Disponível desde 2009, o DDA permite centralizar o recebimento de débitos de um CNPJ ou CPF em um local, gerenciando os seus pagamentos de forma simples e eficiente,
O Débito Direto Autorizado (DDA) é uma sigla menos familiar para boa parte da população do que o Pix, TED ou DOC. Mas isso não significa que ele seja pouco utilizado. No terceiro trimestre de 2024, o DDA representou 12% das participações em transações dos meios de pagamentos do país.
No total, os valores do DDA referentes exclusivamente ao terceiro trimestre de 2024 contabilizaram mais de R$ 4,3 bilhões em movimentação. Trata-se do terceiro meio de pagamento mais aplicado do Brasil, atrás apenas do Pix e do cartão de crédito, superando, inclusive, o cartão de débito. Estes dados são disponibilizados em relatório do Banco Central do Brasil e podem ser verificados aqui.
Quais os motivos que levam o DDA a ser tão usado por pessoas físicas e jurídicas? Esta é uma das questões que vamos responder na sequência deste artigo. Siga conosco para saber mais!
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Como funciona o Débito Direto Autorizado (DDA)?
Disponível para o público brasileiro desde 2009, o DDA consiste em um serviço que permite a digitalização dos boletos de cobrança recorrentes. Para isso, o credor envia digitalmente as informações de pagamento à instituição financeira do devedor.
Dessa forma, em vez de receber documentos em papel, com os boletos, o pagador visualiza todas as cobranças eletronicamente no internet banking ou aplicativo do banco, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
Torna-se, portanto, uma prática que simplifica o gerenciamento de obrigações financeiras de um negócio ao consolidar a visão desses compromissos em um único local. Outra vantagem da prática é a possibilidade de automatizar o processo de pagamento de forma ágil, visto que não há problemas relacionados à leitura de código de barras, o que é recorrente nos boletos impressos.
Além dos benefícios práticos, o DDA facilita a organização financeira das empresas – especialmente aquelas com grande volume de débitos –, reduz o risco de extravios e evita atrasos nos pagamentos, assegurando a conformidade das operações.
O DDA, na prática, serve como uma ferramenta auxiliar na gestão financeira, visto que é possível visualizar os débitos, agendar e efetuar pagamentos organizadamente.
Descubra como o pagamento eletrônico facilita a rotina de clientes e de empresas neste artigo.
Quais são as vantagens do DDA para pessoas físicas e jurídicas?
Pessoas e empresas têm benefícios diversos ao adotar o DDA na gestão de pagamentos. Alguns pontos se destacam:
Redução de papel
Elimina a necessidade de boletos impressos, contribuindo para a sustentabilidade, o que está em linha com as boas práticas de ESG corporativas;
Facilidade de acesso
As cobranças e a programação de pagamentos pelo internet banking ou app podem ser verificados a qualquer momento, bastando conexão com a internet;
Mais segurança
Reduz o risco de fraudes e boletos falsos. O sistema DDA permite verificar boletos emitidos para um CPF ou CNPJ, adicionando uma camada de segurança em relação a golpes. As transações seguem os padrões de segurança do sistema financeiro nacional brasileiro, visando a proteção de fraudes e dos dados financeiros das empresas e pessoas físicas;
Organização financeira elevada
Centraliza todos os boletos em um único local, evitando esquecimentos, extravios e pagamentos duplicados. Com isso, gerem-se melhor os recursos corporativos e pessoais, aumentando a previsibilidade financeira;
Eficiência para empresas
Uma visão única sobre os débitos melhora a capacidade de fazer a administração do fluxo de caixa e de prever de pagamentos.
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Como aderir ao DDA em um banco?
Cada instituição financeira tem o seu passo a passo referente à adesão ao DDA. Via de regra, esta liberação acontece no internet banking ou aplicativos digitais dos próprios bancos ou cooperativas. Ao ativar este serviço e cadastrar o CPF ou CNPJ correspondente, ganha-se a capacidade de centralizar os débitos emitidos em um local.
Embora o DDA permita uma visualização ampla e irrestrita dos débitos emitidos para um CPF ou CPNJ, ele não significa um pagamento automático. Os boletos estarão concentrados no sistema de forma digital, substituindo as versões impressas. É dever do cliente, seja PF ou PJ, portanto, gerenciar este sistema e efetuar os pagamentos, independentemente do meio de pagamento selecionado.
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DDA x boleto tradicional: quais são as principais diferenças?
Três pontos se destacam nas diferenças entre o Débito Direto Autorizado (DDA) e o boleto tradicional:
- Recebimento – O DDA digitaliza as informações direto na instituição bancária, enquanto o boleto tradicional requer um envio via papel ou PDF;
- Segurança – Os boletos tradicionais se tornaram um meio recorrente de tentativas de golpes e fraudes. No DDA, cada boleto recebido por um CNPJ ou CPF pode ser consultado;
- Necessidade de autorização – Ao contrário do que se imagina, o DDA não significa o débito automático desses documentos. Há necessidade de autorização para efetivar o pagamento, adicionando tanto uma camada de segurança quanto de organização ao processo.
Apesar dos benefícios do DDA, há alguns débitos que não podem ser quitados via DDA, caso de serviços públicos (água e luz) e tributos (IPTU, IPVA e multas). No caso de atrasos, assim como ocorre no boleto tradicional, incidem juros sobre o valor.
DDA: a otimização da gestão financeira
Muitas empresas têm apostado no DDA para acelerar processos relacionados ao departamento financeiro, agilizando a conciliação bancária, reduzindo os custos administrativos e otimizando o tempo dos colaboradores. Isso se torna ainda mais efetivo ao integrar os dados do DDA a soluções de gestão especializadas, como o ERP.
É possível importar e associar automaticamente o arquivo DDA da instituição financeira dentro do sistema, com emissão de alertas no recebimento de débitos ou da aproximação do vencimento. Na perspectiva dos administradores financeiros, nota-se quais são os boletos associados e os pendentes, facilitando a gestão de fluxo de caixa.