ser ainda mais dominante, permitindo integrações cada vez mais complexas entre sistemas. Imagine um ERP integrado com soluções bancárias invisíveis, onde todas as transações financeiras de uma empresa são automatizadas e otimizadas.
Um sistema ERP pode monitorar o estoque, prever a necessidade de compra de materiais e, automaticamente, realizar pagamentos e reconciliações bancárias sem intervenção humana.
Cenário de filme de ficção científica? Não. Com o avanço da inteligência artificial, da Internet das Coisas e dos bancos invisíveis, as empresas têm a oportunidade de integrar suas operações financeiras de maneira fluida e invisível.
A implementação de ERPs que suportam essa evolução tecnológica permitirá às empresas operar com mais eficiência, segurança e precisão, desde a gestão de fluxo de caixa até a automatização de pagamentos. A capacidade de um ERP de centralizar dados e automatizar processos torna esse “sonho” algo 100% possível.
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