NFS-e Nacional x Reforma Tributária: o que muda em 2026?

Entenda as mudanças da NFS-e Nacional em 2026 e prepare sua empresa para a nova realidade fiscal

A emissão de notas fiscais de serviço está prestes a passar por uma mudança estrutural. A partir de 1º de janeiro de 2026, entra em vigor uma das etapas mais importantes da Reforma Tributária: a ampliação da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) de padrão nacional.

A NFS-e Nacional já existe há alguns anos, mas até recentemente sua adoção era restrita a poucos municípios. Desde 2023, passou a ser obrigatória para os contribuintes do regime MEI, marcando um passo importante na unificação do modelo. Agora, com a Reforma Tributária, a NFS-e de padrão nacional ganha papel central no novo sistema, integrando-se aos tributos IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IS (Imposto Seletivo), conforme previsto na Lei Complementar nº 214/2025.

Mas afinal, o que é a NFS-e Nacional?

Hoje, cada um dos mais de 5 mil municípios brasileiros possui regras e sistemas próprios para emissão de notas de serviços. Isso gera uma enorme complexidade para empresas que prestam serviços em diferentes cidades — há centenas de leiautes, webservices e portais distintos.

A NFS-e Nacional surge como uma iniciativa conjunta da Receita Federal do Brasil (RFB), ABRASF e SERPRO, com os seguintes objetivos:

  • Criar um padrão único nacional para emissão de NFS-e;
  • Disponibilizar um repositório centralizado das notas emitidas;
  • Oferecer um emissor público gratuito;
  • E, com isso, reduzir o custo-Brasil, melhorar a qualidade das informações e facilitar a fiscalização.

O que muda a partir de 2026

De acordo com a legislação, os municípios terão duas opções:

  1. Autorizar seus contribuintes a emitir a NFS-e no ambiente nacional;
  2. Manter um sistema próprio, desde que sincronize todos os documentos fiscais emitidos com o Ambiente Nacional, seguindo o leiaute padronizado.

Ou seja, a migração para o Emissor Nacional não é obrigatória — os municípios continuam autônomos, mas, caso optem por manter um emissor próprio, deverão integrar todas as informações com o Ambiente Nacional.

Na prática, isso significa que todos os municípios estarão vinculados à NFS-e Nacional a partir de 2026, ainda que nem todos utilizem o Emissor Nacional como sistema principal.

O descumprimento da legislação poderá gerar consequências: o município poderá ter suspensas as transferências voluntárias da União e perder participação plena na arrecadação do IBS.

Impactos práticos e o que as empresas precisam fazer

Mesmo com a padronização, o desafio técnico permanece: como cada município ainda poderá usar um emissor próprio, continuarão existindo diferentes formatos de integração.
Um exemplo é São Paulo/SP, que já anunciou que manterá seu sistema atual, apenas adaptando o XML da NFS-e para incluir as novas tags dos tributos da Reforma Tributária.

Para empresas que emitem notas via integração com ERP, isso significa que será preciso aguardar e se adequar à forma de implementação de cada prefeitura — homologando os novos leiautes e webservices antes da entrada em vigor.

O que sua empresa deve fazer agora

  • Mapear todas as prefeituras onde atua e verificar o modelo de emissão que será adotado (Nacional ou Próprio);
  • Solicitar às prefeituras informações técnicas: leiaute, arquivos de exemplo e ambiente de testes;
  • Abrir um chamado com a Senior (ou seu fornecedor de sistema fiscal) para iniciar o processo de homologação, anexando os materiais obtidos;
  • Evitar deixar para o fim de 2025, quando haverá alto volume de solicitações e risco de gargalos técnicos.

Antecipar essas etapas é essencial para garantir que a empresa esteja pronta para emitir NFS-e corretamente a partir de janeiro de 2026.

Benefícios, diferenciais e como a Senior apoia esse processo

A implantação da NFS-e Nacional representa um avanço significativo na integração tributária e na digitalização fiscal no país.
Para as empresas, ela trará:

  • Mais agilidade na consulta e no recebimento das notas, com todos os documentos disponíveis em um repositório nacional;
  • Redução de falhas e extravios, já que não será mais necessário depender do envio manual de XML ou PDF;
  • Mais segurança jurídica e compliance fiscal, com padronização das informações;
  • Simplificação de processos no relacionamento entre fornecedores, prefeituras e Receita Federal.

O papel da Senior nesse cenário

Recebimento de NFS-e

O Senior e-Docs, solução de mensageria de DF-es da Senior, através do módulo de Recebimento de NFS-e, já está preparado para consultar automaticamente o Ambiente Nacional, baixar notas tomadas de forma segura e integrar as informações ao ERP.

Isso garante eficiência operacional e confiabilidade nos dados fiscais, reduzindo o trabalho manual e os riscos de não conformidade.

Saiba mais aqui.

Emissão de NFS-e

Para antecipar os impactos da Reforma Tributária na emissão de NFS-e, a Senior está disponibilizando o leiaute Senior 2.0 em fase piloto.
Essa liberação permite que o ERP seja ajustado com antecedência ao novo leiaute, garantindo que o sistema esteja totalmente preparado para emissão no Ambiente Nacional assim que a Reforma Tributária entrar em vigor para a NFS-e.

Importante destacar que, até a data de publicação deste artigo, o Ambiente Nacional do governo ainda não havia sido atualizado para contemplar as novas tags da Reforma Tributária — portanto, a emissão de NFS-e com o novo leiaute ainda não é possível.

Já para as prefeituras que optarem por manter emissores próprios, será necessário realizar a re-homologação da integração com o webservice municipal, a fim de contemplar as novas tags. Esse processo depende da disponibilização da documentação e do ambiente de testes atualizados por parte de cada prefeitura.

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