Open Finance e a transformação do sistema financeiro

A evolução do Open Banking está agregando mais instituições ao ecossistema, caso de corretoras de investimento, seguradoras e empresas de câmbio

O Open Finance, também conhecido como sistema financeiro aberto, é a evolução do Open Banking. Seu objetivo é reduzir a assincronia de dados entre as instituições financeiras, diminuindo a concentração de recursos, incentivando a competição entre as empresas e aumentando a transparência na relação com os clientes.

Na prática, houve uma mudança simples de terminologia, mas o princípio segue o mesmo: trata-se da “possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central”, conforme explica o Banco Central do Brasil em seu site.

Essa transformação se deve ao fato de o Banco Central – e os próprios players – entenderem que a liberdade, a transparência e a autonomia dada ao cliente para compartilhar os seus dados não influenciava apenas os bancos, mas outras instituições financeiras. Entre elas, podemos citar as corretoras de investimento, seguradoras, empresas de câmbio e adquirência, por exemplo.

Siga conosco, neste artigo, para saber mais sobre o Open Finance.

Open Finance: um processo de transição natural

Até chegar ao Open Finance, o sistema financeiro brasileiro precisou passar por um processo de evolução natural. Neste artigo sobre Open Banking, nós mostramos como a criação do Pix e a adoção do compartilhamento de informações passou a transformar a vida dos clientes.

De maio a julho deste ano, o número de consentimentos de transferência de dados saiu de 45,4 milhões para quase 48 milhões, conforme os dados do Open Finance Brasil. Seja CPF ou CNPJ, já são 31 milhões de clientes únicos com essa possibilidade.

No entanto, para isso ser possível, estabeleceram-se padrões claros de operação para as empresas, visando garantir a segurança e a fluidez dos sistemas. Isso foi fundamental dentro dos princípios técnicos e legais das operações financeiras em prol de uma boa governança.

Não é à toa, portanto, que o Banco Central autoriza as instituições que podem participar do ecossistema do Open Finance, exigindo requisitos técnicos e legais. O foco está em investir em meios de garantir a segurança e reduzir ao máximo as falhas. Atualmente, as chamadas abertas têm um índice de resolução superior a 99%.

Da perspectiva empresarial, as empresas financeiras que queiram competir em alto nível e ter acesso aos dados dos clientes precisam se ajustar a essas normas. É possível conferir todas as instituições financeiras participantes aqui.

Quais as principais vantagens do Open Finance?

No dia a dia, o compartilhamento de informações entre clientes e instituições financeiras gera diversas vantagens para todos os envolvidos.

  1. Acesso a mais opções de produtos e serviços

Os clientes ganham a possibilidade de buscar melhores condições em diferentes soluções bancárias ao compartilhar os seus dados entre as instituições. Dessa forma, por exemplo, torna-se mais simples comparar as condições de um financiamento ou das taxas de um empréstimo. Essa lógica vale tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídicas.

Mas não são apenas os consumidores que se beneficiam disso. Ao acessarem o histórico de um prospecto, elas ganham acesso a mais informações para fazerem propostas mais atrativas e, ao mesmo tempo, seguras para o cliente.

  1. Mais competição

Antes da implantação do Open Finance, os dados de um cliente ficavam restritos à instituição que tinha os seus dados bancários, criando uma espécie de concorrência desleal. Esse estímulo à concorrência permite que as instituições financeiras possam modificar suas estratégias para fidelizar um cliente.

O consumidor, por sua vez, amplia o leque de opções em busca de taxas, serviços e condições mais interessantes do produto que está buscando.

  1. Portabilidade simples

Assim como fazer um Pix, o compartilhamento das informações e até mesmo a portabilidade de serviços pode ser feito de maneira instantânea. Basta estar conectado à internet e autorizar o envio de dados para outra instituição. Com isso, um cliente não fica mais preso a uma instituição financeira, como ocorria há alguns anos. Além disso, é possível interromper o compartilhamento a qualquer momento.

  1. Desenvolvimento de novos produtos

O Open Finance estabeleceu padrões claros para o desenvolvimento de novos produtos e aplicações para o consumidor. Nesse contexto, criam-se caminhos para a integração de serviços via APIs, o que abre caminho para inovações de maneira segura e padronizada.

  1. Inclusão financeira

A popularização dos bancos digitais, com contas gratuitas, por exemplo, abriu a oportunidade de uma parcela da população brasileira ingressar no sistema financeiro. O Pix teve uma importância grande nesta transição, mas foi acompanhado de outras marcas e instituições que promoveram a inclusão financeira com soluções sob medida para um público que, em outros momentos, estava desassistido.

Para conseguir acompanhar a rápida evolução, as instituições financeiras precisam ter um controle efetivo de seus dados, o que se torna mais simples com a adoção de um ERP banking. Saiba mais em nosso blog!

Open finance e as empresas: o que esperar do futuro?

Dentro do ecossistema do Open Finance, a integração com novas formas de pagamento, como o Pix, por exemplo, é essencial para proporcionar agilidade e eficiência nas transações financeiras. Empresas que adotam soluções tecnológicas avançadas, como ERPs com funcionalidades de ERP Banking, estão à frente, oferecendo não apenas segurança e praticidade, mas também a possibilidade de centralizar operações financeiras em um único sistema, garantindo uma gestão mais eficiente e a satisfação dos clientes.

Do ponto de vista dos clientes/usuários as novas demandas da sociedade e as possibilidades de integrações vão guiar os diferentes caminhos que podem ser seguidos. Pode-se afirmar, no entanto, que os clientes/usuários esperam cada vez mais usar serviços bancários de forma imperceptível, dentro do conceito do Invisible Banking, que apresentamos e aprofundamos neste artigo.

Ademais, nota-se uma guinada da área de seguros ao ecossistema do Open Finance. Não é de se estranhar, portanto, a criação de um mercado de seguros abertos – ou Open Insurance –, como consequência natural de todos estes movimentos, seguindo os princípios de compartilhamento de dados com segurança e eficiência.

Espera-se, também, cada vez mais, o surgimento de novos produtos cada vez mais personalizados ao perfil do cliente, sobretudo com a integração de dados de forma segura entre corretoras, bancos, financeiras, entre outras instituições.

Para isso, as empresas precisarão investir em tecnologias e mecanismos para gerenciarem da maneira mais segura os dados bancários e parceiros certificados e especialistas, como a Senior. Você já conhece as nossas soluções financeiras?

Compartilhe:

Comentários
O que você precisa hoje? x Bem-vindo(a), O que você precisa hoje? - Solicitar uma proposta comercial Ver vagas de emprego na Senior Cadastrar currículo na Senior
WhatsApp Icon

Olá! Preencha os campos para iniciar
a conversa no WhatsApp