Em média, os boletos movimentaram cerca de R$ 500 bilhões por mês no país, conforme o Banco Central: ou seja, meio de pagamento continua a ser um dos mais importantes do país
Em 2024, é muito provável que o Brasil tenha superado os 4 milhões de boletos emitidos, de acordo com os dados do Banco Central. Até novembro, o volume estava em 3,9 bilhões de documentos gerados. Ao mês, são movimentados aproximadamente R$ 500 bilhões por meio desse método de pagamento, que, ao longo dos anos, viu a emissão de boleto se transformar com a evolução da tecnologia.
Abaixo do Pix, o boleto é o segundo meio de pagamento mais comum do país, superando os DOCs e os TEDs. Trata-se, portanto, de uma das formas mais adotadas, especialmente na relação entre empresas e consumidores que buscam praticidade e segurança.
Presente na vida dos brasileiros há décadas, o processo de emissão de boletos passou por uma evolução significativa ao longo desses anos, acompanhando as mudanças tecnológicas e as demandas do mercado, que vamos apresentar na sequência deste artigo.
Quer saber como o pagamento eletrônico simplifica a rotina de empresas e clientes? Explicamos aqui!
O que é a emissão de boleto bancário?
O boleto bancário é um título de cobrança amplamente adotado para pagamentos no Brasil. Ele pode ser quitado em bancos, lotéricas, aplicativos ou plataformas digitais, facilitando as transações comerciais. Um boleto bancário deve conter informações essenciais, como:
- Nome e CPF ou CNPJ do cedente (empresa ou pessoa física que emite o boleto);
- Dados do pagador;
- Valor e data de vencimento;
- Código de barras e linha digitável;
- Instruções de pagamento ou multa em caso de atraso.
Inicialmente, antes da digitalização, os boletos bancários eram, em sua maioria, físicos, enviados periodicamente para os clientes. A partir da transformação digital, os boletos passaram a ser majoritariamente digitais, trazendo ainda mais segurança neste processo de emissão, recebimento e pagamento.
Passo a passo para a emissão de boletos
O processo de emissão de boletos dentro de sistemas especializados, como os da Senior, inclui as seguintes etapas:
- Cadastro do cedente e do sacado;
- Geração dos dados do boleto, incluindo valores e vencimentos;
- Registro do boleto junto à instituição financeira, o que é uma obrigação desde 2018;
- Envio do boleto ao cliente via e-mail, impressão ou link digital.
A partir disso, um cliente ou empresa pode fazer o pagamento de forma manual ou colocar em débito automático autorizado, o DDA, que realiza o crédito de maneira automática na conta do cliente.
O que é a conciliação bancária e por que ela é importante para o seu negócio?
Como foi a evolução tecnológica da emissão de boleto?
Na década de 1980, a emissão de boletos era predominantemente manual, realizada por meio de formulários em papel fornecidos pelos bancos. Esse processo era suscetível a erros, além de trabalhoso e demorado. No início da década de 1990, os documentos passaram a contar com um código de barras, o que permitiu sua compensação digital, sem a necessidade do trânsito físico para a sua compensação.
Os softwares especializados em gestão financeira permitiram a automação deste processo, o que trouxe mais controle e precisão de dados e a redução de custos.
Digitalização e o registro obrigatório da emissão de boletos
Em 2018, o Banco Central implementou a obrigatoriedade do registro de boletos. Essa mudança trouxe mais segurança e transparência, pois todos os documentos passaram a ser registrados em um sistema centralizado.
O foco da medida era reduzir falsificações e duplicidades. Além disso, também permitiu que o pagamento fosse efetuado em qualquer instituição financeira autorizada – o que levava a um maior prazo de compensação.
Bolecode e a era dos ERPs
Bolecode é uma tecnologia inovadora que moderniza a emissão e o pagamento de boletos, integrando QR Code, autenticação avançada e Pix para maior segurança e automação financeira, garantindo conformidade com a LGPD.
Nos últimos anos, o surgimento do Bolecode revolucionou a emissão de boletos. Isso porque conseguiu inserir QR Code e sistemas de autenticação para melhorar a segurança e se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Com isso, o cliente pode efetivar o pagamento até mesmo via Pix – ainda que receba o boleto em casa. Na perspectiva corporativa, o Bolecode abre a possibilidade de fazer a automação completa do processo que envolve o boleto: de sua emissão, passando pelo acompanhamento até a conciliação do pagamento.
Assim, as empresas conseguem fazer o monitoramento completo de todas as etapas, o que aumenta a capacidade de projetar o fluxo de caixa e amplia a produtividade empresarial.
Compensação no mesmo dia
Recentemente, em março de 2024, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou a compensação no mesmo dia para boletos bancários quitados até as 13h30 – o que, no segmento financeiro, se convenciona como D+0. Caso o pagamento seja efetuado após esse horário, a liquidação será realizada no dia seguinte (D+1).
Descubra o que é um ERP Banking e as vantagens de seu uso para empresas.
Quais as vantagens da emissão de boleto para empresas?
Empresas de diferentes portes e setores se beneficiam da emissão de boletos por diversos motivos. Entre eles, a automação desta atividade, o que resulta em mais agilidade sem perder de vista a integração contábil e a conciliação automática. Outros benefícios são:
Acessibilidade
Clientes sem cartão de crédito ou conta bancária podem realizar pagamentos. Por mais que o Pix tenha contribuído para o aumento da bancarização da população brasileira, esta é uma situação a ser enfrentada por muitas empresas, dependendo do seu segmento de atuação.
Flexibilidade
Possibilidade de parcelamento, pagamento antecipado ou já autorizado via DDA.
Segurança
O registro obrigatório desde 2018 reduziu o risco de fraudes;
Controle financeiro
Permite maior organização e previsibilidade de recebíveis, especialmente se houver um sistema especializado capaz de prover a conciliação bancária, verificando se os pagamentos correspondem aos boletos emitidos. Isso traz mais segurança ao minimizar erros humanos na emissão de boleto e garantir relatórios precisos sobre cobranças e recebimentos.
Por que a conciliação bancária é tão importante para o seu negócio?
Quais os custos envolvidos neste processo?
A emissão de boleto não é gratuita e seu custo depende da instituição financeira, do volume de documentos emitidos e outros critérios. Mas, de maneira geral, os valores são considerados baixos especialmente pelas vantagens obtidas por esse meio de pagamento, que serve para toda a população brasileira, inclusive aquela que está fora do sistema bancário.
Para reduzir estes custos e evitar retrabalho, é importante se atentar a alguns detalhes:
- O boleto deve ser registrado no banco com antecedência mínima de 24 horas antes do vencimento;
- Multas e juros por atraso devem estar claramente especificados;
- Dados do sacado e cedente precisam ser precisos para evitar problemas no pagamento.
Em um sistema especializado, caso de um ERP Banking, estas regras já estão parametrizadas, fazendo com que o processo de emissão de boletos seja mais simples, ágil e seguro.
De um processo manual e demorado para um sistema automatizado e seguro, esta foi a evolução do boleto bancário no Brasil, que gera benefícios tanto para as empresas quanto para o cliente. E, ao se apropriar de plataformas especializadas, elas podem se tornar ainda mais competitivas e inteligentes em relação a esse meio de pagamento.