Descubra como a otimização da mão de obra e produção na construção civil podem melhorar a eficiência, reduzir custos e otimizar a produção e mão de obra no setor, gerando vantagens competitivas para as empresas
Uma das principais dificuldades das construtoras e incorporadoras brasileiras é encontrar mão de obra qualificada, segundo sondagem realizada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) em 2024. Mais de 7 a cada dez empresários (71,2%) apontaram isto como um fator limitador para a expansão das empresas – 39% relataram muita dificuldade em encontrar profissionais qualificados.
Nesse contexto, buscar meios de atingir a otimização da mão de obra e produção se torna um diferencial para as empresas do setor. Isso porque investir em tecnologias, treinamentos e meios de aprimorar a rotina dos canteiros de obras se reflete em mais eficiência, redução de custos e aumento da qualidade dos projetos.
Na sequência deste artigo, vamos apresentar estratégias e práticas para aprimorar a produtividade da equipe de operação na construção civil, evitar desperdícios e implementar tecnologias que auxiliam no monitoramento e controle dos processos. Siga conosco!
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Como o planejamento adequado pode impulsionar uma otimização da mão de obra e produção?
Uma gestão assertiva de colaboradores é capaz de transformar o canteiro de obras em um ambiente mais produtivo e seguro para todos. Tudo começa, porém, com um planejamento bem-executado, acompanhado de um cronograma detalhado de obras, com a definição clara das funções e responsabilidades de cada membro da equipe, com foco na otimização da mão de obra e produção.
Nesse contexto, deve-se estruturar a alocação adequada de recursos humanos para cada etapa do projeto, garantindo que as tarefas sejam executadas por profissionais qualificados – e, em sua falta, a coordenação de cursos e capacitações para as atividades. Outro caminho recorrente do segmento de construção civil é a contratação de terceiros, sobretudo em serviços de perfil mais especializado.
Este planejamento faz com que as construtoras e as incorporadoras estejam aptas a estabelecer metas realistas e prazos bem definidos para cada etapa da obra, evitando sobrecarga de trabalho e possíveis atrasos ao cumprir um cronograma. Este acompanhamento contínuo permite agir de forma proativa em relação a potenciais desafios e para a otimização da mão de obra e produção no canteiro de obras.
Leia mais: Como fazer uma gestão de terceiros na construção civil?
Como treinar equipes para maior produtividade no setor de construção
Na falta de profissionais qualificados, muitas empresas optam pelo investimento em estruturas de treinamento para assegurar a eficiência e o padrão de suas operações. Mas, ao buscar a otimização da mão de obra e produção, há alguns pontos que devem ser considerados continuamente:
– Uma avaliação regular do desempenho das equipes permite identificar áreas que necessitam de melhorias. Para isso, monitorar indicadores de desempenho, como a produtividade individual e coletiva, auxilia na mensuração da eficiência e na definição de estratégias para o desenvolvimento contínuo da equipe e no reconhecimento de seus pontos fortes.
– Uma comunicação clara entre todos os níveis de equipe é fundamental para o sucesso de projetos. Instruções e orientações objetivas fazem com que todos compreendam suas responsabilidades. Os feedbacks construtivos e os programas de incentivo também levam a melhorias das equipes e à identificação precoce de problemas que podem se agravar se não solucionados de imediato.
– Desenvolver uma cultura de treinamento e capacitação contínua auxilia a manter a equipe atualizada sobre as melhores práticas e para tirar o melhor proveito das tecnologias disponíveis. Programas de capacitação aumentam a eficiência, reduzem erros e promovem um ambiente de trabalho mais seguro, resultando na otimização da mão de obra e produção na construção civil.
Ao assegurar uma equipe capacitada, treinada e com instruções claras, a execução e o cronograma de obras se alinham, permitindo que as equipes lidem de forma estratégica com os desafios específicos de cada projeto.
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Quais são os principais indicadores para medir a otimização da mão de obra e produção?
Soluções como a digitalização do canteiro de obras, plataformas específicas para melhorar o planejamento e a execução de obras, caso do BIM, facilitam a visualização e a definição das etapas construtivas de forma realista, visando a otimização da mão de obra e produção e uma gestão mais integrada.
Estas tecnologias avançadas – como softwares de gestão – oferecem um controle mais preciso das atividades no canteiro de obras. Essas ferramentas auxiliam no acompanhamento do progresso de tarefas, na alocação de recursos e na identificação de gargalos que comprometem a produtividade.
Mas quais indicadores-chave (KPIs) devem ser monitorados para medir a eficiência da mão de obra?
- Produtividade da mão de obra – Mede a quantidade de área construída ou volume produzido por hora de trabalho, ajudando a avaliar a eficiência dos trabalhadores em diferentes atividades. É possível fazer análises individuais e coletivas;
- Índice de retrabalho – Representa a porcentagem de tarefas que precisam ser refeitas devido a erros ou não conformidades. Quanto menor esse índice, maior a eficiência e a qualidade da equipe, o que se reverte no aumento da satisfação de consumidores;
- Cumprimento de cronograma – Analisa a aderência às metas de tempo estabelecidas no planejamento. Se os prazos não estão sendo cumpridos, pode indicar baixa produtividade e problemas na gestão da equipe;
- Índice de absenteísmo – Calcula a porcentagem de horas não trabalhadas devido a faltas ou atrasos, ajudando a identificar impactos na continuidade da obra. Pode ser um indicativo de insatisfação das equipes em relação ao trabalho;
- Custo da mão de obra por unidade produzida – Avalia o custo da mão de obra em relação ao volume construído, permitindo entender o andamento do projeto, otimizar investimentos e reduzir desperdícios.
É claro que a avaliação destes KPIs específicos é influenciada pela disponibilidade de equipamentos e ferramentas voltados à execução das tarefas. Equipamentos modernos ampliam a produtividade, reduzem o esforço físico de colaboradores e minimizam o risco de acidentes. Ou seja, se refletem positivamente na otimização da mão de obra e produção.
Aprenda a otimizar o orçamento de obras na construção civil neste artigo.
Como evitar desperdícios de tempo e material no canteiro de obras?
Quando se busca a otimização da mão de obra e produção na construção civil, o foco principal está em fazer uma boa gestão do tempo. Diante deste desafio, há três fatores que se destacam:
– Um planejamento com softwares especializados permite estabelecer metas realistas, mas, ao mesmo tempo, proporciona uma visão integrada da equipe, dos recursos e do cronograma, até mesmo em tempo real. Com isso, a tomada de decisões se torna mais assertiva e segura, mitigando os riscos;
– Uma gestão de tempo exige o planejamento do layout do canteiro de obras. Pode soar exagerado, mas esta organização simplifica a movimentação de materiais e de pessoas, impactando positivamente as operações. É importante definir adequadamente as áreas de armazenamento de insumos, rotas de entrada e saída de fornecedores e espaços de trabalho, melhorando a rotina e a harmonia do canteiro;
– Os dois pontos acima são a base de uma abordagem de lean construction: ou seja, a busca por eliminar desperdícios para atingir a otimização da mão de obra e produção. Práticas como a padronização de processos, a melhoria contínua e a gestão visual são componentes-chave da lean construction que podem ser implementados para aprimorar a gestão da mão de obra e de recursos. Saiba mais aqui.
A otimização da mão de obra e produção visa eliminar desperdícios e aprimorar a gestão do tempo na construção civil. O uso eficiente de materiais, o controle de qualidade para evitar o retrabalho e a preocupação com a qualidade exigem planejamento estratégico, investimento em capacitação, adoção de tecnologias avançadas e a implementação de metodologias eficientes no canteiro de obras.
Ao aplicar essas práticas, as empresas podem ampliar a produtividade e driblar os desafios do setor, como a falta de capacitação da mão de obra.