Saiba como otimizar processos aprimora a gestão de projetos habitacionais, assegurando qualidade e conformidade com as regras.
A disponibilidade de recursos para habitação, saneamento e infraestrutura do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) será de R$ 142 bilhões em 2025, sendo R$ 123 bilhões para o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) no financiamento a pessoas físicas e jurídicas. Estes recursos movimentam as incorporadoras e as construtoras, especialmente as familiarizadas com a gestão de projetos habitacionais.
A gestão de programas habitacionais no Brasil é uma tarefa complexa e com regras muito específicas. Seu objetivo é reduzir o déficit habitacional, oferecendo condições dignas de moradia à população. Uma estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 31% das famílias beneficiadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida nas 20 maiores cidades do Brasil estavam em déficit habitacional.
No início de 2025, o governo federal autorizou a contratação de propostas para a construção de mais de 4 mil unidades habitacionais, com um investimento de R$ 646 milhões para atender mais de 16 mil pessoas em 23 municípios de 12 estados. Para ingressar neste mercado, há uma série de regras e cuidados que devem ser seguidos pelas construtoras.
Qual a importância da análise de dados para as construtoras?
Como participar da gestão de projetos habitacionais?
Para cadastrar empreendimentos no programa Minha Casa Minha Vida, as construtoras e as incorporadoras devem seguir um processo para assegurar a conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo governo federal. Um resumo das etapas necessárias envolve:
- Cadastro na Caixa Econômica Federal (CEF), por meio de portal específico;
- Atendimento aos requisitos do programa – É fundamental atender aos critérios estabelecidos, incluindo destinação dos imóveis, padrões de qualidade e valores de subsídios e financiamentos;
- Elaboração e submissão do projeto – A construtora deve desenvolver o projeto do empreendimento conforme as diretrizes do MCMV, considerando aspectos como número de unidades, tipologia dos imóveis e infraestrutura mínima do projeto e do entorno;
- Aprovação do projeto – Após a submissão, a CEF realizará uma análise técnica e jurídica para avaliar se está dentro das regras, autorizando o início das obras;
- Comercialização – Com o empreendimento em construção ou já concluído, as unidades podem ser ofertadas às famílias que atendem aos critérios de elegibilidade do programa.
Para enfrentar os desafios inerentes a essa missão, a implementação de sistemas específicos de gestão – como os ERPs para a construção civil – têm se mostrado uma solução eficaz, otimizando processos e garantindo mais eficiência na execução das obras nos critérios adotados por programas de habitação.
A importância da gestão de projetos habitacionais para o setor de construção
A gestão de projetos habitacionais envolve o planejamento, a coordenação e a execução de iniciativas destinadas a fornecer habitação adequada para famílias que não possuem condições de adquirir imóveis pelo mercado tradicional. A administração envolve cuidados com o projeto à seleção de beneficiários que estejam dentro das regras dos programas.
No setor da construção civil, os programas habitacionais são um indutor de crescimento. As iniciativas estimulam a economia, geram empregos e promovem o desenvolvimento urbano sustentável. Ao fazer um uso melhor do solo em cidades, evitam a especulação imobiliária e contribuem para a redução de desigualdades sociais, oferecendo moradia digna às populações vulneráveis.
Entre os desafios para a gestão de projetos habitacionais, encontram-se:
– Burocracia – São processos administrativos complexos e longos, que podem atrasar a liberação de recursos e o início das obras, exigindo uma gestão ainda mais eficiente das construtoras.
– Sustentabilidade e qualidade – Assegurar que as habitações atendam a padrões de qualidade claros e sejam sustentáveis a longo prazo é fundamental para se cadastrar e manter na área.
– Seleção de beneficiários – Devido às condições específicas de venda, é dever das incorporadoras garantir que as moradias sejam destinadas às famílias que realmente necessitam destes empreendimentos. No caso do Minha Casa Minha Vida, o programa se divide em três faixas de renda:
Faixa 1 – Até R$ 2.640 mensais em áreas urbanas e ganhos anuais de até R$ 31.680 em áreas rurais;
Faixa 2 – Entre R$ 2.640 e R$ 4.400 em áreas urbanas e de R$ 31.680 a R$ 52.800 anuais para áreas rurais;
Faixa 3 – De R$ 4.400 a R$ 8 mil em áreas urbanas e renda anual de R$ 52.800 a 96.000 para áreas rurais.
Com a disponibilidade de recursos envolvidos nas iniciativas de habitação popular, as oportunidades para as incorporadoras com capacidade de administração são grandes. Além das iniciativas federais, os estados e municípios também podem buscar empresas parceiras e especializadas na gestão de projetos habitacionais. No Paraná, por exemplo, há o programa Casa Fácil.
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Qual o impacto de um ERP na gestão de projetos habitacionais?
As incorporadoras e as construtoras precisam vencer barreiras de regras para se cadastrar e específicas de qualidade e negociação na venda de projetos de programas habitacionais. Nesse contexto, sistemas especializados de gestão tornam esta tarefa mais simples.
As ferramentas integram processos, centralizando informações de diferentes departamentos, facilitando a comunicação e a tomada de decisões baseadas em dados precisos.
Com isso, torna-se mais simples ter o controle financeiro, monitorando os gastos e gerenciando o repasse de recursos relativos aos programas específicos de habitação. A gestão de materiais é mais efetiva, auxiliando no controle de estoque e na compra eficiente, e reduzindo desperdícios ao garantir a disponibilidade de insumos necessários.
A capacidade financeira e de administração de insumos beneficia o cumprimento de cronogramas, ao ter uma visão clara do progresso das obras em tempo real e assegurando o cumprimento dos prazos estabelecidos – o que evita problemas de ordem financeira e reputacional.
Os sistemas ERP também asseguram que sejam mantidos os padrões de qualidade, garantindo que as etapas – planejamento, construção e venda – estejam em conformidade. Nesse contexto, a digitalização do canteiro de obras associada ao ERP traz ganhos às incorporadoras.
E quais ferramentas digitais melhoram a gestão das iniciativas?
Outras ferramentas digitais são fundamentais para otimizar a gestão de programas habitacionais e incrementar a performance das incorporadoras:
– Sistemas de gestão de projetos permitem o planejamento detalhado das etapas, alocação de recursos e monitoramento do progresso.
– Softwares de Modelagem da Informação da Construção (BIM) facilitam a criação de modelos digitais das edificações, permitindo simulações para otimizar o planejamento.
– Plataformas de gestão de documentos organizam e simplificam o acesso a documentos importantes, como plantas, contratos e relatórios. Com isso, é mais fácil encarar a burocracia e aprimorar as negociações com os consumidores.
– CRM – Solução voltada à gestão dos consumidores agiliza a análise de crédito e se potenciais compradores se encaixam nas regras do programa, com transparência e agilidade. Isso reduz os custos operacionais e diminui a demanda por documentos físicos, automatizando os processos.
Planejamento, controle e eficiência
A gestão de programas habitacionais requer planejamento, controle e eficiência. A adoção de sistemas ERP e ferramentas digitais é essencial para superar os desafios operacionais, financeiros e burocráticos dessa área. A tecnologia aprimora os processos, otimiza a alocação de recursos e garante conformidade legal ao mesmo tempo em que melhora a experiência dos beneficiários.
Com a combinação de boas práticas de gestão, uso de tecnologia e políticas habitacionais bem estruturadas, é possível impulsionar a construção de moradias acessíveis e sustentáveis, promovendo uma melhor qualidade de vida para milhares de famílias no Brasil.