Embora se trate de uma tarefa complexa, ser bem-sucedido no orçamento de obras e na definição de cronogramas é fundamental para tomar decisões e ser mais assertivo na gestão de projetos
O planejamento na construção civil é complexo, seja em relação aos custos ou aos cronogramas de entrega de projetos. Há diversos fatores que fogem do controle nestas estimativas, sejam oscilações de preço de produtos e até mesmo a sua disponibilidade para entrega. Não é à toa, portanto, que muitas empresas do segmento sofrem no momento de realizar um orçamento de obras na construção civil.
Ao mesmo tempo em que se trata de uma tarefa complexa, ser bem-sucedido no orçamento de obras e na definição de cronogramas é fundamental para tomar decisões e ser mais assertivo na gestão de projetos. Isso porque essa estimativa vai trazer insights sobre a viabilidade, prever de forma mais precisa os seus custos e até mesmo facilitar a precificação no futuro.
Embora o orçamento de obras na construção civil não seja uma garantia dos gastos em um projeto, ele precisa se aproximar da realidade e considerar aspectos que influenciam os custos, como a inflação, os impostos, aumento no preço de produtos ao longo do projeto, mão de obra e reajustes salariais, o impacto de serviços terceirizados, entre outros fatores.
Fique conosco no restante deste artigo para saber mais sobre o orçamento de obras e como torná-lo mais efetivo.
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O que é o orçamento de obras?
Um orçamento de obras contempla um levantamento detalhado de todos os custos envolvidos na execução de projetos de construção. Para ser mais efetivo, ele precisa ser bastante detalhado e minucioso, englobando os gastos envolvidos na construção de um empreendimento, como materiais, mão de obra, despesas indiretas (como transporte e impostos) e outros custos.
Com essa perspectiva, torna-se mais simples determinar a viabilidade financeira de um negócio, facilitando o planejamento, a elaboração do cronograma e o direcionamento de recursos. Para aumentar a sua precisão, ele deve incluir eventuais alterações do projeto e variações dos preços de insumos – cotados, por vezes, em outras moedas ou que sofrem reajustes inflacionários periódicos.
Este documento, portanto, apresenta uma visão completa e estimada do custo de uma obra, tornando-se peça fundamental para a elaboração de projetos, especialmente se houver segurança dos dados. Ele também pode ser usado como uma referência para gerenciar os custos ao longo da execução da obra.
O que deve ser contemplado no orçamento de obras?
Um orçamento de obra eficiente é composto por diversos elementos, incluindo:
– Materiais: Tipos, quantidades e custos dos insumos necessários.
– Mão de obra: Cálculo dos salários e encargos trabalhistas.
– Fornecedores: Custos envolvidos na contratação.
– Equipamentos: Aluguel ou aquisição de máquinas.
– Despesas indiretas: Logística, administração e custos com documentação.
– Tributos e encargos legais: É preciso contemplar os impostos do setor.
– Imprevistos: Estimar um valor para isso aumenta a viabilidade financeira do projeto.
Deve-se considerar nesta análise fatores recorrentes do segmento, como as datas de dissídios coletivos e o histórico de valorização de materiais tomando como base a inflação ou outros indexadores, caso do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).
Quais são os tipos de orçamento existentes?
O mercado costuma trabalhar com diversas modalidades de orçamento de obras:
– Estimativa simples: Compara projetos similares para estimar os custos de forma preliminar e determinar o investimento necessário.
– Estudo de viabilidade financeira: Auxilia no planejamento de novos empreendimentos, considerando variáveis como localização, zoneamento e mercado.
– Orçamento paramétrico: Baseia-se em indicadores e índices para estimar custos de forma simplificada, sendo útil em estudos de viabilidade e checklists de orçamento executivo.
– Orçamento analítico: Detalhado e preciso: é ideal para estimativas completas de materiais, ferramentas, mão de obra e serviços necessários em cada etapa do projeto.
– Orçamento sintético: É um resumo do orçamento analítico, organizando os custos por fases ou grupos de serviços, considerando quantidades e valores unitários.
– Orçamento executivo: Exigido em licitações e outras concorrências públicas, inclui todos os detalhes da construção, visando compreender as necessidades de recursos financeiros, humanos e físicos.
É por isso que a existência de dados em sistemas especializados de gestão para a construção civil traz uma visão mais completa sobre o desempenho da própria construtora, além de segurança em relação aos dados e agilidade para a elaboração destes documentos.
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Quais as vantagens de elaborar um orçamento completo?
Há diversos benefícios envolvidos neste planejamento de longo prazo:
– Economia – Ao se ter uma previsão em relação ao volume de materiais necessários, ganha-se a capacidade de otimizar a negociação com fornecedores, resultando em economia ou em condições de negócio mais atrativas.
– Controle da obra – Apesar de ser uma estimativa de gastos, este documento serve de referência para o monitoramento da evolução do empreendimento, que pode ser feito a partir de um diário de obras automatizado. Eventualmente, podem ser necessários ajustes, mas o objetivo é que os documentos do planejamento sirvam como guias para as construções.
– Aumento reputacional – Uma das críticas aos players de construção civil é o não cumprimento de prazos. Ao entregar obras no tempo previsto, a empresa ganha credibilidade no meio, especialmente entre os clientes. Uma boa previsão de gastos também evita atrasos no pagamento de fornecedores.
É por isso que um bom orçamento de obras resulta em mais lucros, trazendo mais segurança para a tomada de decisões pelos gestores.
Como fazer o orçamento de uma obra?
Existem diversos cuidados a serem tomados, e a tecnologia e os dados têm papel crucial. Com sistemas especializados, torna-se mais simples centralizar o histórico de uma empreiteira, o que permite uma visão mais completa sobre os custos e a evolução de obras.
Um outro fator é que é possível integrar tecnologias dando agilidade ao orçamento, caso do Building Information Modeling (BIM), processo que explicamos em detalhe neste artigo. Estas tecnologias auxiliam a selecionar todos os gastos. Entre eles:
– Custos unitários de todos os materiais;
– Gastos com mão de obra e terceiros;
– Custos indiretos e acessórios do processo construtivo;
– As implicações fiscais e o impacto dos impostos.
Estes fatores auxiliam a fechar o gasto total de construção e a realizar a precificação adequada das unidades. Por envolver muitos detalhes, alguns erros são recorrentes:
– Falhas no levantamento de informações, com esquecimento de dados ou cotações equivocadas de preços.
– Cálculo total dos custos equivocado: não são apenas os gastos diretos – materiais, mão de obra, aluguel e maquinário. É preciso incluir os custos indiretos.
– Definição do porcentual de lucratividade, ao determinar os custos totais, é possível chegar a uma precificação final, mas ela precisa ser coerente com o valor do mercado.
– Não incluir imprevistos: por mais eficiente que seja a sua equipe e o planejamento, os imprevistos vão acontecer: atrasos devido ao clima, falhas no fornecimento de materiais. Um bom orçamento de obras considera estes incidentes relativamente comuns ao segmento.
Como se pode perceber, o orçamento de obras é uma etapa complexa, mas fundamental para o sucesso de empreendimentos. Se você sente dificuldade em elaborar este documento com agilidade e segurança, que tal contar com a nossa ajuda?
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