Impacto do balanço patrimonial no planejamento dos negócios

Este documento auxilia a manter a saúde financeira de um negócio em dia, pois evidencia a situação financeira da empresa, levando em conta os seus ativos e passivos

Um estudo do Sebrae mostrou que o “planejamento de negócio deficiente” e a “gestão de negócio deficiente” foram dois dos principais fatores que contribuíram para o fechamento de empresas no Brasil nos últimos anos. A elaboração de um balanço patrimonial é uma forma inteligente de analisar a situação financeira de um negócio e definir as estratégias para o futuro.

Este documento auxilia a manter a saúde financeira de um negócio em dia, pois evidencia a situação financeira da empresa, levando em conta os seus ativos e passivos: ou seja, os bens e as dívidas. A partir da compreensão destas informações, torna-se mais fácil identificar se a companhia está conseguindo ter lucro, qual é ele, se o momento é de conter gastos, entre outros insights para a gestão.

Além disso, o balanço patrimonial garante que os negócios cumpram exigências contábeis e é essencial para investidores e gestores tomarem decisões informadas sobre as operações e o aporte de recursos. Fique conosco no restante deste artigo para se aprofundar neste tema!

O que é compliance tributário e por que a sua empresa deve se preocupar com ele?

O que é balanço patrimonial?

Também conhecido como balanço contábil, estamos falando de um relatório financeiro que tem por objetivo compreender a situação contábil de uma empresa em um determinado período. É normal que ele seja fechado a cada ano, mas também pode ser realizado em intervalos menores, de acordo com o objetivo empresarial ou até mesmo a exigência de investidores.

É nele que os gestores e investidores encontram um resumo da situação financeira do negócio em uma data. As empresas costumam realizá-lo no fechamento de cada ano em uma linha do tempo semelhante à do Imposto de Renda. Em geral, as empresas brasileiras devem apresentar este documento – referente ao ano anterior – até o meio do ano seguinte.

A partir dele, é possível comparar resultados anteriores e melhorar o planejamento estratégico para o próximo ciclo. De certa forma, o balanço contábil representa uma fotografia das finanças de um negócio naquela data, trazendo todos os seus ativos, passivos e o patrimônio líquido (a diferença entre ambos).

O Código Civil (Lei nº 10.406/02) afirma, em seu artigo 1.020, que “os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico”.

Qual é a estrutura básica deste relatório?

Um balanço patrimonial se estrutura em três grandes partes:

Os ativos

Eles representam todos os bens, os direitos e os recursos de um negócio. Entre os considerados circulantes, encontram-se o caixa disponível, as aplicações financeiras, as contas a receber, o estoque, os equipamentos e os tributos a recuperar. Os não circulantes são aqueles considerados de longo prazo, como os investimentos imobilizados e os imóveis.

Os passivos

Nesta área, encontram-se as despesas, as obrigações e as dívidas. Os considerados circulantes, são os salários, contas mensais (incluindo financiamentos e empréstimos) e tributos de pagamento recorrente. Os passivos não circulantes são aquelas dívidas que devem ser liquidadas após o período do balanço contábil, entretanto eles também devem ser registrados.

Patrimônio Líquido

Neste caso, é a diferença entre os ativos e passivos. Nele, devem ser incluídos também eventuais valores aportados pelos sócios, o capital social, reservas e investimentos ou prejuízos acumulados. É a partir deste resultado – uma fotografia do momento empresarial — que se consegue determinar o retorno financeiro para sócios e acionistas ao final de um período.

A estrutura do balanço patrimonial é relativamente fácil, simplificando uma visualização clara das fontes de recursos e onde eles estão aplicados. Isso auxilia os gestores a compreender a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações e de gerar retorno para os sócios.

Para que o balanço patrimonial pode ser usado?

De maneira objetiva, o balanço patrimonial deve ser entendido como uma ferramenta crucial para a gestão financeira de um negócio. É a partir dele que os gestores conseguem identificar a distribuição de recursos e analisar a saúde financeira da empresa.

Esta fotografia auxilia a entender a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações, tomar empréstimos, investir e expandir operações. Também ajuda a monitorar o capital de giro, o que é essencial para manter as operações diárias, e identificar áreas nas quais é possível reduzir custos e otimizar recursos.

Em outras palavras, torna-se uma ferramenta estratégica essencial para orientar o planejamento financeiro, além de mapear o fluxo de recursos, contribuindo para uma tomada de decisão mais assertiva. As possibilidades com este documento são inúmeras:

  • Entender o comportamento financeiro de um negócio;
  • Mapear a entrada e saída de recursos financeiros;
  • Servir de base para a realização de planejamentos estratégicos de curto, médio e longo prazo;
  • Contribuir no planejamento tributário ao identificar tributos pagos e seus valores;
  • Ampliar a capacidade de tomada de decisão;
  • Apresentação de dados financeiros e contábeis confiáveis para investidores.

Fica claro que o objetivo do balanço contábil não é apenas apresentar um ou mais indicadores sobre a saúde financeira, visto que ele permite calcular taxas de retorno aos investidores, avaliar a estrutura de capital, seus ativos e outros dados.

Qual a diferença de balanço patrimonial e demonstração de resultados

O balanço patrimonial e a demonstração de resultados são duas peças contábeis essenciais, mas que possuem finalidades e estruturas distintas. Enquanto o primeiro é um relatório contábil que mostra a posição financeira de uma empresa em um determinado momento, a demonstração de resultados do exercício (DRE) aponta o desempenho financeiro da empresa ao longo de um período.

A DRE se concentra em entender as receitas, as despesas e o resultado líquido, indicando prejuízo ou lucro. Em vez de ser apenas uma fotografia sobre um período, a demonstração de resultados permite entender como a empresa chegou a estes números. A elaboração de ambos auxilia os gestores na tomada de decisões do planejamento para o futuro.

Os principais erros em um balanço patrimonial

Embora seja um documento com objetivos claros e relativamente simples, há alguns erros que podem prejudicar a sua elaboração e interferir na análise dos gestores:

– A classificação inadequada de ativos e passivos distorce a visão financeira da empresa. Incluir um ativo de longo prazo como um ativo circulante, por exemplo, é uma das falhas comuns.

– A omissão de informações deixa de incluir contas ou transações, o que leva a uma visão incompleta da situação financeira.

– Erros de valorização sobre ativos e passivos. É comum que os negócios superestimem o valor dos estoques ou subestimem as dívidas, fornecendo uma imagem irreal da empresa.

– Reconhecimento inadequado de receitas e despesas, registrando receitas ou despesas em um período errado, que não deve estar no balanço contábil.

Dificuldade de conciliação bancária, gerando discrepâncias entre o saldo contábil e o real. Aprofundamos este tema neste artigo!

Ausência de notas explicativas, não contextualizando os motivos para valores ou ajustes.

Esses erros comprometem a qualidade da análise e podem levar a interpretações equivocadas, prejudicando as decisões financeiras e estratégicas de um negócio. Ficou mais simples entender para que serve um balanço patrimonial?

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