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Conarh 2012: Por que alguém desejaria trabalhar na sua empresa?

15/08/2012 Categorias: Eventos, Notícias

Os debates sobre como gerar engajamento, confiança e orgulho dentro das equipes marcaram algumas das principais palestras do segundo dia no Conarh 2012, em São Paulo (SP). Ao buscar acelerar a competitividade de suas empresas, os profissionais de Recursos Humanos atuam mesclando muitas atividades, do estímulo à inovação e da atração e retenção de talentos até a busca da felicidade. Dentre os palestrantes do dia, o empreendedor Diego Torres Martins, os executivos Betânia Tanure e José Tolovi Júnior e o consultor internacional de RH Javier Fernández Aguado foram alguns dos destaques.

Com o tema “Por que alguém desejaria trabalhar na sua empresa?”, Betânia Tanure, professora da PUC-MG e diretora da Betânia Tanure Associados, e José Tolovi Júnior, CEO mundial do Great Place to Work (GPTW) — consultoria norte-americana especialista em ambientes de trabalho que atua em mais de 46 países — provocaram uma das principais reflexões dentre os participantes do evento. Tanure afirmou que a pergunta título da palestra estava errada, já que o correto deveria ser: “Por que as pessoas não querem trabalhar aqui?”. Ao inverter o assunto, os profissionais precisam repensar seus modelos de atividade, inovar em processos e compreender o cenário da mão de obra nacional, principalmente para evitar a rotatividade nas empresas.

Na sua participação, Tanure provocou o público ao comentar que a área de Recursos Humanos quer assumir um papel que muitas vezes não é o dela. A área de Recrutamento recebeu e acumulou muitos investimentos para ter aderência ao negócio da própria empresa e, nesse caminho, acabou por esquecer sua real função estratégia: identificar e escolher as pessoas certas, sem mais adereços. Para a profissional, a missão da área de Recursos Humanos não está em oferecer a felicidade para seus colaboradores, mas sim dar condições de criar um ambiente de trabalho onde as pessoas tenham o o que ela chama de “brilho nos olhos”. “Aí você fez o seu papel”, aponta a especialista em temas como cultura e mudança organizacional e gestão de cultura.

Betânia Tanure e José Tolovi Júnior provocaram uma das principais reflexões dentre os participantes do evento.

José Tolovi Júnior, CEO do GPTW, comentou sobre três pilares que fundamentam um bom lugar para se trabalhar. Incentivar a confiança na gestão, camaradagem no sentido de colaboração e orgulho no que se faz estão entre os três principais itens. Para atingir esses bons resultados, Tolovi destaca que muito pode ser feito já no início do processo, no qual uma nova contratação deve considerar os valores que os candidatos acreditam, alinhando aos valores da organização, eliminando os profissionais e pessoas que não compactuem dos mesmos ideais. É mais valioso demorar no recrutamento e selecionar alguém ajustado aos valores da empresa, economizando tempo e dinheiro no futuro, do que selecionar alguém somente pelo currículo ou indicação. “A base de um bom ambiente de trabalho está na comunicação, valorizando falar a verdade e saber ouvir com atenção”, explica o executivo. “Devemos cuidar das pessoas e criar ambientes onde elas queiram ficar. As empresas devem saber cultivar seus ambientes de trabalho para manter as equipes já instaladas animadas e satisfeitas com o seu “Great Place”, não somente usando o bom ambiente como forma de atração de talentos. É importante se sentir bem”, finaliza.

Tanure ainda complementou que há uma série de fatores desestabilizadores que provocam a rotatividade em uma empresa. Como, por exemplo, a atual geração de jovens que quer avançar rápido na carreira e muitas vezes não completa os ciclos de experiências necessários. Há um paradoxo entre a necessidade de crescimento e a estabilização. Os profissionais deveriam respeitar um ciclo natural de evolução pessoal e de carreira, o que facilitaria a ascensão nas empresas.

Ela também explica e define alguns termos, contextualizando as funções dos principais profissionais de RH hoje no mercado. “A responsabilidade está fundamentalmente centrada na liderança”, ponderou a executiva. Segundo Tanure, o líder é uma figura administrativa, focada nos resultados financeiros e com prazo de validade dentro das organizações. Já o gestor é aquele que atua no desenvolvimento emocional das equipes, focando na superação de resultados e, eventualmente desconsiderando os limites individuais de cada um. Assim, com base na combinação do melhor de cada dimensão (líder x gestor), surge o dirigente, no intuito de criar um valor sustentável na organização. Segundo ela, existem apenas 8% de executivos que podem ser classificados como dirigentes no Brasil. Mas, além dessa, há uma outra dimensão acima do dirigente, no qual o profissional integra ainda mais ações reguladas pelo olhar interno das pessoas, da empresa e da sociedade. Tanure ainda completa os perfis profissionais ao citar que as empresas devem buscar um profissional agridoce, que reúne características firmes sem perder a empatia. “Um público como esse, do Conarh, muda um Brasil”, enfatizou.

Ouça os podcasts com Betânia Tanure e José Tolovi Júnior:

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