Como fazer um orçamento de obras + planilha gratuita

Obra parada, estouro no orçamento, materiais que somem do canteiro sem explicação... Esses problemas são mais comuns do que parecem e, na maioria das vezes, têm a mesma origem: falta de um bom orçamento.

Planejar o orçamento de uma obra vai muito além de fazer contas. É entender o projeto em detalhes, prever custos com base em dados reais, calcular margem para imprevistos e garantir que cada etapa da execução tenha os recursos certos, na hora certa. Sem isso, os erros se acumulam e os prejuízos chegam rápido.

O problema é que muita gente ainda trata o orçamento como uma formalidade, um número qualquer para apresentar ao cliente ou aprovar internamente. Só que, na prática, ele é um dos pilares que sustentam a obra. Se falhar aqui, todo o resto pode desandar.

O que é um orçamento de obras?

Um orçamento de obras é um planejamento financeiro que reúne todos os custos previstos para a realização de um projeto de construção, do início ao fim. Ele funciona como um guia estratégico, permitindo prever, controlar e gerenciar os gastos. Além de garantir o equilíbrio financeiro da obra, o orçamento também ajuda a evitar imprevistos e a tomar decisões mais assertivas ao longo da execução.

Mais do que uma simples previsão de gastos, o orçamento é uma ferramenta estratégica. Ele ajuda a:

  • Evitar surpresas financeiras ao longo do projeto;
  • Controlar o fluxo de caixa, com mais clareza sobre o que será gasto em cada etapa;
  • Negociar melhor com fornecedores e prestadores de serviço;
  • Aumentar a eficiência da execução, evitando desperdícios e retrabalhos.

Um bom orçamento é feito com base em dados reais, tabelas de composição de custos (como a SINAPI ou TCPO), levantamento quantitativo do projeto e uma análise criteriosa das condições da obra. Não é chute, é técnica e planejamento.

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Quais os benefícios de um orçamento de obras?

Um orçamento de obras bem elaborado vai muito além de colocar números em uma planilha. Ele representa a base do planejamento financeiro e técnico de qualquer construção, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.

Quando feito corretamente, o orçamento se torna uma ferramenta essencial para garantir eficiência, economia e segurança ao longo de toda a execução.

A seguir, veja os principais benefícios de um bom orçamento de obras e por que ele é tão importante para o sucesso de um projeto.

1. Previsibilidade financeira

Um dos maiores desafios em obras é lidar com custos que fogem do controle. O orçamento evita isso ao oferecer uma previsão detalhada de todos os gastos envolvidos no projeto. Ao saber com antecedência quanto será necessário investir em cada fase da obra, o gestor consegue organizar melhor o fluxo de caixa, evitar imprevistos e planejar os desembolsos de forma mais estratégica.

Com previsibilidade, é possível se preparar para eventuais variações de preço, principalmente em insumos que sofrem com a oscilação do mercado, como cimento, aço e combustíveis.

2. Tomada de decisões mais acertadas

O orçamento fornece dados concretos que orientam decisões mais racionais. Com ele, é possível avaliar cenários, simular mudanças de materiais ou métodos construtivos e entender o impacto financeiro de cada escolha. Isso ajuda tanto na fase de planejamento quanto durante a execução, quando ajustes podem ser necessários.

A decisão de trocar um fornecedor, mudar o tipo de acabamento ou alterar prazos, por exemplo, pode ser feita com mais segurança quando se tem um orçamento bem estruturado como base.

3. Redução de desperdícios

Obras sem controle orçamentário tendem a desperdiçar materiais, tempo e mão de obra. Ao calcular com precisão o que será necessário em cada etapa, o orçamento evita compras em excesso, sobras no canteiro e retrabalhos. Isso se traduz diretamente em economia e também em mais sustentabilidade para o projeto.

Além disso, ao evitar desperdícios, o orçamento contribui para uma execução mais limpa e organizada, algo cada vez mais valorizado no setor da construção civil.

4. Identificação de riscos e prevenção de imprevistos

Durante a elaboração do orçamento, o profissional precisa analisar todos os detalhes do projeto, o que ajuda a identificar pontos críticos e possíveis gargalos. Essa análise antecipada permite prever riscos e incluir margens de segurança para lidar com imprevistos.

Dessa forma, o orçamento atua também como um instrumento de prevenção, ajudando a antecipar problemas que poderiam comprometer o andamento da obra.

5. Maior controle do cronograma

O orçamento e o cronograma caminham juntos. Quando o planejamento financeiro está alinhado com as etapas de execução, o risco de atrasos por falta de recursos diminui consideravelmente. Isso garante que a obra avance no ritmo certo, sem interrupções causadas por falhas de gestão.

Além disso, o orçamento permite distribuir os investimentos de forma equilibrada ao longo do tempo, evitando concentrações de gastos em momentos críticos.

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Como fazer um orçamento de obras?

Um bom orçamento de obras exige alguns passos importantes. Mas, quando bem feito, ele ajuda a evitar prejuízos e atrasos no projeto. Acompanhe a seguir as dicas que preparamos para você.

1. Faça um levantamento quantitativo

O levantamento quantitativo serve para listar todos os materiais e equipamentos necessários para a obra. Além disso, é importante considerar os trabalhadores e seus salários, incluindo os encargos trabalhistas, para evitar surpresas no orçamento.

Usar a tecnologia nesse processo pode ser uma ótima estratégia, já que existem ferramentas que ajudam a calcular tudo com mais precisão e facilitam o planejamento.

2. Cote custos diretos e indiretos

Ainda dentro do levantamento quantitativo, é preciso fazer uma separação dos custos. Os diretos são os que já citamos no subtópico anterior (operários, encargos, insumos e equipamentos). Já os indiretos podem ser, por exemplo, relacionados com pessoas que não estão trabalhando na obra de forma direta.

Além disso, podemos incluir na categoria de custos indiretos os gastos administrativos em geral, como taxas de seguros. Para facilitar a visualização na prática desses gastos, considere, por exemplo, os insumos como água ou uma refeição dos operários no canteiro de obras. Estes exemplos podem ser considerados custos indiretos.

3. Calcule o BDI

O cálculo do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) reflete diretamente na lucratividade do projeto. Lembra de quando falamos que um dos atributos do orçamento de obras é a exclusividade? Pois bem, aplicar este princípio é crucial na hora de calcular o BDI, visto que nenhum projeto é estritamente igual ao outro.

Calcular o BDI na prática significa reduzir ao máximo os custos indiretos e incluir uma margem de lucro nos custos diretos. Para evitar erros, é importante usar sistemas de gestão, já que o cálculo manual pode ser complicado.

4. Cotação de materiais e serviços

Cotar significa buscar fornecedores e comparar os preços dos materiais. O ideal é pesquisar com pelo menos três fornecedores, analisando não só os preços, mas também as formas de pagamento e o prazo de entrega. A qualidade dos materiais é outro fator primordial a ser considerado durante a cotação.

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5. Impostos

Os impostos no Brasil são complexos e têm um grande impacto no orçamento da obra. Por isso, é essencial calcular tudo corretamente. É importante controlar as notas fiscais das compras para evitar multas e juros.

Também é preciso considerar a localização do empreendimento, pois as alíquotas de imposto — principalmente o ICMS — podem sofrer variações sensíveis.

Leia também: Qual o impacto da Reforma Tributária na Construção Civil?

6. Definição do lucro

Como já mencionamos no subtópico sobre BDI, o percentual de lucro é calculado com base nos custos diretos da obra. Além de considerar o projeto, é importante analisar o mercado, já que a concorrência influencia o valor do lucro. Quanto maior a competição, menor a margem de ganho, e vice-versa.

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Quais itens um orçamento de obras precisa ter?

Um orçamento de obras não é só uma simples conta para saber o quanto você vai gastar. Ele precisa ser uma ferramenta completa, que te ajude a planejar, controlar e executar sua obra com eficiência.

Aqui estão os principais itens que um orçamento bem feito precisa incluir:

Descrição do projeto

A descrição inicial do projeto é essencial para garantir que todos envolvidos no trabalho (clientes, contratantes e fornecedores) tenham uma visão clara do que será feito. Essa seção deve explicar o que vai ser construído ou reformado, qual é o objetivo da obra e as especificações principais. Aqui, é importante detalhar:

  • O tipo de obra (residencial, comercial, reforma, ampliação);
  • Quais os serviços necessários (por exemplo, alvenaria, hidráulica, elétrica);
  • E até mesmo os acabamentos que serão usados (pisos, revestimentos, tintas).

Essa descrição vai servir como guia para os próximos passos, então, quanto mais detalhada, melhor!

Quantificação de materiais e serviços

Para calcular o custo total de uma obra, é preciso saber exatamente o que vai ser utilizado, em que quantidade e qual o preço de cada item. Aqui, você vai listar todos os materiais que serão necessários:

  • Materiais: cimento, areia, tijolos, tintas, cabos elétricos, etc.
  • Serviços: pedreiro, eletricista, pintor, engenheiro, entre outros.

Para cada item, deve-se especificar a quantidade necessária (como metros quadrados de piso, metros de cabo, número de sacos de cimento) e, se possível, incluir as marcas ou tipos de materiais que serão usados. Isso ajuda a garantir que tudo que você precisa esteja previsto no orçamento.

Custos unitários

Após listar os materiais e serviços, o próximo passo é calcular o custo unitário de cada item. Isso significa definir o preço de cada unidade dos materiais e serviços.

  • Para materiais, é o preço por metro, litro ou unidade (por exemplo, R$ 30,00 por metro quadrado de cerâmica).
  • Para mão de obra, é o valor por hora de trabalho ou por dia.

Esse item é importante para que você saiba o valor de cada produto ou serviço separadamente, para então somar o total de cada item e verificar se o orçamento está dentro do esperado.

Mão de obra

A mão de obra é uma das maiores despesas em qualquer obra, por isso, precisa ser bem detalhada. Aqui, você vai indicar:

  • Tipos de profissionais: pedreiro, eletricista, encanador, engenheiro, etc.
  • Horas estimadas de trabalho: quantas horas ou dias cada profissional vai precisar para completar suas tarefas.
  • Custo de cada profissional: quanto será pago por hora ou por dia de trabalho.

Ao fazer esse cálculo, você consegue estimar quanto vai gastar com a mão de obra durante toda a obra.

Custo total de cada etapa

Em um projeto de construção, as obras são divididas em etapas: fundação, estrutura, instalações, acabamentos, etc. O orçamento deve ser dividido da mesma forma, com os custos de cada etapa bem definidos. Isso ajuda a controlar os gastos e a identificar se algum item está saindo do controle.

Além disso, dividir a obra em etapas facilita o acompanhamento do progresso e garante que cada fase seja finalizada antes de iniciar a próxima, evitando que você pule etapas ou atrase o cronograma.

Impostos e taxas

Toda obra envolve custos extras, como impostos e taxas necessárias para a legalização do projeto. Estes podem incluir:

  • Impostos municipais: taxas de licenciamento, taxas de fiscalização de obras, etc.
  • Taxas para registros e licenças: como a autorização para construção ou o alvará da prefeitura.
  1. Esses custos precisam ser incluídos no orçamento para que você tenha uma visão completa de todas as despesas que envolvem o projeto.

Prazo de execução

O prazo de execução é uma das partes mais importantes do orçamento, pois ele vai determinar a duração da obra e a quantidade de mão de obra necessária em cada etapa.

Além disso, o prazo também vai afetar os custos, pois, quanto mais tempo a obra durar, maior será o custo com mão de obra e, possivelmente, com o aluguel de equipamentos e ferramentas.

Defina prazos para cada fase do projeto e mantenha um cronograma para acompanhar o andamento. Isso ajuda a evitar atrasos e a manter a obra dentro do orçamento.

Margem de imprevistos

A margem de imprevistos (ou reserva de contingência) é uma parte essencial do orçamento. Isso acontece porque, na maioria das obras, há algum tipo de despesa inesperada. Pode ser a necessidade de comprar um material adicional ou até mesmo um erro de cálculo em alguma etapa.

É recomendado adicionar uma margem de 5% a 10% sobre o valor total do orçamento para cobrir esses imprevistos. Assim, se algo sair do controle, você já tem um fundo para resolver sem comprometer todo o orçamento.

Garantias e condições de pagamento

Por fim, o orçamento deve definir as condições de pagamento e as garantias oferecidas. Isso inclui:

  • Como serão feitos os pagamentos (parcelado, à vista, por etapas);
  • Quando e como os pagamentos serão realizados;
  • Garantias sobre os serviços executados (por exemplo, garantia de 1 ano para a parte elétrica ou hidráulica).

Esses detalhes são importantes para garantir que ambas as partes (contratante e contratado) saibam como vão se comprometer financeiramente durante a obra e quais são os direitos e deveres de cada um.

Orçamento x Orçamentação: qual é a diferença?

Embora os dois termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, orçamento e orçamentação têm significados um pouco diferentes, principalmente no contexto de obras ou projetos. Vamos entender de maneira simples:

Orçamento

O orçamento é o documento final que contém todas as estimativas de custos para a execução de uma obra ou projeto. Ele reúne as quantidades, os preços dos materiais, os custos com mão de obra, impostos e todas as despesas previstas para o trabalho. Ou seja, o orçamento é o resultado de um processo de planejamento financeiro.

Como por exemplo, quando você vai construir ou reformar, o orçamento é o valor total que será necessário para comprar os materiais, pagar os profissionais e concluir a obra.

Orçamentação

Já a orçamentação é o processo de elaboração do orçamento. Ou seja, é o trabalho de levantar todas as informações, fazer os cálculos e determinar os custos de cada item da obra ou projeto. A orçamentação envolve a análise detalhada das necessidades do projeto, a pesquisa de preços, a definição de prazos e a criação do cronograma financeiro.

Ou seja, antes de chegar ao orçamento final, você passa pela orçamentação, onde faz a pesquisa de materiais, define as quantidades e verifica os custos com os fornecedores e prestadores de serviços.

Como usar a tecnologia para fazer um orçamento de obras?

Hoje em dia, a tecnologia pode ser uma grande aliada na hora de fazer um orçamento de obras, tornando o processo mais ágil, preciso e sem erros humanos. Em vez de gastar horas com planilhas manuais e cálculos complexos, você pode contar com ferramentas digitais que facilitam a elaboração de orçamentos detalhados e eficientes.

Uma das opções mais interessantes é o uso de sistemas especializados, como a solução da Senior para construtoras, que gerencia cada etapa da sua obra com agilidade e precisão, evitando desperdícios, erros e imprevistos.

Se você ainda está usando planilhas ou processos manuais, talvez seja a hora de considerar a tecnologia para tornar o orçamento de obras mais eficiente e preciso.

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