O debate sobre inovação é tema recorrente no mercado e chegou com força ao Conarh 2012. Mas, e na prática, como começa? E como funciona? Profissionais de gestão de pessoas, comunicação e TI aprofundaram ainda mais o conhecimento no assunto ao acompanhar a palestra “Inovação é o nome do jogo: estratégias para vencer”. O professor de marketing da Iese Business School, de Barcelona, Paulo Rocha e Oliveira, e o fundador e CEO do Peixe Urbano, Julio Vasconcellos, destacaram que antes de inovar é necessário preparar a empresa para entender o mercado e, assim, saber reconhecer as boas ideias, principalmente pelas equipes de RH.
Oliveira, da Iese Business School, destaca que o grande desafio das empresas hoje é gerar boas ideias. Ele comenta que não adianta ter uma grande quantidade de reuniões de brainstorms, por exemplo, se não há capacidade de filtrar e gerar material de qualidade. “A capacidade de inovar depende da mentalidade do mercado. Não temos que fazer tudo o que o mercado manda, quem decide o que fazer sou eu, o empresário”, comenta.
“Escutar o cliente é uma receita perigosa, grandes empreendedores e visionários, como o Steve Jobs, são muito diferentes de todos nós. Eles têm a capacidade de enxergar o futuro”, afirma Vasconcellos, empreendedor do Ano na Tecnologia pela revista Isto É Dinheiro e CEO da melhor Startup Internacional pelo Crunchies Awards, um dos principais prêmios de Internet e tecnologia dos EUA, o Peixe Urbano. “O que você precisa fazer: observar o que o seu cliente faz e então propor um novo jeito para que ele chegue no mesmo resultado”, completa.
Para o analista de marketing e membro do comitê de inovação da Senior, Gabriel Barbieri, quando uma equipe multidisciplinar é construída para debater novas formas de criar, o fluxo de novas ideias ocorre com mais facilidade, com menos barreiras culturais e técnicas. A inovação permeia o modelo de negócio, produtos, serviços e demais áreas da empresas.
“Fazer tudo o que o seu cliente quer é uma estratégia excelente se o seu objetivo é quebrar a empresa”, reforça Oliveira. Para o professor, os profissionais de RH e gestores precisam ter clareza do seu modelo de negócio, para saber onde chegar no longo prazo e coragem para agir no curto prazo com suas equipes. Sem nunca deixar, porém, de preservar a humildade, tendo a consciência que faz bem o seu trabalho, mas sabendo que pode melhorar.
