Compreender e aplicar o custo padrão no planejamento permite às fábricas um melhor controle financeiro, um planejamento orçamentário eficaz e maior precisão na análise de desempenho
O custo padrão é uma ferramenta essencial para a gestão financeira de empresas em diversos setores, incluindo a indústria. Ao contrário do custo real, que reflete os gastos totais que incidem durante o processo produtivo, o custo padrão é uma estimativa baseada em critérios técnicos, históricos de produção e expectativas de eficiência de uma fábrica.
Na prática, torna-se um guia para o planejamento relacionado ao controle de custos e à capacidade produtiva de uma indústria, auxiliando os gestores na tomada de decisões estratégicas. Além da orientação, o custo padrão também se torna uma referência adotada pela empresa em relação aos gastos com determinado produto, sendo usado para avaliar o desempenho da produção.
Não é à toa que muitas indústrias também adotem o termo “custo ideal”: ou seja, aquele que é buscado pelas organizações em seus processos produtivos. Ao entenderem o impacto de cada variável no resultado, é possível focar nas melhorias necessárias para atingir esses parâmetros planejados.
Siga conosco neste artigo para entender mais sobre o custo padrão e seus impactos para a indústria!
O que significa custo padrão e como ele é determinado?
Previamente estabelecido, o custo padrão representa o gasto esperado para a produção de um produto na indústria. Ele é calculado com base em diversos fatores, mas três deles se destacam:
– Histórico de produção – Relaciona-se aos insumos, à operação e às despesas desses processos, desenvolvendo uma estimativa produtiva e o gasto para tal.
– Eficiência esperada – Os dados internos incluem também a produtividade esperada de trabalhadores, equipamentos e processos.
– Preço de mercado – Esta área está fora do controle da indústria, mas a ideia é estimar o custo de aquisição de insumos e de serviços no mercado, como materiais e energia. Embora seja complicado cravar estes números por fatores macro e microeconômicos, é possível orçá-lo dentro da realidade.
Ao somar as variáveis dessas três áreas, as indústrias são capazes de chegar ao custo ideal do desenvolvimento de um produto. A partir deste número, busca-se identificar as ineficiências e as oportunidades de melhoria do fluxo de processos para atingir as metas estabelecidas no planejamento.
É comum que as indústrias separem em três tipos:
– O ideal, que considera as melhores condições de produção e de aquisição de insumos. Ou seja, sem desperdícios e sem mudança de valores em um cenário perfeito.
– O custo padrão corrente leva em consideração a eficiência média da fábrica.
– O custo padrão estimado é uma abordagem prática, analisando o impacto das variáveis recorrentes do processo produtivo.
Quais são as diferenças entre custo padrão e custo real?
Enquanto o custo real é o valor exato gasto na produção de um item, conforme demonstramos neste artigo, o custo padrão é uma estimativa. Existem algumas diferenças chave eles:
– Quando o cálculo é feito – O custo padrão é determinado antes da produção, com base em histórico de dados e projeções, enquanto o custo real é calculado após a conclusão de um item ou lote de itens.
– Natureza dos dados – O custo real reflete os gastos efetivamente incorridos, como aumento nos preços de insumos ou ineficiências no processo produtivo. O custo padrão, por outro lado, indica uma projeção baseada em condições normais de operação.
– Objetivo – O custo padrão atua no planejamento, enquanto o custo real contabiliza os custos efetivos e avalia a precisão da programação realizada.
Quais as vantagens de uma gestão de chão de fábrica? Explicamos neste artigo do blog.
O que significa a análise de variância?
Muitas indústrias fazem comparações constantes entre o custo real e o padrão: este processo é conhecido como análise de variância. Ele costuma medir alguns indicadores:
– Variação de preço – Quando os insumos ou a mão de obra apresentam valores diferentes do estimado.
– Variação de quantidade – Quando a quantidade de materiais usados ou o tempo de produção difere do previsto, o que indica oportunidades de melhoria nos processos internos.
Esta prática beneficia indústrias de todos os perfis. Há setores, porém, que se destacam mais, caso das manufaturas, alimentício, automotivo e químico em função da grande escala de suas produções, da necessidade de um controle de custos muito eficiente e do impacto das sazonalidades.
Como o custo ideal beneficia a gestão financeira de um negócio?
Há diversos fatores envolvidos na aplicação do custo padrão na perspectiva de organização financeira, mas três aspectos se destacam:
- Previsibilidade – As indústrias conseguem projetar quanto cada produto ou serviço vai custar, facilitando o planejamento financeiro e orçamentário.
- Planejamento estratégico – Com base no custo ideal, é possível estimar a rentabilidade de novos projetos, negociar com fornecedores e definir políticas de preços com maior precisão.
- Controle de custos – A comparação entre o planejamento (custo padrão) e o realizado (custo real), simplifica a identificação de ineficiências internas, a necessidade de novos processos, de negociações com fornecedores, entre outras oportunidades de melhorias.
- Tomada de decisão – Para os gestores, o comparativo entre o projetado e o realizado traz nova visão sobre o andamento da indústria, auxiliando na tomada de decisão sobre a precificação dos produtos, na alocação de futuros recursos em relação aos investimentos em novos equipamentos e tecnologia e até mesmo na gestão de estoques, de aquisição de materiais e insumos, na contratação de mão de obra.
Como implementar o cálculo de custo padrão em uma indústria?
Ter sucesso na adoção do custo padrão requer o aporte de recursos em tecnologias. Em primeiro lugar, é importante investir em um sistema especializado de gestão para a indústria. É esta plataforma que vai concentrar todos os dados obtidos: conheça as vantagens dessas plataformas para a indústria química e para a têxtil.
Nesse contexto, tecnologias como coleta e análise de grandes volumes de dados (Big Data), Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas (para coletar os dados da conexão entre máquinas) facilitam a implementação deste cálculo.
É importante que o aporte de recursos em tecnologia seja acompanhado da capacitação de colaboradores e de cuidados em áreas como:
- Coleta de dados e a criação de um histórico de produção, preferencialmente concentrado em um local;
- Colaboração interdepartamental, envolvendo setores de compras, vendas, contabilidade, estoque, auxiliando a definir não só os padrões de custos como a otimizar cada etapa do processo produtivo;
- Análises contínua de variâncias, identificando o que está diferente do planejado;
- Controle dos custos externos à empresa, caso de matérias-primas e insumos necessários, como a energia elétrica. O ideal é ter uma estimativa da média do mercado para que a indústria tente se adequar.
Por meio do custo ideal, é possível ter uma visão detalhada do processo e a eficiência de cada etapa operacional, proporcionando às indústrias também controle financeiro, previsibilidade e capacidade de tomada de decisões mais inteligentes.
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