Conarh 2010: Gestores de RH mais conectados
As três alavancas do desenvolvimento no futuro do RH são colaboração, inovação e serviços, ligando o mundo digital ao mundo real. São os mesmos aspectos que direcionam o caminho nas mídias sociais dentro das empresas brasileiras, segundo os painelistas que debateram sobre as Mídias Sociais nas organizações durante o Conarh 2010. O consultor especializado em novas tecnologias da CBN, Ethevaldo Siqueira, o gerente Sênior de cultura e transformação da Vivo, Fábio Tadashi Suzaki, e o diretor de Desenvolvimento de Pessoas e Comunicação do Grupo Abril, Hamilton dos Santos, destacaram que as redes sociais digitais, como orkut e twitter, potencializam as ferramentas tradicionais do RH.
Para Fábio Suzaki, redes realmente prejudicam a produtividade, mas se a empresa controlar em excesso pode ser negativo, impactando no relacionamento profissional. Suzaki é gerente na empresa de telefonia Vivo e afirma que hoje, mesmo a empresa controlando, o colaborador usa um smartphone ou netbook enquanto vai ao banheiro. O segredo para um controle de sucesso está na gestão do líder-liderado, na qual a empresa libera o acesso e cabe ao gestor o controle da equipe para que as redes sejam usadas de formas positivas.
As redes sociais fortalecem e inovam as ferramentas tradicionais do RH, que precisa estar alinhado aos valores da empresa. “É muito importante que as empresas conheçam e se posicionem nos ambientes digitais para conseguir se aproximar e gerar o interesse em futuros colaboradores, rompendo barreiras geográficas e descobrindo talentos”, comenta a gerente de Marketing da Senior Sistemas, Leticia Roveri.
O diretor de pessoas e comunicação do grupo Abril comenta que tudo ainda é muito novo e não há elementos para mensurar os efeitos na produtividade. Santos explica que a geração ocupando os novos postos de trabalho é multitarefa. Esses profissionais da geração Y conduzem os trabalhos enquanto estão conectados aos comunicadores e redes. O executivo avalia esse cenário de forma positiva. A Abril definiu um código de uso das redes e, principalmente, deixou um alerta: o colaborador não deve publicar no seu perfil o que não publicaria pela empresa.
Suzaki, da Vivo, comenta que para avaliar conduta são diversos fatores, incluindo a cultura externa e interna. Os valores da Vivo incluem a colaboração e, assim, as mídias sociais estão bem vinculadas, interligando todo o processo de RH. O melhor é orientar os colaboradores para usar as redes com coerência e a empresa deve ajudar no desenvolvimento do senso crítico do colaborador. Assim, a empresa investe internamente em como usar as redes sociais para auxiliar no desempenho profissional.